Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre Desordem Urbana, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

domingo, 20 de dezembro de 2009

Guardador da Embrapark sumiu e a Seop apareceu

http://oglobo.globo.com/rio/video/2009/16038/default.asp

Sem tíquete os motoristas podem levar multas ou terem seus carros rebocados.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Ônibus bate em prédio em Laranjeiras, na Zona Sul

Pelo menos oito pessoas ficaram feridas levemente.
Motorista disse que veículo perdeu o freio.



Um ônibus subiu a calçada e atingiu a rampa da garagem de um prédio na Rua Pereira da Silva, em Laranjeiras, Zona Sul do Rio, na tarde deste sábado (12).

O motorista contou que o veículo perdeu o freio e não conseguiu evitar o acidente. Pelo menos oito pessoas ficaram feridas levemente.

Uma moradora disse que levou um grande susto quando saía do prédio em seu carro e se deparou com o ônibus na entrada da garagem. Até o fim da noite os bombeiros ainda estavam no local.

Fonte: G1

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Câmeras da CET-Rio flagram momento de acidente em Deodoro



Câmeras da CET-Rio flagraram imagens chocantes de acidente de trânsito em que uma pessoa euma criança na bicicleta foram atingidos por um carro na calçada, enquanto esperavam o sinal fechar para atravessar.

Disponível em:http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1373081-5606,00.html

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Prefeitura estaciona picapes em cima da calçada no Rio

Jornal da Globo - 04/11/09



No Rio de Janeiro, um flagrante de desrespeito às leis de trânsito justamente por quem deveria fiscalizar o cumprimento das normas.

Disponível em: http://g1.globo.com/jornaldaglobo/0,,MUL1367100-16021,00-PREFEITURA+ESTACIONA+PICAPES+EM+CIMA+DA+CALCADA+NO+RIO.html

domingo, 11 de outubro de 2009

Partiu Copacabana - Aydano André Motta

É para fazer Olimpíadas verdadeiramente cariocas? Então, como se diz hoje em dia, partiu: cerimônias de abertura e encerramento em Copacabana.

Atlântica fechada, povo no poder da rua, o Rio pleno, de chinelo, sob o sol, em frente ao mar, a cerveja gelada (no isopor) e a alma aberta para amizades eternas enquanto durarem.

A diversão de graça, pelo prazer despojado de simplesmente estar perto — esta é a nossa cara. A nossa cara mais olímpica.

Nada contra o Maracanã, templo maior do futebol, coliseu da bola que abrigará as duas competições mais importantes da Terra. Por mais elaborados, abertura e encerramento no querido estádio serão mais do mesmo espetáculo patrocinado pelos anéis milionários mundo afora. O dinheiro compra a tecnologia — e com ela, um show como nunca se viu.

Aqui, nesta mistura ensolarada de água e montanha, se pode mais.

Como gente é nossa mais reluzente medalha de ouro, vamos com os cariocas, o emblema supremo dos Jogos, da mensagem que o tal movimento olímpico adora disseminar. Na sua acertada bula que conjuga marketing, busca de mercado e compensação geopolítica, os cartolas do COI talvez não saibam, mas acabam de abrir a possibilidade para a exibição dos melhores anfitriões do planeta.

Ninguém recebe como o Rio.

Somos PhD em megaeventos, escolados em réveillons que reúnem milhões, ano sim, ano também, na mesma Copacabana. Nos fins de semana do verão, rumamos às dezenas de milhares para as arquibancadas da Sapucaí, nos ensaios técnicos, shows preparatórios das escolas de samba com entrada franca e sem estrutura de segurança. Afora uma ou outra ocorrência, dá tudo magicamente certo.

Na verdade, basta chamar que os cariocas vão, com seu amor pela rua tatuado na alma.

Em 1994, a cidade passou a madrugada insone para saudar, numa caravana de paixão da Ilha do Governador a São Conrado, a seleção tetracampeã de futebol. Em abril de 2007, outro milhão se reuniu na Praia de Botafogo, pelas estripulias de uns malucos endinheirados que disputam um circuito mundial de acrobacias de avião.

Tudo pretexto. A motivação em quaisquer desses eventos é o encontro com seus irmãos de cidade.

Os olimpocratas vão estrilar, argumentando com a segurança, e, sobretudo, a impossibilidade de cobrar ingressos. Bobagem. Logística se compra — e a criatividade dos produtores de espetáculos está aí mesmo para acender a pira olímpica à distância. Não há dinheiro que pague a chance de começar os Jogos com os atletas recebidos pela população — e terminá-los num reparador banho de mar, na moldura do entardecer do Rio.

Por isso mesmo, as Olimpíadas pousaram no endereço certo. Abertura e encerramento são os momentos mais apropriados para a emoção que, nos 20 dias de competições, concentra-se na luta por medalhas e recordes. Como o homem voador de Los Angeles-1984; as Coreias desfilando unidas em Sydney-2000; a redenção de Muhammad Ali, ao acender trêmulo a pira de Atlanta-1996; a flecha fake de Barcelona-1992; a caminhada no ar do ex-ginasta Li Ning, em Pequim-2008; ou, o momento supremo, as lágrimas do ursinho Misha, o melhor mascote da história, que fecharam Moscou-1980.

Aqui, não será um, mas milhões de cariocas, documento da raça pela graça da mistura, que merecem lugar nesse panteão. Então, partiu Copacabana!

