Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre Desordem Urbana, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Leitores do Globo

Ordem urbana
Neste momento em que a equipe do prefeito que assumirá está cuidando dos grandes e graves assuntos que assolam a nossa população, não podemos deixar de tratar de outros que podem ser considerados menores para os desavisados: os famigerados puxadinhos, trechos de calçadas que restaurantes, dos mais simples aos mais sofisticados, teimam em usurpar da população, dificultando o trânsito de cadeirantes, idosos com andadores, carrinhos de bebê, obesos e outros prejudicados por pessoas inescrupulosas, que podem até estar em situação legal, pois governos levianos concederam o direito ao uso. O mesmo uso dos camelôs (só que sem papel que os autorizem).
LUIZ EDMUNDO GERMANO ALVARENGA (por e-mail, 12/11), Rio

Perigo no trânsito
Recebi multa de trânsito na qual cometi infração gravíssima por ter avançado um sinal vermelho, na Tijuca, às 4h37m. Deveria ter parado? Devo rasgar essa multa ou continuar pagando os “pedágios” que nos cobram as autoridades que cuidam da segurança no trânsito?
MARCELO GOMES JORGE FERES (por e-mail, 12/11), Rio

FONTE: wwwglobo.com - Domingo, 16 de novembro de 2008

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Rua Saudável é Rua Limpa!! Fiscais apreendem 5t de propaganda ilegal que emporcalha a cidade!


Fiscais do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) apreenderam neste domingo (5) 4,8 toneladas de material de propaganda irregular só no município do Rio. Segundo o chefe de fiscalização de propaganda eleitoral do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), Luiz Fernando Santa Brígida, o número é considerado muito alto.

“Se eu tivesse mais caminhões, apreenderia ainda mais. Havia muito lixo na rua, isso só na capital”, disse Santa Brígida.

Do total, um tonelada foi apreendida só na Leopoldina. Outros 900 quilos foram recolhidos na Zona Oeste e mais 800 quilos, na Zona Sul do Rio. Já os locais onde foram registrados mais boca-de-urna, segundo o TRE-RJ, foram a Zona Oeste e as favelas de Rocinha, Vidigal e Cidade de Deus.



Desembargador critica imundície:

O material apreendido incluía placas, santinhos de candidatos e panfletos. Em entrevista coletiva neste domingo (5), o desembargador Alberto Motta Moraes, presidente em exercício do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ), disse ter ficado impressionado com a “imundície” que verificou ao sobrevoar os municípios do Rio e de São Gonçalo e Niterói, na região metropolitana.

“Vi uma imundície tremenda. Ninguém vai decidir o voto na última hora. Isso só serve para emporcalhar a cidade. As pessoas que estão se candidatando para governar uma cidade só demonstram assim uma ausência de civilidade”, disse o desembargador.

Fonte: G1 - http://g1.globo.com/Eleicoes2008/0,,MUL786419-15693,00-FISCAIS+DO+TRERJ+APREENDEM+QUASE+TONELADAS+DE+PROPAGANDA+IRREGULAR.html

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Ao menos 17 feridos em acidentes só nesta manhã.


RIO - Pelo menos 17 pessoas ficaram feridas em dois acidentes ocorridos no início da manhã desta quarta-feira, em pontos diferentes da cidade. Em Madureira, dez passageiros e o motorista do ônibus que faz a linha 910 (Madureira x Bananal), da viação Paranapuã, ficaram feridos quando o coletivo bateu em um poste, na Avenida Edgard Romero, em frente ao número 176, por volta das 8h20m. Com o impacto da colisão, o poste caiu na pista, junto com a fiação elétrica.

As vítimas foram socorridas e encaminhadas para os hospitais Carlos Chagas, Salgado Filho e da Aeronáutica. O trânsito está congestionado no local. O poste foi parcialmente destruído e está tombado sobre a marquise do prédio. A Light já está no local para reparos. O trânsito segue em meia pista com retenções no local, pois a faixa sentido Vaz Lobo está interditada.

Mais cedo, por volta das 6h30m, um táxi e um ônibus bateram na Avenida Edson Passos, no Alto da Boa Vista, na altura do Montanha Clube. Seis pessoas ficaram feridas e dois permanecem em observação no Hospital do Andaraí.

No Aterro do Flamengo, um ônibus e dois carros colidiram na pista sentido Copacabana, em frente ao Museu de Arte Moderna (MAM). Os veículos, que chegaram a ocupar duas das três faixas da via, já foram retirados do local. Em Copacabana, o motorista de um carro perdeu o controle do veículo e subiu na calçada da Rua Miguel Lemos.

Para evitar acidentes, os motoristas devem redobrar a atenção devido às pistas escorregadias e à má visibilidade, provocadas pela chuva que cai sobre toda a cidade. A Avenida Brasil, uma das vias mais movimentadas do Rio, apresentava, pela manhã, bolsões d'água em diversos pontos. O fluxo era lento, principalmente, na altura de Penha, Bonsucesso, Manguinhos e Caju.

http://oglobo.globo.com/rio/transito/mat/2008/10/08/acidentes_deixam_feridos_na_manha_desta_quarta-feira_chuvosa_no_rio-548613797.asp

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Barulho e fezes de pombas incomodam moradores de Belo Horizonte

Símbolo da paz, as pombas têm incomodado moradores de Belo Horizonte. Os animais invadem os telhados, fazem barulho e deixam sujeira que pode fazer mal à saúde.

“Por volta das 18h começa o barulho, que incomoda demais. Sempre à tardinha, quando eles começam a procurar abrigo”, afirma a aposentada Maria Bernadete Assunção.

Além do barulho, as aves causam sujeira no local. Maria Bernadete fechou as frestas do telhado para evitar a permanência de pombos no local, mas não adiantou. De acordo com a aposentada, os gastos com limpeza cresceram. “A conta de água dobra”, diz.

Segundo Daniel Vilela, veterinário do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), é recomendado que as pessoas usem máscara para se proteger durante a limpeza.

Ainda de acordo com Vilela, as doenças são provocadas por fungos, bactérias e parasitas. “Normalmente, elas são transmitidas pelo contato com as fezes do animal”, afirma.

A dona de casa Enedina Maria Costa mantém as janelas de sua casa fechadas para evitar a entrada dos pombos. A sujeira avança pela parede e pelo chão. O problema incomoda a família há três anos. “Estou esperando por uma solução”, diz Enedita.

Os moradores da cidade que estiverem se sentindo incomodados ou quiserem pedir orientações ou uma vistoria pode ligar para prefeitura de Belo Horizonte, no telefone 156.

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL729529-5598,00-BARULHO+E+FEZES+DE+POMBAS+INCOMODAM+MORADORES+DE+MG.html

domingo, 28 de setembro de 2008

Postes que caíram na Gávea e deixaram ruas às escuras já foram retirados

RIO - Os dois postes de iluminação que caíram neste sábado na Rua João Borges, em frente à Clínica São Vicente, na Gávea, por volta das 20h por causa da forte chuva, foram retirados na manhã deste domingo, segundo informou a Light. O acesso de carros à Clínica São Vicente foi liberado. No sábado, o acidente deixou pelo menos duas ruas sem luz e impediu que carros entrassem ou saíssem da clínica. Segundo a Light, a queda aconteceu porque, com a chuva, o terreno cedeu.

Segundo a assessoria de imprensa da Light, 90% das residências tiveram o fornecimento de energia elétrica restabelecido ainda na noite de sábado. A previsão era de que até as 9h30m o fornecimento em toda a rua tenha sido normalizado, e de que até as 14h, toda a região volte a ter luz.

Funcionários da Light trabalham no local e instalaram um gerador para atender à região. Segundo a assessoria de imprensa da clínica, o abastecimento de água, que também havia sido afetado pela falta de energia elétrica neste domingo pela manhã, já foi normalizado. Um dos postes atingiu a cerca de uma residência da rua. O trânsito no local já está normalizado.

Fonte:http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/09/28/postes_que_cairam_na_gavea_deixaram_ruas_as_escuras_ja_foram_retirados-548440686.asp


sábado, 20 de setembro de 2008

Árvore representa perigo para quem passa em rua do Centro

RJTV e O Globo Online

RIO - A gerente de recursos humanos Fátima Cristina de Lima enviou um vídeo para o telejornal "RJTV", da TV Globo, com imagens que mostram os transtornos causados por uma árvore no Centro. Ela cresceu na parede do prédio. Os moradores têm medo de que a árvore ou até mesmo a estrutura da construção não agüente.

- As pessoas acham que pode cair uma parte dela ou do reboco. O problema também é cair algum pedaço de ferro de uma janela - diz Fátima.

O edifício fica na Rua Ramalho Ortigão, em frente ao Largo São Francisco, no Centro. Uma farmácia funciona no térreo. Os outros andares estão abandonados.

- A gente fica vigiando o crescimento da árvore. No caso de uma queda, vamos tentar avisar pessoas e sair - planeja o vendedor ambulante João Batista.

A árvore, que tem cerca de seis metros, cresce de dentro do segundo andar do prédio. Sem poda, os galhos e as folhas já cobrem parte da fachada do prédio vizinho que também está abandonado. Foto: Stéfano

- A quem cabe a pode dessa árvore? Vão esperar acontecer um acidente - pergunta a gerente de recursos humanos.

A responsabilidade pela retirada da árvore, nesse caso, é dos bombeiros. O "RJTV" entrou em contato com eles e a resposta foi: algum morador tem que ligar para o 193 para pedir o corte. A defesa civil informou que vai mandar uma equipe para verificar as condições dos prédios.


http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/09/19/arvore_representa_perigo_para_quem_passa_em_rua_do_centro-548298000.asp

domingo, 14 de setembro de 2008

Placa de mármore cai de prédio no Centro - Por sorte, ninguém ferido.

Uma placa de mármore caiu do 10º andar de um prédio na Rua da Assembléia, no Centro do Rio, na tarde desta quarta-feira (3). O acidente ocorreu por volta das 16h30. Ninguém ficou ferido.

A placa fazia parte do revestimento da fachada de um dos prédios. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros isolaram a área atingida.

Segundo a Guarda Municipal, que deslocou 15 guardas para aquele trecho do Centro do Rio, a Defesa Civil fez a retirada do material e realizou inspeção no local. Uma empresa de engenharia será acionada para instalar uma tela de proteção no prédio.

Por volta das 18h50, o trânsito continuava parcialmente interditado na esquina das ruas da Assembléia e Uruguaiana. Ainda segundo a Guarda Municipal, o trânsito será totalmente liberado quando a Defesa Civil terminar os trabalhos no trecho atingido.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL747185-5606,00.html

Três explosões seguidas em tubulações de gás da CEG em bueiros da esquina das ruas Raul Pompéia e Souza Lima, em Copacabana


As explosões deixaram dois policiais militares feridos e assustaram os moradores da região, na manhã de ontem. As chamas atingiram uma altura de 12 metros, e os bombeiros tiveram dificuldades de apagá-las.

O incêndio teria sido provocado pelo rompimento de dois cabos subterrâneos da Light.

O primeiro estrondo ocorreu por volta de 8
h30. Dois policiais militares do 19.º Batalhão (Copacabana), que foram verificar o incêndio, se feriram com a segunda explosão, que aconteceu dez minutos depois. Um dos soldados chegou a ser arremessado contra a grade de um prédio.


Uma cratera se abriu na Rua Souza Lima. O trânsito foi interrompido na região, o que provocou enorme engarrafamento. "Acordei com o barulho das explosões. Estou sem luz e sem gás", disse uma moradora de um prédio em frente ao local do incêndio. "As chamas atingiram a altura do quarto andar do edifício", comentou.

Fonte Fotos: Galeria de Imagens de O Globo
Fonte Texto: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2008/09/13/explosao_em_bueiro_em_copacabana_fere_dois_policiais_1807912.html

Estudante Júlia Aquino, atropelada há dois meses, deixa o hospital

RIO - Atropelada no Leblon no dia 12 de julho, Júlia de Aquino Vidal Borges, de 14 anos, finalmente teve alta na manhã deste domingo no hospital Copa D'Or, em Copacabana, depois de meses de internação e duas neurocirurgias. O motorista José Setton é acusado de ter atropelado Julia . O rapaz dirigia o Peugeot 307 da mãe no momento do atropelamento, na Avenida Afrânio de Melo Franco, no Leblon, e admitiu para a polícia ter consumido bebida alcoólica.

Recepcionada na portaria do hospital por amigos e parentes, a menina contou o que mais quer fazer: além de ver o mar, Júlia quer voltar à escola.

- Quero melhorar, ir à praia e voltar para a escola. Também quero viajar para o Caribe no ano que vem com a minha família, no meu aniversário de 15 anos - contou.

Agora, Júlia passará por uma rotina de cuidados. Em casa, será acompanhada por três fisioterapeutas, além de ser monitorada por um clínico-geral e um neurologista. A única seqüela, até o momento, é a visão embaçada em um dos olhos.

A 14ª DP (Leblon) investiga o caso. De acordo com o delegado titular José Alberto Pires Lage, o rapaz omitiu socorro e deu mais atenção à embriaguez do que ao atropelamento, já que tentou fugir e se recusou a fazer exames de alcoolemia.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/transito/mat/2008/09/14/estudante_julia_aquino_atropelada_ha_dois_meses_deixa_hospital-548217458.asp

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Cento e vinte anos de desigualdade urbana

Projeto busca entender relações entre a história das favelas e a da cidade do Rio de Janeiro

Em 1887, os soldados que voltavam da Guerra de Canudos começaram a se fixar no atual Morro da Providência, considerado por especialistas a primeira favela do Rio de Janeiro. Na época, a população da então capital federal acreditou que esse seria um fenômeno efêmero. Porém, o desenvolvimento da cidade fez com que as favelas crescessem e se tornassem parte da paisagem. Hoje, são mais de 600 espalhadas por toda a cidade, com uma população de um milhão de pessoas e intensa atividade econômica.

Cento e vinte anos depois, a história dessa transformação urbana é objeto de interesse acadêmico. Um grupo de arquitetos coordenados por Cristóvão Duarte, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acaba de iniciar um projeto que pretende investigar como a história das favelas se relaciona com a da cidade do Rio. “Nosso objetivo é observar como a favela é subproduto do desenvolvimento da paisagem urbana carioca”, explica Duarte.

A favela da Rocinha é um exemplo dessa relação inseparável entre o processo de construção da cidade e das comunidades dos morros. Na década de 1930, ela se resumia a poucas casas. A especulação imobiliária no bairro de São Conrado fez com que a Rocinha crescesse vertiginosamente, pois nesse bairro havia oferta de emprego garantido na construção civil e nos novos prédios de luxo. Isso atraiu novos moradores, como famílias vindas do Nordeste. Hoje, a favela abriga 150 mil pessoas, de acordo com estimativas dos próprios moradores. O censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000 mostrou um total de 56 mil habitantes.

Favela do Vidigal, situada entre os bairros Leblon e São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Atrás dos prédios de luxo, vêem-se os barracos no alto do morro. Clique na imagem para ampliá-la (foto: Claudia Brack/Arquivo Prourb).


A pesquisa da UFRJ pretende traçar um panorama das favelas do Rio em cada uma das doze décadas de sua existência. Os pesquisadores pretendem analisar, à luz dos acontecimentos que marcaram a cidade nesses diferentes momentos históricos, quais eram e como eram caracterizadas as favelas da cidade. Os dados obtidos na pesquisa serão sintetizados em mapas temáticos a serem disponibilizados em um portal. Os mapas devem incluir indicadores como a localização dos investimentos públicos e privados em cada década, a cobertura vegetal dos morros ou as favelas que foram removidas.




Documentos e imagens estão sendo analisados pela equipe, que também já deu início a uma série de visitas a favelas e entrevistas com moradores. Ao final, o grupo pretende produzir um banco de dados sobre as favelas cariocas que pode servir de base para novas pesquisas e para a elaboração de políticas públicas voltadas para a melhoria das condições de vida dessas populações.