Basta chamar que os cariocas vão com seu amor pela rua tatuado na alma.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

PROJETO DE SEGURANÇA DE IPANEMA


Projeto que visa reduzir num período de um ano, todos os índices ligados à violência e criminalidade no bairro de Ipanema, bem como melhorar significativamente a percepção de segurança de seus moradores e visitantes através da adoção de um plano de ações preventivas através de dez diretrizes integradas e complementares.
O estudo dos casos de sucesso recentes nesta área comprova que a condição mais importante para o sucesso do plano, é a adesão integral de todas as entidades públicas ou privadas, direta ou indiretamente ligadas a Ipanema, trabalhando em conjunto de forma produtiva, convergente e complementar, sob a liderança compartilhada de um único Comitê Gestor, composto por representantes de todas as entidades envolvidas.



Link:http://psipanema.blogspot.com/

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Chuva aumenta acidentes no Rio e carro cai no canal da Paulo de Frotin

Acidentes, ruas alagadas, trânsito parado e aeroporto com atrasos. Esses foram só alguns dos muitos transtornos que a forte chuva de segunda-feira causou.






Com a pista molhada os acidentes se multiplicaram.
Debaixo do Elevado Paulo de Frontin, um veículo caiu dentro do canal. A motorista foi socorrida por pessoas que passavam pelo local. Segundo testemunhas ela estava bem e contou que perdeu o controle da direção depois de bater em um outro carro.
O mau tempo também dificultou a vida dos passageiros de trens. A Central do Brasil fechou as portas temporariamente.
No Aeroporto Santos Dumont também houve demora nos embarques e desembarques.
A ponte aérea Rio-São Paulo parou. Pousos e decolagens foram suspensos: 25 minutos sem operação. O resultado: o terminal precisou ficar aberto quase duas horas além do horário de funcionamento pra que tudo voltasse ao normal.

Fonte:Bom Dia Rio - Data:22/09/2009
Disponível em:http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL1313069-9101,00-CHUVA+AUMENTA+ACIDENTES+NO+RIO+E+CARRO+CAI+NO+CANAL+DA+PAULO+DE+FROTIN.html

domingo, 30 de agosto de 2009

Caçambas e Ruídos na Madrugada do Alto Leblon



"Será que a culpa é do motorista? Ou é a Prefeitura quem cria essa ambientação?"

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Construção de muro na Chácara do Céu causa polêmica

Moradores do Leblon querem mudanças no projeto da obra, realizada pelo governo do estado









Fonte:http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL1263430-9099,00-CONSTRUCAO+DE+MURO+NA+CHACARA+DO+CEU+CAUSA+POLEMICA.html

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Poste em calçada estreita atrapalha passagem de pedestres no Centro do Rio


RIO - Quem disse que calçada é para pedestre? É quase impossível andar pela Rua Primeiro de Março, no Centro do Rio. Postes atrapalham a passagem dos pedestres, levando-os a caminhar pelo meio da rua e colocando vidas em risco. Será que alguma coisa pode ser feita antes que aconteça uma tragédia ou vão esperar que aconteçam para depois agirem?


FONTE: http://oglobo.globo.com/participe/mat/2009/07/23/poste-em-calcada-estreita-atrapalha-passagem-de-pedestres-no-centro-do-rio-756940826.asp - 24/07/09 - "Eu-Repórter"

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Mais um carro no Canal do Leblon



Um carro perdeu o controle e foi parar dentro do Canal do Leblon, na Zona Sul do Rio. O acidente foi na tarde de terça-feira (21).

A água encobriu quase todo o veículo. Bombeiros socorreram a motorista, que não teve ferimentos.

Segundo testemunhas, ela foi fechada por um outro carro, na Avenida Visconde de Albuquerque, no Leblon.

Fonte: G1 - http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1238395-5606,00-CARRO+CAI+NO+CANAL+DO+LEBLON.html

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Vazamento Constante de Farinha

Desta vez a quantidade chamou a atenção de quem passava pela região. A calçada e os carros ficaram encobertos pelo pó branco que sai frequentemente de um moinho do bairro.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente vai mandar uma equipe à Gamboa, até amanhã, para verificar a causa do vazamento de farinha de um moinho do bairro.

Parece até neve, mas é farinha mesmo e a origem está em um moinho de trigo, Moradores contam que não é a primeira vez que farinha sai pelo prédio e se espalha pelo bairro, mas a quantidade é que chamou atenção.

“Desta vez está muito pior”, afirma uma mulher.

“É farinha pura e todo mundo está ingerindo esta farinha”, reclama um homem.

O Moinho Fluminense, empresa dona da farinha mandou funcionários varreram a calçada, mas não atendeu a equipe de reportagem do Bom Dia Rio.

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente disse que já havia feito uma fiscalização no local e que a empresa tinha se adaptado às exigências.

Fonte: Bom Dia Rio - http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL1231702-9101,00-MORADORES+DA+GAMBOA+RECLAMAM+DO+VAZAMENTO+CONSTANTE+DE+FARINHA.html

domingo, 5 de julho de 2009

Motorista de van acidentada é preso após deixar hospital

O motorista da van que sofreu um acidente no início da tarde desta quarta-feira (1º), na Linha Vermelha, foi preso à noite após deixar o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio do Rio. Segundo a delegada Leila Goulart, da 37ª DP (Ilha do Governador), Carlos Alberto Rodrigues de Souza, 57 anos, foi autuado por quatro homicídios culposos e seis lesões corporais.



A van escolar bateu num reboque que estava parado na faixa da direita, na pista sentido Baixada Fluminense. Com a colisão, o veículo capotou e ficou destruído. Passageiros ficaram presos nas ferragens. Quatro crianças morreram e outras seis ficaram feridas.


De acordo com a delegada, em depoimento, Carlos Alberto alegou que dirigia a 40km/h, quando foi fechado por um ônibus. Em seguida, ele afirmou que viu o reboque muito rapidamente e não conseguiu frear, provocando o acidente.

Carlos Alberto foi preso em flagrante e levado para a 37ª DP, onde o caso foi registrado. Ainda segundo a delegada, a fiança foi estipulada em R$ 6 mil.