Por uma cidade mais sustentável

Vista aérea do Complexo de Manguinhos, que reúne mais de dez comunidades carentes e cerca de 50 mil habitantes na Zona Norte do Rio de Janeiro. Clique na imagem para ampliá-la (foto: Claudia Brack/Arquivo Prourb).

Duarte afirma que a cidade tem muito a aprender com as favelas, tão estigmatizadas como redutos de violência. “Precisamos olhar para as favelas com mais imaginação e criatividade e tentar ver não somente seus problemas, mas como elas podem apontar soluções”, ressalta o arquiteto.

Na avaliação do pesquisador, a favela constitui, do ponto de vista humano e ecológico, uma cidade mais sustentável do que o chamado “asfalto”. “Essa cidade do ‘asfalto’ é desumana, projetada para o automóvel e não para pessoas”, afirma Duarte. “Não se podem descartar os ensinamentos que a favela nos traz. Ali as pessoas se conhecem e se ajudam, existem redes de solidariedade que amparam essa população. Isso é vida urbana. É essa vida que tem que vir para a cidade.”

Ao longo da história, as favelas foram tratadas com indiferença pela sociedade, depois como um problema a ser extirpado, o que gerou mal sucedidas políticas de remoção. “Entender a remoção de uma favela para conjuntos habitacionais como solução é uma forma muito simplória de encarar o problema. Não basta dar uma casa. É o modelo econômico que produz a miséria e o excluído. Deve-se reverter estruturalmente esse processo.”

Para Duarte, a solução é mesmo a implantação de políticas sérias e contínuas de urbanização que assegurem que essas “outras cidades”, criadas à margem da oficial, tenham os mesmos direitos e infra-estrutura. “É uma grande omissão da sociedade e do poder público permitir que tantas pessoas fossem excluídas da cidade formal”, afirma Duarte. “É preciso acabar com a pobreza e promover a união das partes separadas da cidade, sem neutralizar essa vida que existe na favela. As diferenças que se somam geram um cotidiano mais agradável e mais rico.”


Tatiane Leal
Ciência Hoje On-line
04/09/2008
http://cienciahoje.uol.com.br/127613

sábado, 6 de setembro de 2008

Corridas e Assaltos = 23% dos entrevistados trocaram as ruas pelas academias.

O que você já fez para evitar assaltos durante corridas e caminhadas?

Duzentos e catorze pessoas responderam e o quadro é assustador.

Mudei meu horário de treino -13,55%
Troquei meu local de treino - 7,94%
Não levo mais MP3 - 6,07%
Só vou acompanhado - 6,07%
Tênis caro, nem pensar - 7,94%
Aderi à academia - 23,36%
Nada. Não mudaria minha rotina por isso - 10,75%
Nada. Não senti necessidade de mudar ainda - 24,30%

Os números são claros, somadas as alternativas de mudança, 65% dos que responderam mudaram sua rotina de treinos e atividade física por causa da ameaça de violência. É especialmente chocante ler que 23,36% aderiram à academia, preferindo exercitar-se indoor.

Ou seja: o Rio está jogando no ralo sua vocação explícita para a vida ao ar livre, e anulando seu maior incentivo ao combate do sedentarismo - o prazer que a beleza desse cenário dá.

Na reportagem do Globo, a PM diz estar fazendo o que deve fazer quanto à segurança dessas atividades. Imaginem se não estivesse... Pelos comentários e e-mails que o blog recebeu passou uma sugestão interessante para a Polícia Militar: pôr homens à paisana misturados a corredores, caminhantes e ciclistas nessas áreas. Por que não, coronel Marcus Jardim? Também estranha que o comandante da 1ª Companhia de Policiamento de Área diga que Aterro e Lagoa "são exemplos de áreas privilegiadas" pela polícia. Engraçado, justo as duas áreas de que mais os atletas amadores se queixam... Será um efeito Tostines sem graça nenhuma?

Enquanto a postura das autoridades for a de que nada está tão errado assim, histórias como a de Leandro Murga da Silva vão se repetir. É dele um dos 100 e-mails e comentários que o Pulso recebeu sobre a ameaça da violência que paira sobre os cariocas até nos momentos que deveriam ser de mais relaxamento e paz de espírito. É uma ameaça concreta, que está mudando - para pior - a vida das pessoas. Leandro, infelizmente, é uma prova.

"Cara Cilene,

Confesso que há pouco tempo tomei conhecimento do seu blog e de suas denúncias. Portanto, gostaria de compartilhar uma história ocorrida em outubro de 2007, que mudou minha vida até hoje.

Tenho 25 anos e até outubro de 2007, vinha mantendo uma saudável rotina de corridas diárias. Cerca de 1 ano depois, com 14 quilos a menos, eu estava muito feliz com minha forma física, meu hábito saudável e iniciando minha preparação para uma das várias maratonas dominicais promovidas no Aterro do Flamengo.

Em um dia de semana, por volta de 8h30, peguei meu celular com fone e música, coloquei os fios por baixo da roupa e fui fazer meu percurso diário pela orla de Botafogo até o Aterro do Flamengo. Aproximadamente 40 minutos depois, já chegando ao ponto de partida, notei três homens, com roupas velhas e rasgadas sentados, observando todos que passavam correndo. Como o local é muito movimentado, inclusive com grupos de corredores do exército, polícia e bombeiros se exercitando neste horário, passei por eles e olhei todos eles nos olhos, para mostrar que eu estava atento à presença dos mesmos. Nada adiantou. Eles correram em minha direção e, numa fração de segundo, ao ser abordado e olhar para trás, acabei acertando com minha canela direita um dos bancos de concreto da ciclovia. Voei por cima do banco e caí sentado do outro lado. Não senti nada na hora, apenas vi minha perna jorrando sangue e meu instinto foi segurar meu celular, que estava caído ao meu lado. Então um dos bandidos abaixou, me rendeu com uma faca no pescoço e pegou o celular. Quando cheguei ao hospital, descobri várias escoriações por todo o corpo, além de levar 7 pontos na perna.

Resultado final desta aventura, foi que eu hoje estou moderadamente paranóico com o Rio de Janeiro. Praticamente não ando de carro à noite, nunca mais consegui voltar a correr na praia e desconfio até da minha própria sombra ao andar na rua, além é claro, de ter ganho uma bela cicatriz na minha canela direita.

Um cordial abraço,

Leonardo."

Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/pulso/

Violência e Obesidade: Assaltos nas ruas inibem a prática de exercícios físicos

RIO - Obstáculos perigosos permeiam o caminho de quem troca esteiras e bicicletas ergométricas por corridas, pedaladas ou caminhadas por áreas de lazer ao ar livre. Diante de casos recorrentes de assaltos, cresce o número de praticantes de exercícios outdoor que começam a evitar os percursos solitários para correr em grupo. Na Lagoa Rodrigo de Freitas, por exemplo, pelo menos seis tendas são armadas, nas primeiras horas da manhã e nos fins de tarde, para servir de ponto de encontro de corredores amadores, onde, além de segurança particular, preparadores físicos ajudam no aquecimento e no alongamento dos grupos, formados, na maioria, por profissionais liberais e empresários.

As turmas de amigos de última hora são uma forma de tentar evitar a abordagem de pivetes, ladrões em bicicletas e até motos, que assustam quem escolhe áreas como o Aterro do Flamengo, a orla, a ciclovia do Maracanã e a Lagoa para se exercitar. Celulares, i-Pods, relógios e dinheiro são os alvos. Os freqüentadores reclamam da falta de policiamento.

A publicitária Patrícia Barizon conta que optou por se exercitar em grupo, na Lagoa, por causa do apoio técnico, mas admite que pensou na questão da segurança. Mesmo assim, recentemente correu de quatro menores de rua, que surgiram junto à pista, na altura da Rua Maria Quitéria:

- Eles correram atrás de mim, num trecho em que eu havia me distanciado mais do grupo. Nunca corri tanto na minha vida, mas escapei.

Blog Pulso vira espaço de relatos de vítimas

A preparadora física Luciana Toscano mantém uma tenda da Lagoa. O ponto de encontro de cerca de 80 pessoas é em frente à Rua Aníbal de Mendonça. A turma também corre no Aterro, mas, por segurança, só pela manhã. Ano passado, a tenda da Lagoa foi assaltada por um homem armado, que levou celulares e objetos dos corredores.

Desde então, o grupo conta com um segurança à noite.

- Os alunos se distribuem em grupos pequenos e em horários diferentes, o que dá entre cinco e dez pessoas correndo juntas. Na Lagoa, montamos a tenda de manhã e à noitinha. No Aterro, ficamos em frente ao Obelisco, onde tem sempre uma patrulha da PM, mas à noite não vamos porque é muito perigoso - afirma Luciana.

Os casos de ataques são tão freqüentes que o blog Pulso, do Globo Online, escrito por Cilene Guedes, recebeu mais de cem relatos de internautas sobre episódios de assaltos nas áreas de lazer. A secretária Daniela Sampaio Campino contou ter sido uma vítima. Ao pedalar de manhã na pista do Maracanã, perto do portão 18, foi abordada por um ladrão em outra bicicleta, que a ameaçou com um caco de vidro.

- Ele pegou a minha bicicleta e abandonou a dele, que era velha - conta Daniela, que desistiu de freqüentar a área de lazer, embora more em frente.

O técnico de plataforma Amaury Santos foi outra vítima que desabafou no blog. Ele e a mulher foram abordados, há um mês, por dois jovens assaltantes, em bicicletas, na ciclovia do Aterro, na altura da Rua Osvaldo Cruz. Um dos bandidos tentou puxar o cordão de Amaury. Ele conta que as duas filhas e uma sobrinha também já foram atacadas no Aterro:

- Um dos ladrões me deu um tapa no pescoço. Só entendi que era assalto quando me disse para dar o cordão. Ele segurava um volume por baixo da camisa que parecia ser uma arma. Mesmo assim, eu disse que não entregaria e eles acabaram desistindo. Me arrisquei.

No fim de tarde da quinta-feira, O GLOBO percorreu a orla da Lagoa e comprovou a presença da PM em quatro pontos: junto à Aníbal de Mendonça, Parque dos Patins, Baixo Bebê e Estádio de Remo. Mesmo assim, os relatos de assaltos são constantes.

Este ano, o engenheiro Amílcar Perlingeiro, que corre sozinho, viu um assalto a mão armada a um casal de turistas, ao meio-dia de um domingo, com pista lotada. O assaltante desceu da garupa de uma moto, na altura da Rua Joana Angélica, e foi direto às vítimas. Após roubar celulares, carteira e relógios, voltou à moto:

- Sem qualquer temor, em meio às tantas pessoas, o ladrão caminhou e apontou a arma para as vítimas.

Há poucas semanas, a jornalista Helena Teles presenciou, na altura Rua Maria Angélica, um menor de rua atacar um estudante na orla da Lagoa:

- A vítima não deixou que o ladrão pegasse a mochila. Ele fugiu sem nada levar.

Homem armado assalta na ciclovia do Leblon

Caminhar na orla da Zona Sul também pode ser perigoso. Na ciclovia do Leblon, no Posto Doze, uma economista, que prefere não se identificar, teve o i-Pod e o relógio roubados, há menos de dois meses, por um homem armado numa bicicleta.

- Era um fim de tarde de sábado. O bandido estava na ciclovia e, quando passei, ele me disse "passa tudo ou estouro a sua cara". Foi horrível.

Em Copacabana, na altura da Praça do Lido, freqüentadores reclamam da presença de menores de rua. Uma moradora do bairro contou que chegou a ser agredida por um ladrão, também numa bicicleta, e correu de um grupo de menores:

- Só não me assaltaram porque eu corri mais do que eles!

A queixa dos usuários das áreas de lazer é sobre o policiamento ineficiente. Apesar das reclamações, o coronel Marcus Jardim, comandante da 1ª Companhia de Policiamento de Área, afirma que essas áreas têm patrulhamento estático (pontos fixos) e dinâmico (em movimento) adequados. Segundo ele, a distribuição de homens e patrulhas fica a cargo do batalhão da área, com base num trabalho de inteligência.

- Toda a unidade operacional trabalha direcionando o policiamento estático e dinâmico de acordo com as estatísticas de ocorrências e priorizando a demanda de problemas. Os policiais de cabine, a pé, a cavalo, em patrulhas são orientados para perceber a movimentação atípica, inclusive, de motos.

Aterro e Lagoa são exemplos de áreas privilegiadas. A Guarda Municipal mantém efetivos nessas áreas de lazer, das 7h às 19h, com apoio de bicicletas e carrinhos. Os guardas, mesmo não usando armas, costumam afastar menores de rua e deter ladrões que não estão armados. Ano passado, um guarda perseguiu de pedalinho um ladrão que se jogara na Lagoa após um roubo. E, mês passado, outros dois prenderam um menor que acabara de assaltar um freqüentador do Aterro.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/09/06/amigos_de_corrida_uma_forma_de_evitar_assaltos-548116494.asp

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Ônibus com mais de 50 passageiros sofre acidente na capital de SP

Um ônibus que transportava alunos de um curso de alfabetização de adultos perdeu o controle e bateu em um poste na Zona Oeste de São Paulo na noite desta quarta-feira (3). O veículo levava mais de 50 pessoas para uma apresentação em Perus, na Zona Norte da capital. Uma professora ficou ferida.

O motorista perdeu o controle do veículo na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães. “Um carro vermelho me fechou e me jogou em cima desse poste”, contou o motorista Daniel Marques.

A rede de alta tensão e o poste em que o ônibus bateu caíram sobre o veículo. Sem entender direito o que tinha acontecido, até os passageiros mais velhos saíram pela janela.

Uma professora que estava na frente do ônibus ficou presa nas ferragens. Após duas tentativas, ela foi retirada pelos bombeiros. A vítima teve fraturas múltiplas e foi encaminhada para o Hospital das Clínicas. Ela vai passar por exames para saber se vai precisar de uma cirurgia.

Os ferimentos poderiam ter sido evitados se várias regras de segurança não tivessem sido desrespeitadas. Algumas pessoas estavam em pé dentro do veículo.

O motorista, que foi levado para a delegacia, admitiu que estava conversando com a professora que ficou presa nas ferragens. “Ela estava sentada conversando comigo, ensinando o caminho. Estava encostada no painel”, afirmou.

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL747651-5605,00.html

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

DF vai ganhar mais ciclovias

O ajudante de pedreiro Marcelo Ferreira não abre mão da ciclovia. Principalmente quando está na companhia da filha, Ketlen. “Eu acho melhor. Andar pela pista, que não tem acostamento, é muito mais arriscado. Pela ciclovia é muito melhor. Cada um segue pelo seu lugar”.

Pedestres, como a balconista Maria Conceição Silva, também aproveitam. “É ótimo para caminhar. Pra mim não tem coisa melhor. É maravilhoso”, elogia.

O Itapoã tem 4,5 km de ciclovia. Os moradores só não estão mais satisfeitos por causa da poeira e porque a pista poderia ser maior. O vigilante Adriano Borges, por exemplo, que usa o espaço para ir e voltar do trabalho, é obrigado a fazer parte do trajeto entre os carros. “Se fosse completa, eu agora poderia dizer que é uma boa”.

Nos últimos oito meses, o governo construiu 36,5 km de ciclovias, ao custo de R$ 4,4 milhões, em Itapoã, Samambaia, São Sebastião e no Varjão. Só que isso representa apenas 6% dos 600 km previstos no projeto Pedala DF.

“As pessoas correm o risco de atravessar a rua, sem ter a ciclovia, e acontecer um acidente”, diz o jardineiro Odemir Pereira da Paixão.
O secretário de Transportes diz que mais cinco ciclovias vão ser construídas a partir de outubro: três no Lago Sul, uma no Lago Norte e outra na Estrutural. Vão ser quase 100 km de pistas. Algumas no acostamento e outras no canteiro central. Ainda assim, vão faltar quase 80% das ciclovias do projeto.