Contratada pelos pais, a van fazia transporte de estudantes do Colégio Pedro II, unidade de São Cristóvão, na Zona Norte. As informações são do Corpo de Bombeiros e da direção do colégio.

A direção do Colégio Pedro II informou que foi decretado luto de três dias. Ainda segundo a direção da unidade, foram os próprios pais dos alunos que contrataram o serviço de transporte escolar.

Mães choram perda de filhas únicas

Duas meninas - Rayanne, de 14 anos, e Esther, de 8 - que morreram no acidente envolvendo com a van escolar, eram filhas únicas. Os parentes das vítimas fizeram o reconhecimento dos corpos na noite desta quarta no Instituto Médico Legal (IML), no Centro.

As duas outras vítimas que morreram no acidente são Vinícius Lopes da Silva, de 11 anos, e André Teles, de 7. Os pais de Vinícius chegaram por volta das 21h no IML ainda sem saber que o menino tinha morrido.

A jornalista Rosana da Silva Souza, de 46 anos, mãe da estudante Rayanne, de 14, disse que botou a sua filha única na van por medidas de segurança. Muito abalada, a moradora do bairro Jardim América, no subúrbio, disse que conhecia as outras vítimas.

“Eu coloquei na van por segurança e perdi minha única filha. Eu já conhecia o motorista há bastante tempo e também conhecia as outras crianças. Estou chocada e incrédula com tudo isso”, contou.

Moradora de Irajá, a também jornalista Renata Fernandes, de 30 anos, perdeu a filha única Esther, de 8, no acidente. Ela disse que sentiu falta da menina e ligou para a escola. Segundo ela, nenhum parente ainda foi chamado na noite desta quarta para fazer o reconhecimento dos corpos.

Feridos em três hospitais

Segundo a Secretaria estadual de Saúde, três crianças foram levadas para o Hospital de Saracuruna, na Baixada Fluminense. Uma delas está em estado gravíssimo e foi internada no CTI da unidade. As outras duas estão em observação, segundo a secretaria.

Outras duas crianças foram encaminhadas para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio. A secretaria informou que elas passaram por exames.

A outra vítima - um menino, ainda não identificado - foi levada de helicóptero para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul. De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, o estado da criança é grave.


Fonte: G1 - http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL1215512-5606,00-MOTORISTA+DE+VAN+ACIDENTADA+E+PRESO+APOS+DEIXAR+HOSPITAL.html

terça-feira, 16 de junho de 2009

Nunca mais voltará Leila Diniz

por Arnaldo Jabor, no Jornal O Globo - 16/06/09

Além da violência, o carioca teme a promiscuidade.

Tom Jobim nadava com força na Lagoa Rodrigo de Freitas naquele verão de 1944. Parou um instante, já chegando ao Sacopã, e olhou em volta, imaginando como seria Ipanema dali a 20 anos. A lagoa era clara, cheia de peixes e garças. Ipanema era uma promessa de vida em seu peito molhado.

Leila Diniz estava rindo no Bar Jangadeiros, em minha mesa, 20 anos depois. Nós éramos jovens, na luz de Ipanema; como Joyce escreveu, estávamos “felizes, moços, perto do selvagem coração da vida”. E eu pensava: “Meu Deus, que alegria! Até quando seremos assim?” Tínhamos uma espécie de paraíso social ali entre Copa e Leblon. Tom Jobim diria anos depois: “O Brasil será feliz quando tudo for uma grande Ipanema”.

Hoje, estou na Rua Visconde de Pirajá com Joana Angélica, espécie de cruz privilegiada da cidade. Vejo o Rio à minha volta. Tudo parece em câmera lenta; na Lagoa, percebo que as árvores cresceram. Moro mais em São Paulo, e eu não via isso quando morava só aqui. Hoje, vejo a natureza linda e corruptora — “Ah... mas é tão lindo... — grande álibi para a miséria que ferve nas ruas. A natureza corrompe.

Hoje, nos afligimos com tantos pobres que expõem suas feridas nas esquinas, com tantos vagabundos descendo dos morros.

O que incomoda a população branquinha não é só o assaltante, é o passeante. Pardos passeantes de chinelos e calção enchem a Zona Sul. Eles pressentem o medo dos classe-médias e desfilam com garbo. O carioca branco se indigna, como se só ele fosse nativo. Vejo que meu mal-estar diante do caos carioca é um mal-estar de classe. Sim, há um horror de classe nos cariocas “brancos”; querem mudar o Rio para ontem, querem que o Rio “volte” a ser algo de “antigamente”. É mentira que tememos apenas a violência. Tememos também a promiscuidade.

O Rio é hoje a saudade de algo que já foi.

Ninguém ama o Rio como ele é. Só os miseráveis que hoje ocupam as praias amam o Rio — são seus anos dourados.

O Rio atingiu seu ponto de “perfeição” (para os pequenos-burgueses) por volta dos anos 50 e 60, quando o acaso deu um tempo na “in-volução” da cidade, e o mito cruzou com o real. A beleza parou um instante entre o erro e a decadência, entre a economia do “milagre” e a tragédia da exclusão das massas, e se equilibrou por alguns anos entre o Posto Nove e a Praça General Osório, criando uma ilha utópica da esquerda festiva (eu estava lá), que não contava ainda com a miséria que se reproduzia nos morros.

Hoje, nas ruas de Ipanema, parece que ando num rio do inferno. O ritmo lento dos desocupados se cruza com os olhares trêmulos de madames e aposentados correndo para trás das grades, biquínis em frente a mendigos, população branca temerosa, movendo-se pela “folga” da “crioulada” e os mendigos que jazem nas portas de igreja, criancinhas brincando na sarjeta, mamadeira e esmolas, caixotes e pernas abertas.

O Rio virou o escândalo dos cariocas. Mas o horror de nada serve, é só angústia vazia. A miséria dos outros tem sido para nós um problema existencial. O “escândalo” parte do equívoco de que os miseráveis são um “erro” da natureza.

O erro está em nós. Escandalizar-se é se salvar. Mas somos parte do escândalo.

É como se toda essa invasão de pardos (não só na pele — pardos na alma, na vida parda) fosse apenas uma “amolação” na vida “branca”.

No entanto, esta mutação da cidade é definitiva.

Voltar a ser o quê? O reduto da bossa nova, a ilusão dos filhos da PUC? Eu vejo as velhas negras de 100 anos vendendo arruda na feira, como escravas de ganho do século XIX, vejo esta mistura baiano-persa dos camelôs e barraquinhas, vejo a malandragem dos feirantes disputando uma risonha luta de classes com madames e velhotes. Vejo isso tudo e entendo que não vai voltar mais nada.

Nunca mais voltará Leila Diniz! Do ponto de vista excludente, de uma administração tradicional, a situação é insolúvel.

O Brasil não virou Ipanema. Ipanema virou o Brasil. Silenciosamente, as 600 favelas que o egoísmo construiu fizeram a revolução parda.

A democracia já desceu o morro.

Esta revolução silenciosa dos excluídos é um trailer, sim, do Brasil, mas não somente como deflagração de violência.

Uma luta social molenga se instalou no dia a dia, nas esmolas, nos assaltos, nas chacinas, nos ataques do Exército. E não é só a incúria dos governantes ou o egoísmo dos ricos; no fundo não é culpa de ninguém. Nossa crueldade é a tradição escravista desta burguesia de ex-negreiros.

O que houve foi uma bolha que cresceu, que estava aí há décadas se formando, uma “bolha antropológica” que provocou uma revolução social suja. Já houve. Ninguém vê isso? É só andar na rua. Um pobre para cada remediado, no coração de Ipanema.

E como reformar as mentes de planejadores e urbanistas clean? A bolha antropológica não pode ser explodida. Tem de ser obedecida.

A bolha sempre esteve ali, desde o tempo das “Memórias de um sargento de milícias”.

Ela sempre esteve aí, só que se arredava nos morros, nas periferias.

Só uma ideologia de reforma que “inclua”, que democratize, pode mudar o Rio. Ficou claro: qualquer ideia de reverter a situação é absurda. A ideologia nostálgica só conduz à ideia de genocídio. Para fazer voltar o chopinho dourado na paz dos sábados, só matando os morros. Há 30 anos era fácil. Havia dinheiro e menos gente. Até hoje, só houve soluções “brancas” para problemas “pardos”. Agora, só dá para fazer um plano de salvação social para o Rio a partir da aceitação da ideia do “insolúvel”. Os marginalizados têm de ser participantes da reforma.

Não há solução. A partir daí, pode-se começar a pensar. Tudo indica que os novos governantes do Rio já estão pensando assim, como foi a amostra do Morro Dona Marta.

É assim que o Brasil terá de ser replanejado: aceitando a senzala, os pretos de ganho, os forros excluídos, os ignorados nos planos de mercado, pois o Rio não vai mudar. Já mudou.

Já aconteceu, já está ocupado.

A bruta face da miséria desmoralizou a sentimentalidade branca.

domingo, 14 de junho de 2009

Um País na Contramão

Colunista Convidado do Jornal O Globo - Cecil Thiré*

Muitas são as lacunas que, infelizmente, caracterizam a nossa educação. Quanto às regras de circulação e direito de passagem, somos muito incultos e deseducados. Quanto a vários outros quesitos, também... Apenas não somos os únicos grosseirões ambulantes das Américas. Mas vamos começar por nossa casa, nosso país, nossa gente, nossa cidade.

É notória a truculência no trânsito cultivada por nossos motoristas, a má vontade em parar diante de um sinal vermelho, o impulso de acelerar diante do amarelo, o absurdo de preferir a faixa da esquerda da pista dupla (ou tripla) para trafegar! A esquerda é reservada para as ultrapassagens! A Lei Seca que não pegou; a proibição de falar ao celular que é solenemente ignorada por nossos motoristas, que se distraem pelos ouvidos e seguem vacilantes pela pista em velocidade abaixo do trânsito em geral etc. etc. etc. Não deixando de lado a arrogância dos motoqueiros, que transformaram o espaço entre as fileiras de carros em pista de rolamento e se julgam com preferência de passagem sobre os demais veículos, vindo em uma velocidade sempre superior à do tráfego – saindo, portanto, “do nada”- e enfiando o dedo em suas buzinas agudas e enervantes.

Duvido que esse meu desabafo não tenha ressonância e a simpatia de muita gente. Um pouco mais de civilidade, amigos motoqueiros. Mas, infelizmente, civilidade não parece ser o nosso forte.

Já sou avô, mas quando vou chegando à porta, raro é o jovem (ou a jovem) que me dá passagem. Em vez disso, quase sempre, se apressam e cortam a minha frente. Em nenhum lugar nos ensinam a andar ordeiramente pelas calçadas. Deveríamos tomar o lado direito do sentido em que nos deslocamos, mas isso ninguém ensina. O mais apressado deveria usar o lado esquerdo da calçada para ultrapassar um menos apressado, como um automóvel, mas isso, em lugar nenhum, nos ensinam. O cúmulo acontece em nossas escadas rolantes! A julgar pelo comportamento dos brasileiros em geral, poderíamos achar que é proibido subir ou descer os degraus de uma escada rolante em movimento. As pessoas correm, passam a nossa frente, chegam à escada rolante e param no meio dela, bloqueando qualquer tipo de ultrapassagem. Uma vez, na França, levei uma enérgica bronca de uma senhora: “Mantenha a sua direita!” Aprendi.