“O projeto trata de 600 km. Agora, acredito que dá pra gente fazer até 200 km. Evidentemente que a continuação do projeto Pedala DF poderá chegar aos 600 km. O projeto é uma coisa, mas a execução é outra coisa”, enfatiza o secretário Alberto Fraga.

A Secretaria de Transportes promete que as ciclovias vão ficar prontas em oito meses.


Rita Yoshimine / Edgar de Andrade



Fonte: http://dftv.globo.com/Jornalismo/DFTV/0,,MUL745485-10039,00-DF+VAI+GANHAR+MAIS+CICLOVIAS.html

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Comentários no Blog

Caros Leitores,
Seus comentários são muito importantes!
Nós do Grupo PET Farmácia/Saúde Pública da UFRJ queremos fomentar a participação da população em questões de interesse da própria sociedade, a partir de comentários, discussões, reclamações, soluções, idéias e sugestões escritas na parte de Comentários deste e dos outros Blogs do Grupo.
Então.. Comentem!

domingo, 31 de agosto de 2008

Quatro ônibus engavetam na avenida Rebouças, em SP






Da Redação
Em São Paulo

O engavetamento de quatro ônibus no corredor da avenida Rebouças, sentido bairro, em São Paulo, atrapalhou o trânsito da região na manhã desta sexta-feira (29).

Os veículos foram deslocados para a avenida Brigadeiro Faria Lima, enquanto aguardavam a perícia e o boletim de ocorrência. Segundo informações da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o motorista do ônibus que vinha por último perdeu o controle e atingiu os veículos que estavam na frente.

O motorista do último ônibus José Aparecido disse que vinha devagar, mas quando pisou no freio, "ele não acionou por vácuo".

Passageiros contaram que o impacto da batida foi grande e, de acordo com a CET, uma mulher foi levada para o Hospital das Clínicas com dores no pescoço.

O trânsito no local já foi normalizado.



Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2008/08/29/ult5772u725.jhtm

Bueiro entupido em Laranjeiras...


E muito engarrafamento, muitas buzinas, muitos atrasos...

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Ranking das 10 Principais Causas de Óbitos no Brasil, 2002 - OMS

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, para o Brasil, em 2002.
(http://www.who.int/countries/bra/en/ - Mortality Profile)




As 10 Principais Causas de Óbitos:

1 - Isquemia Cardíaca
2 - Doença Vascular Cerebral
3 - Condições Perinatais
4 - Violência
5 - Diabetes mellitus
6 - Infecções do Trato Respiratório Inferior
7 - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
8 - Hipertensão Arterial
9 - Acidentes em vias automobilísticas
10 - Doenças Inflamatórias do Coração



Consequências do urbanismo nos moldes atuais (olhe pela janela, respire e ouça, que você entenderá):

1 - Sedentarismo
2 - Acidentes (carros nas calçadas, atropelamentos, batidas...)
3 - Violência Urbana
4 - Poluição (ar, som...)
5 - Depressão


Todas essas 10 doenças têm como causa ou fator agravante, entre outros motivos, no mínimo um dos 5 citados como consequência de uma rua não-saudável.


Parou pra pensar nisso?

domingo, 24 de agosto de 2008

Kombi atropela quatro pessoas e mata menina de 7 anos na Penha


RIO - O motorista da Kombi que matou uma criança depois de atropelar quatro pessoas, na manhã desta quinta-feira, na Penha, se apresentou à polícia. Gilberto Ramos, de 27 anos, alegou para os policiais da 38ª DP (Brás de Pina) que fugiu do local do acidente sem prestar socorro porque ficou com medo de ser linchado por populares. Gilberto não tem carteira de habilitação. Ele disse aos inspetores que comprou recentemente a Kombi, mas que não teve tempo de passar o veículo para o seu nome. Ao verificar o passado de Gilberto, a polícia descobriu que ele era considerado foragido da Justiça desde 2006, quando foi condenado a cinco anos de prisão por roubo . O atropelamento ocorreu na Rua Irapuá. Ana Beatriz Santos Alves, de 7 anos, morreu no local. As outras três vítimas estão hospitalizadas.

A Kombi seria roubada. Entre os feridos, está um menino de cinco anos, irmão da criança morta. De acordo com policiais do 16º BPM (Olaria), o motorista perdeu a direção do veículo, subiu na calçada e atropelou quatro pessoas.

Ana Beatriz Santos Alves, de 7 anos, ia para a escola quando foi atingida pelo carro e morreu. Ela estava junto com o irmão Ângelo André da Silva Alves, e o avô José Erinaldo Carvalho. Os dois foram levados para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha. O menino de 5 anos sofreu uma contusão leve na cabeça. O avô teve escoriações no joelho e suspeita de infarto. Eles ainda estão internados e não correm risco de morrer.

Débora Cristina de Matos, de 31 anos, também ficou ferida no acidente. Ela chegou a ser levada para o Hospital Getúlio Vargas, mas foi transferida para o Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O motivo seria a falta de ortopedistas no Getúlio Vargas.

O pai da menina, Hamilton de Oliveira Alves, de 38 anos, esteve no local, onde acompanhou a operação para recolher o corpo dela. A Kombi também foi retirada do local.

O pai da menina grita de dor depois de saber da morte da filha.
Foto: Guilherme Pinto


Publicada em 22/08/2008 às 19h07m
Sérgio Meirelles - Extra e O Globo Online

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Motorista alcoolizado atropela cinco e mata adolescente em Guarulhos

Uma adolescente de treze anos morreu e cinco pessoas ficaram feridas num atropelamento em Guarulhos, na Grande São Paulo, no domingo (10). Segundo a polícia, o motorista estava alcoolizado e fugiu sem prestar socorro.

Valdir Lopes comemorava o dia dos pais com a família, quando ouviu um barulho alto: um carro desgovernado tinha subido na calçada. Ao correr para a rua, encontrou a filha Jeniffer, de 13 anos, debaixo do automóvel. “Reconheci a mão da minha filha”, afirmou. Outras cinco pessoas foram atropeladas, entre elas a mãe da menina.


O homem que dirigia o carro fugiu e se apresentou à polícia cinco horas depois. Ele dirigia sem habilitação. O teste do bafômetro indicou que ele havia bebido antes de dirigir. Foi constatado que ele possuía 0,47 miligrama de álcool por litro de ar expelido. A lei determina multa e prisão a partir de 0,3.

O carro pertencia a um cunhado, que disse estar passando mal. Uma das vítimas do atropelamento continua internada e passou por cirurgia esta madrugada. As outras quatro vítimas foram liberadas.

O motorista está preso. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, ele foi autuado em flagrante por homicídio culposo- sem intenção de matar -, lesão corporal culposa e por dirigir sem habilitação. O dono do carro também foi autuado, por permitir que alguém sem habilitação conduzisse o veículo.

Fonte: G1 - http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL719256-5605,00.html

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Muito mais do que uma moto roubada...

Às 22h40 deste sábado tornei-me mais uma vítima da infame violência que assola esta maravilhosa cidade: Fui assaltado! Tive a minha moto roubada, após ser fechado por um automóvel, de onde saíram quatro marginais armados que me revistaram, forçaram-me a deitar no chão e discutiam se me davam um tiro ou apenas levavam o que me pertencia e que muito me custou para comprar.

Porém, o que mais caro eu perdi naquela rua do bairro de Botafogo foi a crença na possibilidade de dias melhores, na suposta fé que nossas autoridades estão mesmo preocupadas com a segurança de quem, com o sacrifício do seu trabalho honesto, paga os impostos que vemos tão mal administrados.
Após o assalto, fui ao encontro de uma patrulha estacionada na Av. Pasteur para relatar e pedir providências, considerando que o fato teria acabado de acontecer, todavia, os policiais militares rapidamente trataram de informar que as coisas são assim no Rio, que eu é que não deveria andar de moto à noite...fiquei de queixo caído.