Mas voltemos à calçada. Quando fui renovar minha carteira de motorista, tive que estudar as leis de trânsito e fiquei surpreso por ver escrito que ciclista na calçada deve andar a pé, ao lado da bicicleta, conduzindo-a pelo guidão! Ninguém parece saber disso! É só dar uma caminhada pela Avenida Ataulfo de Paiva em hora útil e ver! Homens e mulheres “bicicleteiam” pelas calçadas, desviando dos transeuntes! Isso quando desviam, pois acontece de virem para cima da gente. Nota-se certa má vontade para com os pedestres. Vê-se pela fisionomia dos que pedalam, que nem sequer imaginam que a calçada é para os que estão a pé. Dia desses, ao atravessar pela faixa de pedestres, com o sinal aberto para mim, passou um ciclista pela faixa - com o sinal fechado para ele -, na contramão da Avenida Bartolomeu Mitre. Eu, com bom humor, disse: ”Na contramão você acaba pegando um!” Ele parou na esquina e riu bastante aqui do otário.

Um enérgico fiscal da prefeitura, numa reportagem de TV, cortava o cabo de aço que prendia uma bicicleta no poste. Radical! Mas quanto a pedalarem nas calçadas, nada. Nem um aviso, nem uma campanha educativa ou choque de ordem. Quanto às bicicletas na contra mão, justo quando quem atravessa a rua está olhando para o lado de onde vêm os carros? Nada. Nenhuma fiscalização.

“Também”, penso, “são poucas as ciclovias, os carros ameaçam os ciclistas.” Então, o que fazer? Não sei, enquanto não pega a moda de civilidade, a gente vai desviando, se virando. Boa sorte!

*Cecil Thiré é ator

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Engarrafamento de coluna: o mijão motorizado

Roberto DaMatta, O Globo, 03/06/09

Neste 14 de maio passado, sigo — graças à perene generosidade do meu colega e querido amigo Valter Sinder — de carona para a PUC onde damos aula. No posto de gasolina situado na entrada da ponte que liga o Rio a Niterói (esse país estrangeiro mais próximo dos cariocas, onde moramos), topamos com o rotineiro e inevitável funil que vergonhosamente entope o trânsito em todas as grandes cidades brasileiras. Valter resolve abastecer o carro. Na saída, deu-se o inesperado: um Citroën, novo em folha, está acintosamente parado na saída do posto. Valter, como todo bom motorista brasileiro que se preza, não espera, contorna o carro que o bloqueia e então nos deparamos com o motorista que, em pé, com cara limpa e porta aberta, urina tranquilamente na calçada. Seu rosto estampa a bonança brasileira do senador ex-presidente que não sabe que recebe ilegalmente um auxílio-moradia porque, com tanto dinheiro, não precisa conferir seu contracheque.

Nessas caras que eram de pau, mas são hoje feitas do mais puro aço inoxidável, não há nenhum sentimento de vergonha ou estranheza. Nelas, estampa-se apenas a serenidade dos superiores que exercem o direito aristocrático de revelar como estão acima das normas a seu bel-prazer, podendo roubar o erário, distribuir dinheiro público para o seu partido ou mijar na frente de todo mundo.

Qual a diferença? Quem esperava condução e estava na frente do mijão faz o que todos temos feito ao longo destes anos todos de inútil demanda igualitária: desolham.

Fingem que não veem. Mas, eis o ponto, ninguém ousa fazer coisa alguma! Não se ouvem as buzinadas iracundas que acontecem quando um velhinho tenta atravessar ou quando uma criança sai de um automóvel defronte de uma escola. O mijão exerce seu pleno direito de romper com as regras mais básicas do convívio social certo de que, pelo tipo de carro, pela cor da pele e pela “aparência”, ele era um dos nossos cavalões de raça.

Desses que, comilões, podem fazer tudo. Todos aceitamos o ato do mijão que — era óbvio — não estava apenas satisfazendo uma necessidade inadiável, mas mostrando o membro viril. O símbolo deste poder indigno e abusivo que, a partir de um certo estatuto social, todos somos capazes de adquirir. O poder de descolar das normas públicas de decência que não se aplicam com a mesma força para todos. Uns podem ignorá-las, outros não as conhecem, alguns rompem com elas de modo de liberado e acintoso, como fez esse cavalão, mostrando a arrogância que, no Brasil de hoje, é moeda corrente daqueles que estão no poder.

Entro num táxi e, na Avenida Visconde de Pirajá, a mais badalada do Rio de Janeiro, equivalente social da Rua Oscar Freire, em São Paulo, topamos com um trecho bloqueado por um veículo enguiçado. O motorista aproveita para me contar o seguinte: na semana passada viu-se diante de um Volvo de última geração, igualmente enguiçado. Quando ele se preparava para a ultrapassagem, um senhor sai do carro, entra no seu táxi e manda que ele siga para um condomínio de luxo. Alarmado, o taxista pergunta se o rico proprietário do Volvo vai abandonar o automóvel ali, em plena rua, correndo o risco de ser roubado. O dono retruca que está pouco se lixando.

O carro tem seguro e se for roubado ele recebe outro; a responsabilidade não era dele, mas da companhia de seguro. O motorista, parvo com essa demonstração de riqueza, poder e descaso para com o espaço público, segue em frente.

Ando pelas calçadas sempre perplexo com o caminhar dos meus companheiros de “cidadania” que não mudam de rumo, mesmo sabendo que estão vindo em minha direção.

A regra, deduzo, é a de que sou eu quem deve dar a devida passagem, pois estão todos imbuídos daquela “sobranceria” que Sergio Buarque de Holanda destaca como um traço da sociabilidade hispânica, e se consideram superiores. Afinal, como falamos aqui no Brasil, os “incomodados que se mudem” pois eles, como o nobre deputado, pouco se lixam para os outros. Assim, é só no derradeiro instante que viram condescendentemente o corpo para o lado, dando lugar ao velhinho que caminha em sentido contrário. Ou simplesmente nada fazem e eu é que trato de me safar para não receber um encontrão. O fato é que todos caminham de peito estufado, sem prestar atenção nos outros, cuja obrigação é de ceder o espaço. É o velho estilo Carlota Joaquina (esposa de Dom João VI), que obrigava os que cruzavam o seu caminho a postarem-se de joelhos e tirar o chapéu em respeito a sua sacrossanta pessoa de princesa e rainha.

Eu fico fascinado com esse estilo de usar o espaço que teoricamente pertence a todos nós, brasileirinhos democratas e, em princípio e até segunda ordem, pessoas normais e comuns.

Andamos de peito estufado e sem a menor preocupação com quem conosco divide a calçada que a partir do momento que saímos de casa passa a ser nossa e muito nossa. E que o prefeito deveria mandar, como diz a velha canção, ladrilhar. Não para o nosso amor passar, mas para nós, na nossa santa ignorância de democratas que não sabem o que é viver numa democracia!

A arrogância no Brasil de hoje é moeda corrente.

domingo, 7 de junho de 2009

Choque de Ordem na Barra


Segunda-feira, 16/02/2009

Agentes do Core apoiaram o trabalho dos fiscais, que atuaram na Avenida das Américas. Vinte carros foram rebocados por problemas na documentação ou por estacionamento irregular.

Fonte: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM966841-7823-OPERACAO+CHOQUE+DE+ORDEM+FISCALIZA+CARROS+NA+BARRA+DA+TIJUCA,00.html

Choque de Ordem: Leblon, Tijuca e Barra



Sexta-feira, 05/06/2009

Mais de 70 agentes atuaram em regiões próximas a bares e restaurantes no Leblon, na Barra e na Tijuca. Só no Leblon, 70 veículos foram multados e dez rebocados.

Fonte: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1051129-7823-TRES+BAIRROS+SAO+ALVO+DA+OPERACAO+CHOQUE+DE+ORDEM,00.html

sábado, 6 de junho de 2009

Bloqueio de Cruzamento + Buzinas Insuportáveis: rotina



Uma demonstração de falta de educação ao volante. Imagens enviadas por um morador de Copacabana, flagram momentos do cruzamento das ruas Barata Ribeiro e Miguel Lemos, onde motoristas fecham totalmente a rua.

De acordo com o Código de Trânsito, esta é uma infração média e os motoristas perdem quatro pontos na carteira. A multa é de quase R$100.

Fonte: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1051176-7823-VC+NO+RADAR+RJ+IRREGULARIDADE+ENGARRAFA+TRANSITO+EM+COPACABANA,00.html

Roleta-Carioca: carro invade calçada à 120km/h


Não é novidade, mas temos de registrar. Outra vez um carro invade a calçada da Visconde de Albuquerque a mais de 120 km/h. Essa roleta-carioca vai acabar estraçalhando uma criança e sua babá. Enquanto isso, a prefeitura fica brincando de valet parking e guinchamento apenas na esquina da praia, levantando poeira e produzindo showzinho mambembe.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Prefeito Eduardo Paes inaugura a primeira ciclofaixa em Copacabana

A primeira ciclofaixa passa pelas Ruas Rodolfo Dantas, Duvivier e Ministro Viveiros de Castro e faz ligação com a Avenida Atlântica e a estação de metrô Cardeal Arco Verde.
Foi inaugurada ontem, em Copacabana, a primeira ciclofaixa, uma pista compartilhada para carros e bicicletas.

O prefeito Eduardo Paes pedalou pelas ruas do bairro. Esta primeira ciclofaixa passa pelas Ruas Rodolfo Dantas, Duvivier e Ministro Viveiros de Castro e faz ligação com a Avenida Atlântica e a estação de metrô Cardeal Arco Verde.

Com o projeto a prefeitura quer estimular o uso de bicicletas como transporte em pequenas e médias distâncias. As faixas especiais serão compartilhadas por carros e bicicletas. Agentes da Cet-Rio e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente vão orientar motoristas, ciclistas e pedestres durante toda a semana.

As outras duas ciclofaixas, na Rua Figueiredo Magalhães e na Xavier da Silveira, devem ser inauguradas no mês que vem. Eduardo Paes disse que pretende ampliar os pontos de aluguel de bicicletas para outros bairros da cidade.

“A nossa ideia é estender esse programa de ciclovias. O importante é notar que nós estamos querendo é criar uma cultura diferente, aqui não estamos falando de ciclovia, nós estamos criando a alternativa da bicicleta, para qualquer pessoa alugar. É um sistema simples, pelo celular a pessoa tira a bicicleta, coloca a bicicleta, tem um acompanhamento pela internet do que está gastando por mês fazendo isso, e criando a faixa compartilhada, ou seja, a cultura do carro saber que tem gente andando de bicicleta, que tem que ter mais respeito com as pessoas de bicicleta. Então é um sistema diferente, mais simples, mais barato e mais eficiente”, explica o prefeito Eduardo Paes.

Vídeo: http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1046846-7823-INAUGURADA+EM+COPACABANA+A+PRIMEIRA+CICLOFAIXA,00.html

Fonte: http://rjtv.globo.com/Jornalismo/RJTV/0,,MUL1177680-9101,00-PREFEITO+EDUARDO+PAES+INAUGURA+A+PRIMEIRA+CICLOFAIXA+EM+COPACABANA.html

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Broadway será permanentemente fechada ao trânsito

Medida faz parte da campanha para tornar a cidade mais verde e humana, com menos trânsito.