Na 10ª DP, fui atendido por um investigador plantonista que, enquanto eu relatava o que me havia acontecido, lamentava-se por não mais poder usar fuzil, que o salário é de fome, que estava sozinho no plantão... enfim, fiquei desolado.

O mais grave, foi constatar que a presença de quatro marginais circulando pela noite da cidade, praticando assaltos e violências, não foi suficiente para sequer despertar o interesse que justificasse um alerta no rádio da corporação, algo que viabilizasse a captura deles, dando a chance à outro cidadão de não ter seus bens, quiça a própria vida, arrebatados num sábado à noite.

O pior não é a constatação do abandono, da inépcia criminosa, do descumprimento flagrante das missões institucionais que nós, cidadãos, outorgamos a uns poucos para serem nossos governantes, o pior mesmo é ter a certeza que nada de concreto existe ou está sendo gerido para dar um basta em tudo isso, algo que resulte no restabelecimento da ordem, algo que depois de planejado e executado garanta que o crime, por menor potencial que tenha, seja punido.

A mim, só me resta contabilizar meu prejuízo e, como me disse o tal investigador, "agradecer por estar vivo".

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/bairros/#118312

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

GPS Carioca

Eu sou o seu novo GPS, adaptado para o jeito particular de se dirigir na Cidade Maravilhosa, e vou levá-lo com todo conforto e sagacidade até o seu destino.
Não afivele o cinto. É incômodo, aperta o peito. Jogue-o por cima. Evita amassar a camisa e já basta para atender às exigências dos guardas. A propósito, tenha sempre R$ 50 caso algum se mostre mais preso às letras da lei — e fique à vontade para se entender com ele. Eu não ouço, só falo. A 212 metros vire à esquerda.
Antes diga comigo: “Seja o que deus quiser”, “Último lá é mulher do padre” e “Segura, peão”. Acaricie com fé o escapulário preso no espelho retrovisor, peça a proteção a São Cristóvão, e o resto eu agarantio. Nossa empresa tem tradição de 30 anos na Suíça, mas leva em consideração os hábitos de cada um no trânsito de seu país. Para cada povo, um GPS novo. Sem essa de manter distância do carro da frente se estamos no Brasil, entre os melhores pilotos de Fórmula 1 do mundo.
Acelere. A 424 metros o engarrafamento das 17h. Avance pelo acostamento. Os pardais daqui estão fora do ar desde a semana passada por falta de verba para o conserto. O GPS veio para acabar com os seus problemas e evitar que, ao tentar chegar na Rio-São Paulo, você dobre à esquerda quando deveria ir em frente e acabe sendo julgado pelo tribunal do tráfico da favela de Lucas. Na próxima esquina, parada para comprar amendoim com o ambulante de terno e gravata. Abra o vidro apenas o suficiente para passar o dinheiro, mas seja educado e aplique as regras da convivência carioca com um “valeu, brô”. Saia cantando o pneu que o gente fina gosta e vai responder com um grito de “oooiiiiii”. A 113 metros, entrada do Túnel Rebouças. Pé em Deus, fé na tábua. Guarda no esquema. As placas de limite de velocidade passam de 40km para 90km em poucos metros, não há santa alma que consiga medir o ponto certo. Esses caras são uns incompetentes. Use ao seu jeito. Qualquer problema, nossa empresa tem despachantes que quebram o galho no Detran. A 59 metros, Kombi lerda. Corte para a direita e depois para a esquerda que, mais adiante, a saída para a Jardim Botânico está sempre engarrafada.
Cuidado. Radar funcionando. Manere.
Dê meia dúzia de buzinadas, no ritmo daquele riff de circo que anunciava o Carequinha, para saudar, no Fiat vermelho passando ao lado, aquele amigão que você não vê desde o colégio.
Abaixe o vidro. Grite “fala maluco!”. Dê mais duas buzinadas como se dissesse “byebye”, e vá em frente. A velocidade é a da sua paciência no momento. Consulte-se. A 226 metros, Praia de Botafogo. Ignore as pessoas que atravessam. Mete bronca sobre esses pedestres para eles aprenderem a usar a passagem subterrânea. É tudo gente que não freqüenta escola, acha que pode tudo e desrespeita os motoristas que pagam impostos. Onde já se viu?! Na Avenida Brasil, faça o mesmo quando perceber um desses pedestres abusados atravessando embaixo da passarela. O governo gasta os tubos e eles não aproveitam.
Faça sua parte. Eduque-os. Acelere em cima para ver se eles aprendem. É seu direito. Estacione a 107 metros. Se estiver muito calor, uma lei estadual permite o livre estacionar em qualquer lugar, baseada na constatação científica da desorientação dos sentidos sob o sol dos trópicos. Empurre um pouco para frente e depois um pouco para trás os carros que escondem uma vaga ótima no estacionamento.
Não se importe em dar uma amassadinha neles.
O flanelinha atochou carro onde não havia espaço nem para uma sardinha e foi embora.
Problema dele. A 39 metros, subida do Dona Marta. Se ouvir um pipocar estranho, se jogue embaixo da poltrona. É tiro, AR-15, e nem a blindagem do carro segura. Bote a seta para a esquerda e caia para a direita, desorientando os bandidos. A 134 metros, um carro está trafegando com a porta mal fechada.
Acelere, buzine, pisque o farol, faça o impossível para avisá-lo do perigo e mostrar a sua generosidade com o próximo. É uma das manifestações mais radicais do gente boa carioca no trânsito. Em seguida, dê uma cortada pro cara deixar de ser vacilão. Ligue o iPod bem alto num pagode para não ouvir esses guardas apitando inutilidades. O GPS ajuda, mas trânsito é feeling. Você está na margem esquerda da Avenida Nossa Senhora de Copacabana e precisa pegar a primeira transversal à direita para seguir até a Atlântica rumo ao Centro. Aproveite o sinal fechado e cruze a pista sobre a faixa dos pedestres, como se fosse um deles. Devagarzinho para ficar dentro da lei. Não se impressione com as pessoas que te olham feio, devem ser turistas, e não conhecem os hábitos locais. Quando voltarem para seus países, vão contar do dia em que viram um carro atravessando a faixa dos pedestres e suspirarão saudosos com um sorrisinho de “esses cariocas têm um jeito todo próprio de existir”. Vibre o sucesso da operação.
Buzine duas vezes como dissesse “valeu, pessoal”. Desça a Siqueira Campos, entre a primeira à direita, na Domingos Ferreira. Você errou o caminho. Mantenha a calma. Suba a calçada e retorne. Trânsito é acordo de cavalheiros e eles sabem que isso é do jogo. Buzine como se dissesse “Foi mal”. A língua da buzina é internacional, todos entendem. Este Hino do Flamengo tocando é o celular. Atenda sem problema. Próximo guarda de trânsito só no Méier. Corte o ônibus escolar a 43 metros pela direita, ultrapasse sem vacilar o próximo sinal que é dos malabaristas-assaltantes noticiados ontem no jornal e que continuam agindo.
Você está respaldado pelo parágrafo aprovado ontem, em caráter de urgência urgentíssima, e que legisla sobre a prioridade de sobrevivência do motorista carioca. “Primeiro o meu”, diz a nova lei. Acelere o que a sua experiência julgar necessária para enfrentar a situação. Não pare. Se você for respeitar todos os sinais, aí mesmo é que ninguém anda nessa terra. A um quarteirão de casa, comece a buzinar para a patroa saber que você chegou e tratar de esquentar o bife. O GPS-amigo agradece se o doutor deixar o da cervejinha.

Fonte: Segundo Caderno de O Globo

Falta de Fiscalização no Rio

Três EXCELENTES matérias sobre flagrantes de leitores do Jornal O Globo Online:


Todo Tipo de Irregularidades

Mais Cenas

Novos Flagrantes

Uma vergonha.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

SP: lei seca reduz o número de mortes por acidentes

Foi o terceiro final de semana de fiscalização por causa da lei seca. Desde que a lei entrou em vigor, o número de mortes por causa de acidentes de carros em São Paulo caiu 57%.