Times Square e Broadway são ícones de Nova York. O movimento confuso de carros e pedestres é parte do atrativo para turistas do mundo todo. Mas a campanha para tornar a cidade mais verde e humana, com menos trânsito, levou a prefeitura a fazer uma experiência que pode mudar radicalmente o espírito do lugar.

A partir de domingo (24), a Broadway será permanentemente fechada ao trânsito em dois trechos: em Times Square, entre as ruas 47 e 42. E Herald Square, entre as ruas 35 e 33, onde fica a loja de departamento Macy's. Na altura das duas praças, a Broadway vai virar uma rua de pedestres.

Em outros trechos da avenida, os carros já perderam três pistas, convertidas em ciclovias e calçadões. Times Square vai ficar assim: toldos, mesinhas, tudo muito tranquilo e civilizado. Mas o que será que o turista vai achar quando em vez do caos tradicional deste lugar, encontrar uma praça como outra qualquer, sem muita cara de Nova York?

A brasileira Priscila, que mora lá, aprova a medida: "Eu acho que vai melhorar um pouco porque é muita gente andando 24 horas".

Wiley Norvell é diretor de uma organização que, há 20 anos, luta para fechar a Broadway aos carros. Ele explica que o modelo vem de cidades como Amsterdã, Copenhague e Bogotá, onde a bicicleta está substituindo o automóvel.

Wiley faz parte do crescente contingente de jovens que vão trabalhar de bicicleta. Para eles, o fechamento da Broadway é uma grande vitória. Mas os motoristas estão revoltados. O chofer de táxi acha que o trânsito vai ficar muito pior: “A área concentra os hotéis e teatros da cidade. Só vamos poder parar longe daqui", ele reclama.

James, que trabalha perto de Times Square, acha que fechar a Broadway vai reduzir o tumulto, mas teme que sem a bagunça e os carros a praça perca o charme.

Nova York ficará mais parecida com as cidades europeias: um pouco menos caótica. Mas, todos esperam, ainda bem tumultuada.


Fonte: Bom Dia Brasil

http://g1.globo.com/bomdiabrasil/0,,MUL1163589-16020,00-BROADWAY+SERA+PERMANENTEMENTE+FECHADA+AO+TRANSITO.html

Resolução para Serviço de "Valet Parking"

RESOLUÇÃO SEOP “N” N° 007, DE 14 DE MAIO DE 2009.

Regulamenta a Autorização prévia para a Instalação de Área de Embarque e Desembarque de Passageiros nos serviços de manobra e parqueamento de veículos do tipo “valet parking”.


O SECRETARIO ESPECIAL DA ORDEM PUBLICA, no uso de suas atribuições que lhe são conferidas por lei, e

considerando as normas estabelecidas pelo Decreto N° 30.548 de 23 de março de 2009;

considerando as atribuições conferidas a Secretaria Especial da Ordem Pública e seus órgãos pelo referido ato normativo; e

considerando a necessidade de padronizar os procedimentos administrativos a fim de agilizar a obtenção da referida autorização;


RESOLVE:

Art. 1° Fica criada a Autorização prévia para Instalação de Área de Serviço de Manobra e Parqueamento (ANEXO I) que deverá ser requerida pelos interessados anteriormente à solicitação do Alvará de Autorização Transitória à Inspetoria Regional de Licenciamento e Fiscalização (IRLF) local, para a implantação dos serviços do tipo “valet parking” em logradouros públicos.

Parágrafo único. Cabe ao Secretário Especial da Ordem Pública o deferimento da referida autorização; ou a quem ele delegar.

Art. 2° A autorização será concedida à título precário, conforme critério de conveniência, oportunidade e interesse público e poderá ser revogada a qualquer tempo, a juízo da autoridade competente, sempre que ocorrer motivo superveniente que justifique tal ato, inclusive nas hipóteses previstas no inciso III, do Art. 7º, do Decreto 30.548, de 23 de março de 2009.

Art. 3° O procedimento para requerer a autorização dar-se-á por meio de abertura de processo próprio na SEOP realizado por meio de formulário de requerimento padrão (ANEXO II); e cópia dos seguintes documentos:

I - Contrato ou Estatuto Social;
II - Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ);
III - Alvará de Funcionamento da sede;
IV - Contrato de prestação de serviços (quando serviço terceirizado); e
V - Planta de situação da área pretendida para a instalação.

§ 1º O requerimento deverá ser instruído pelo próprio estabelecimento ou pela empresa contratada, mesmo nas hipóteses de serviços gratuitos ou de eventos especiais.

§ 2º Nos casos de evento especial, a autorização deverá ser requerida com antecedência mínima de quinze dias úteis da data do evento.

§ 3º No caso de serviços contratados, o processo de requerimento deverá ser instruído com a documentação relativa aos incisos I, II e III do contratante e da contratada.

Art. 4° Fica atribuída à Coordenadoria de Fiscalização de Estacionamentos e Reboques OP/SUBF/CFER), o cumprimento da presente resolução, no que se refere à instrução processual e a fiscalização em campo, sem prejuízo das competências específicas dos outros órgãos da SEOP.

Parágrafo Único. Poderá ser realizada vistoria prévia nos locais pretendidos para o embarque e desembarque de passageiros, a fim de verificar as condições previstas no regulamento, sempre que se fizer necessário.

Art. 5º Os demais órgãos desta Secretaria deverão de imediato criar rotinas de fiscalização a fim de fazerem cumprir o Decreto 30.548/09 e a presente Resolução.