A venda de bebidas alcólicas nos bares caiu cerca de 60%.


http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM854913-7823-SP+LEI+SECA+REDUZ+O+NUMERO+DE+MORTES+POR+ACIDENTES,00.html
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A mudança de comportamento é evidente e benéfica. A pergunta que fica é se os acidentes diminuiu pela tolerância ZERO ou pela maior intensidade de fiscalização e maior número de bafômetros.
Será que os níveis de álcool, antes tolerados, eram excessivos? Será que precisamos ficar no ZERO mesmo? Ou só fiscalizar direito o que a Lei preconizava?

Jovem com sinais de embriaguez é baleado após agredir policiais

Um jovem de 21 anos acabou baleado, na madrugada desta quarta-feira (16), depois de sofrer um acidente e agredir policiais que tentaram socorrê-lo. O incidente aconteceu em frente à 9ª DP (Catete), na Zona Sul do Rio, que confirmou a ocorrência.

Policiais disseram que o rapaz apresentava sinais de embriaguez e estava bastante transtornado. No carro do jovem foram encontradas três garrafas de cerveja.

Segundo a polícia, ele dirigia em alta velocidade quando capotou com seu carro, um Fiat Palio preto, em frente à delegacia. O jovem ainda bateu em outro carro que estava estacionado na rua. Ao tentar ajudá-lo a sair do veículo, policiais disseram que foram agredidos com socos. Na tentativa de fugir, ele teria tentado tirar a arma de um policial e acabou baleado na perna. O inspetor de plantão da delegacia não soube informar se a arma disparou acidentalmente.

A vítima foi levada para o Hospital Souza Aguiar, no Centro. A Secretaria municipal de Saúde informou que o jovem foi baleado na coxa esquerda e no joelho direito e teve escoriações no braço esquerdo. Ele está estável e aguarda avaliação vascular para ser liberado. Mais cedo, a Secretaria havia informado que o jovem tinha levado um tiro em cada pé.

Na delegacia, a informação é que ele pode responder por lesão corporal, direção perigosa e agressão.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL648159-5606,00-JOVEM+COM+SINAIS+DE+EMBRIAGUEZ+E+BALEADO+APOS+AGREDIR+POLICIAIS.html

domingo, 13 de julho de 2008

Medo de violência aumenta obesidade em crianças

Crianças que vivem em áreas consideradas menos seguras pelos seus pais têm quatro vezes mais probabilidades de serem obesas do que aquelas que moram nos bairros vistos como mais seguros. Essa é a conclusão de um Estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, que analisou os dados de 768 crianças em dez regiões urbanas e rurais no país que tinham participado do Estudo de Desenvolvimento Humano do Instituto Nacional de Saúde da Criança.

De acordo com os estudiosos, essa relação não é afetada por outros fatores, como formação cultural, estado civil das mães, atividades extra-curriculares das crianças ou grupo étnico. "De fato, pode muito bem haver uma relação simples e direta entre viver em regiões perigosas e obesidade", afirmou Julie Lumeng, uma das cientistas envolvidas no estudo.

Grupos
Na pesquisa, os pesquisadores pediram para os pais responderem questionários que perguntavam quão segura eles consideravam a área em que moravam quando as crianças tinham seis anos. A partir dos questionários, o grupo foi dividido em quatro, indo dos que se sentiam mais seguros aos que mais sofriam com a insegurança.

Os cientistas descobriram que 17% das crianças do primeiro grupo (maior percepção de insegurança) estavam acima do peso. No segundo quarto, os obesos contavam 10% das crianças. No terceiro, eram 13% e no último, que morava em regiões consideradas mais seguras pelos pais, apenas 4%.

De acordo com Julie Lameng, essa relação pode passar pelas mudanças na educação dada pelos pais de acordo com a percepção de segurança. "Quer dizer, na tentativa de proteger crianças, os pais não só diminuem o tipo de atividades físicas que ocorrem ao se brincar na rua, como, indiretamente, aumentam a probabilidade de atividades sedentárias ligadas a ficar em casa."

Para David Haslam, diretor do Fórum Nacional de Obesidade da Grã-Bretanha, o resultado do estudo é válido, mas ele faz uma ressalva. "Isso é provavelmente um elemento, e não toda a explicação. Essas áreas (menos seguras) são possivelmente mais carentes, onde se tem menos provisão de bons alimentos e menos locais para brincar nas ruas", afirma Haslam.

O estudo da Universidade de Michigan foi publicado pela revista especializada Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine.

Fonte: BBC Brasil em http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI817369-EI298,00.html

Falta de exercício físico e espaço para brincar


Todo adulto compara a infância do filho com o tempo em que ele próprio era criança. É comum fazer-se comparações do tipo: "No meu tempo de criança corríamos atrás da bola e dos balões, jogávamos bola na rua, andávamos de bicicleta pelo bairro, vivíamos praticando esportes". Hoje os jogos eletrônicos prendem a criança em casa. Elas ficam horas e horas jogando o hipnótico "game", comendo salgadinhos, batatas fritas e pipoca. Todos sabemos que o fato de passar horas na frente de uma televisão está diretamente relacionado com excesso de peso infantil.

Mas essa não é opção da criança. É uma característica da vida atual. O fato de parte substancial da população viver em espaços residenciais restritos, sem acesso a parques, sem praticar esportes nos clubes, sem andar pelas ruas, faz com que a criança se acostume com a inatividade.


Leia na Íntegra:
http://www.obesidademorbidanuncamais.com.br/news.asp?codigo=116&grupo=62

sábado, 12 de julho de 2008

Médicos alertam sobre a geração de gordinhos

Crianças fazendo dieta para não engordar? Acabou aquele conceito de bebê fofinho? Doenças como obesidade e colesterol alto têm de ser combatidas bem cedo. Difícil é controlar o apetite dos pequenos.

Em muitos casos, a obesidade infantil é uma conseqüência do comportamento dos pais frente ao prato de comida. A obesidade infantil é cada vez mais preocupante. Segundo o IBGE, o número de crianças e adolescentes acima do peso cresceu quase três vezes nos últimos anos.

Um sofá, um jogo de cartas e a companhia de July, a cadelinha de estimação – isso é tudo o que Matheus desejou nas férias na casa da avó, a não ser por um mero detalhe.

“Eu queria um macarrão com molho e carne moída”, comentou o menino.

Não será dessa vez. Matheus é um ex-gordinho. Aos 7 anos, ele chegou a pesar 60 quilos – quase o mesmo peso que tem hoje, aos 11 anos. Como o pai é hipertenso e a mãe tem colesterol alto, a saúde do garoto inspira preocupação.

“Eu comecei a fazer o prato dele e controlar o tempo que ele está em casa e a quantidade que ele vai comer, porque se deixar ele repete”, diz a mãe de Matheus, Fabiana Branco.

Alguns países já tratam a obesidade como epidemia. Há seis milhões de jovens com excesso de peso, segundo pesquisa do IBGE. Pesquisas mostram que a doença não poupa nem os pequenos. Segundo o Ministério da Saúde, 6,6% dos meninos e meninas de 0 a 5 anos de idade são considerados obesos.

Em muitas crianças, a obesidade começa a dar sinais antes das primeiras papinhas e colheradas. Os médicos chamam a atenção para bebês de até 1 ano que estão sendo superalimentados. Um dos maiores riscos está na gestação. Mães que engordam muito na gravidez podem ter bebês acima do peso.

Pesquisadora do Hospital das Clínicas de São Paulo, a endocrinologista Sandra Vilares acompanha centenas de adolescentes com dificuldades para emagrecer e alerta: a criança fofinha de hoje pode ser o gordinho de amanhã.

“Criança por volta dos 7 anos tem 50% de ser um adulto obeso, e o adolescente obeso tem 80% de chances de ser um adulto obeso”, afirma a médica endocrinologista Sandra Vilares.

Mais um benefício que a amamentação traz: segundo os médicos, crianças que são amamentadas no peito por mais tempo têm menos chance de se tornarem obesas.

FONTE: http://bomdiabrasil.globo.com/Jornalismo/BDBR/0,,AA1684814-3682-852699,00.html – 09/07/2008


A relevância dessa notícia aqui? Lembra daquele tempo, quando as crianças brincavam nas ruas..... Passou.

Policiais militares do Rio de Janeiro admitem que falta preparo

E a polícia que mata um inocente? O caso do menino João, no Rio de Janeiro, expôs a falta de preparo de quem deveria sair às ruas para proteger a população. A repórter Beatriz Thielmann conversou com dois PMs. Eles admitem que não recebem treinamento adequado.

“Quantas vezes você treinou para usar uma arma?”, pergunta a repórter a um policial militar. “Uma, com cinco tiros”, responde ele.“Não dei muitos tiros, não. Teve armas que só dei apenas um tiro. Calibre 12 eu dei um tiro. Com uma submetralhadora, eu dei um tiro só”, lembra outro PM.

Trata-se de dois policiais militares que têm medo de serem identificados. Eles temem os superiores e as ruas. Para o trabalho do dia-a-dia, dizem que não foram preparados.

“O que aconteceu quando você saiu para rua pela primeira vez?”, pergunta a repórter. “Fiquei muito nervoso, porque não sabia como me comportar”, responde o policial.

“Alguma vez falaram para você como deve se abordar um motorista ou um carro na rua?”, continua a repórter. “Só teoria, só teoria. Na teoria, falaram, mas na prática não”, afirma o policial.

Na teoria, a prática deveria ser assim: o motorista suspeito sai do carro com as mãos na cabeça e o policial deve atirar só se houver reação – se o suspeito atirar. As técnicas de abordagem são ensinadas aos futuros policiais no terceiro mês do curso de formação, que tem duração de oito meses, mas não foi isso que as câmeras de segurança de um prédio registraram na noite de domingo (6).

As imagens confirmam que não houve nenhum tiroteio com bandidos. A mãe de João Roberto encosta o carro para dar passagem à polícia, mas o cabo e o soldado se aproximam e disparam as armas. Falta de treinamento adequado; policiais que vão para as ruas sem saber sequer como lidar com as armas que carregam – alguns especialistas consideram esses os principais motivos que têm provocado tragédias. “Temos que treinar policiais para situações de enfrentamento e para situações de perseguição. Esse treinamento não se faz assim, em dez minutos. É um treinamento que exige repetição, muitas. Exige muitas horas. Qual o benefício? Uma redução nas mortes não-desejadas”, observa o sociólogo Gláucio Soares, do Centro de Estudos de Segurança da Universidade Cândido Mendes.

O secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vanuchi, afirmou que é preciso repensar a polícia. “Não é possível tolerar a idéia de atirar primeiro e depois ir verificar se alguém morreu e quem morreu”, afirmou.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse que o governo vai investir mais nos treinamentos dos policias e que os dois envolvidos no crime serão expulsos da Polícia Militar.

“Expulsar, expulsar. São dois assassinos”, disse o governador.

Na tarde de terça-feira (8), 200 taxistas fizeram uma carreata para protestar. São colegas do pai do menino João Roberto, Paulo Roberto Soares. Na capela, durante o velório, ele fez mais um desabafo.
“Se a instituição está falida, vamos melhorar a instituição, mas não botar monstro na rua para matar a gente. Não é isso que a gente quer. A gente quer proteção, a gente não quer ser morto”, protestou o pai do menino, Paulo Roberto Soares.

FONTE: http://bomdiabrasil.globo.com/Jornalismo/BDBR/0,,AA1684810-3682-852686,00.html – 09/07/2008

segunda-feira, 7 de julho de 2008

RJ: criança de 4 anos é atingida no fogo cruzado entre policiais e bandidos

A noite de domingo (6) registrou mais um caso brutal de violência no Rio de Janeiro. Policiais perseguiram bandidos. No caminho, estava uma família: uma mãe e dois filhos. O carro em que eles viajavam ficou no meio do fogo cruzado.

Bandidos em fuga, de carro, foram perseguidos pela polícia no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Uma mãe e seus dois filhos estavam no caminho. Na noite de domingo (6), um fim de semana terminou em tragédia.

O carro com a mulher e as duas crianças parou em um ponto. Os bandidos seguiram em frente. Dois policiais se posicionaram a poucos metros, em outra direção. Segundo testemunhas, mais de 30 tiros foram disparados e 15 atingiram o automóvel.

Doze buracos de bala atingiram só na traseira do carro. O tiroteio aconteceu a poucos metros de uma delegacia. O menino João, de apenas 4 anos, foi baleado e levado para o hospital em estado grave. Os criminosos conseguiram fugir.

Segundo moradores da região, a quadrilha assaltou vários bares e mercados do bairro antes de a perseguição iniciar. Um homem diz que viu o momento em que a polícia começou a disparar. Ele acha que os policiais militares atiraram no carro errado.

“Praticamente, foram uns 30 tiros. Ela saiu do carro e ficou rodando apavorada, porque o filho estava baleado dentro do carro. A mulher estava desesperada. Disse: ‘Meu filho, ajudem-me, por favor’. As armas estavam apontadas para ela. Tanto é que tem vários tiros no carro. O carro está todo furado”, contou a testemunha.

A polícia requisitou a fita de uma câmera de segurança do prédio que fica em frente ao local do tiroteio. As imagens podem esclarecer por que um carro com inocentes virou alvo em um tiroteio entre polícia e bandidos.

O menino João Roberto passou por uma cirurgia e, segundo os médicos, o estado de saúde dele ainda é grave.

FONTE: http://bomdiabrasil.globo.com/Jornalismo/BDBR/0,,AA1684658-3682-851787,00.html – 07/07/2008

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Balão atinge uma janela em Copacabana

Flávia Regina Nunes Brandão teve queimaduras nas mãos e no abdômen ao tentar retirar um balão que caiu na janela de seu apartamento, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, no Rio.



Bombeiro exibe o que sobrou do balão, em frente ao quartel.

Fonte: Galeria de Imagens do Globo

terça-feira, 3 de junho de 2008

PRF já flagrou 4.199 motoristas embriagados nas estradas neste ano

A Polícia Rodoviária Federal já flagrou, de janeiro ao início da última semana de maio deste ano, 4.199 motoristas embriagados em rodovias federais. Entre eles, cerca de 600 foram presos. Durante todo o ano de 2007, 6.950 autuações de motoristas embriagados foram feitas pela polícia nas estradas. O número preocupa a PRF, que pretende intensificar a fiscalização nas estradas e o uso de etilômetros para evitar que motoristas sem condições de reflexo causem acidentes nas estradas. De acordo com a PRF, a proibição de venda de bebidas alcólicas em bares e restaurantes nas rodovias federais deve contribuir para a redução de motoristas embriagados. Ainda assim, para a PRF, a medida não é suficiente, por isso a fiscalização será intensificada.
Do G1, São Paulo:

domingo, 1 de junho de 2008

Violência Urbana está ligada à Obesidade Infantil

Julie C. Lumeng, M.D., a developmental and behavioral pediatrician at the University of Michigan here, said parents who coop their children up indoors to insulate them from crime outside leaves children stuck with only sedentary activities, like watching television or playing video games.

"There may well be a relatively simple and straightforward relationship between living in a dangerous neighborhood and overweight," Dr. Lumeng and colleagues wrote.

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Julie C. Lumeng, M.D., uma pediatra especializada em desenvolvimento e comportamento da Universidade de Michigan, disse que os pais que "guardam" seus filhos dentro de casa para protege-los da violência acabam por ocupar a criança com atividades sedentárias, como televisão e video-games.

"Deve haver uma relação simples e direta entre viver em uma vizinhança violenta e o sobrepeso", disseram a pediatra e seus colegas.


ESTUDO EM INGLÊS, COMPLETO:
http://www.medpagetoday.com/Pediatrics/Parenting/tb/2428
Primary source: Archives of Pediatrics
Source reference:Lumeng et al, "Neighborhood Safety and Overweight Status in Children," Archives of Pediatrics, January 2006; vol. 160: p.25-31

terça-feira, 27 de maio de 2008

Rio Antigo


Praia de Botafogo


Rua Cosme Velho


Rua das Laranjeiras


Rocinha