Art. 6º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Rio de Janeiro, 14 de maio de 2009.

RODRIGO BETHLEM

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Flagrantes de Desrespeito aos Pedestres



Você vai ver agora flagrantes que nossos repórteres fizeram no Espírito Santo. São imagens da falta de segurança no trânsito, causada por lombadas eletrônicas desativadas nas estradas brasileiras.

Esta é a BR 101 Norte, que corta a cidade de serra, na grande Vitória. o perigo passa por aqui todo dia. Quem tem compromisso do outro lado da pista não tem outro caminho. Sem faixa de pedestre ou equipamentos eletrônicos para que os motoristas reduzam a velocidade, é bom mesmo olhar bem antes de atravessar. O trânsito aqui é intenso.


É preciso esperar. Atravessar a pista aqui vira uma aventura. Não é fácil. E quando é possível, apressar os passos nunca é demais. Numa rodovia como está, pode aparecer um carro em alta velocidade a qualquer momento.
Os motoristas aceleram. Mas tem criança na pista. É uma correria. Uma prova de risco. “É complicado porque eles não respeitam”, diz uma professora.


Na saída da escola, o perigo aumenta. Mais uma criança olhando e correndo na rodovia, em trecho urbano, tem muita gente no acostamento. De bicicleta ou a pé, não pode haver distração. “O carro passa correndo demais.”


A placa indica a velocidade menor. Mas quem se preocupa com a fiscalização eletrônica? Os equipamentos estão desligados em todo país.
Mais de 300 lombadas eletrônicas não funcionam desde 2007. O departamento nacional de infra-estrutura de transporte explica que houve um problema jurídico. Uma nova licitação deve ser feita no meio do ano para contratar uma empresa de manutenção.

Enquanto isso, Leoni estica o braço, e pára o trânsito é perigoso.
Os sensores que fotografam carros avançando o sinal vermelho nos semáforos também estão desligados. O motorista desse caminhão não vai receber multa. A preocupação é maior nas rodovias sem passarela para pedestres.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Caminhão e Morte no Alto Leblon

A velocidade máxima é 30 km/h. Caminhões e ônibus sobem (e agora também descem) a 200% acima do limite máximo. Mortes de crianças ocorrerão em breve. Uma já foi baleada na cabeça porque jogava futebol e fazia barulho. Outras morrerão estraçalhadas nas estreitas calçadas. Mas... who cares ? Rodrigo Bethlem ? Eduardo Paes ?

domingo, 26 de abril de 2009

Uma Década sem o Art. 56

É positivo o projeto de lei que proíbe motos de andar nos corredores entre os carros?

SIM

PAULO CESAR MARQUES DA SILVA

EM 1997 , o Congresso aprovou o Código de Trânsito Brasileiro, cujo texto original dizia, no artigo 56: "É proibida ao condutor de motocicletas, motonetas e ciclomotores a passagem entre veículos de filas adjacentes ou entre a calçada e veículos de fila adjacente a ela". Assim como esse, outros dispositivos do CTB anunciavam um rigor até então inédito, a tal ponto que sua discussão no Congresso produziu reduções históricas nos índices dos acidentes de trânsito antes mesmo de a lei entrar em vigor, em janeiro de 1998.

Acontece que, no momento de sancioná-la, o então presidente da República vetou, entre outros, o artigo 56. Pior ainda, a mensagem 1.056/97 apresenta como razão para o veto o argumento de que "o dispositivo restringe sobre maneira [sic] a utilização desse tipo de veículo que, em todo o mundo, é largamente utilizado como forma de garantir maior agilidade de deslocamento". Assim, em vez de estimular a atitude prudente de motociclistas, o Executivo dava sua chancela à prática de andar "no corredor", hoje tão condenada pelos motoristas.

Não seria razoável atribuir apenas ao veto a situação que ora vivemos, mas o fato é que a proporção de motocicletas na frota nacional aumenta ano a ano, e elas representam mais de 30% dos veículos envolvidos em acidentes com vítimas. Se não cabe responsabilizar o veto por esse quadro, por outro lado não se pode ignorar que prevaleceu no período a percepção de que a motocicleta é a solução para superar a lentidão do trânsito nas cidades, exatamente como dissera o então presidente da República.

O crescimento do motofrete é o lado mais visível dessa realidade, que viu a motocicleta se consolidar como resposta economicamente viável à falência do Estado enquanto formulador e gestor de políticas de transporte urbano. A ponto de ouvirmos, nas discussões apaixonadas dos últimos dias, previsões -a um só tempo catastrofistas e ufanistas- de que o Congresso estaria a ponto de fazer a economia entrar em colapso, por inviabilizar o setor.

A propósito, o caso do motofrete sintetiza a atitude esquizoide de grande parte da sociedade em relação a motociclistas: o mesmo motorista que reclama da hostilidade do motoboy no trânsito encomenda a pizza que não lhe será cobrada se for entregue mais de meia hora depois, tempo de viagem que só é cumprido se o entregador transgredir as regras de trânsito. Mas esse já é outro assunto.

Uma manifestação dessa esquizoidia mais próxima do atual debate tem a ver com o fato de que a motocicleta requer uma distância maior do que o automóvel para parar. Por isso, motociclistas precisam guardar mais distância do veículo à frente do que motoristas. Em condições de tráfego denso, porém, os motoristas ocupam o espaço de segurança que motociclistas tentam deixar, restando a estes circular por onde os automóveis não passam. Ou seja, motociclistas muitas vezes são levados a andar "no corredor" pelos próprios motoristas.

Nada disso tira o valor do projeto de lei 2.650/03, recém-aprovado na Câmara dos Deputados, que recupera o espírito do texto original do CTB. Seu maior valor é ter como base um projeto que foi amplamente debatido no Congresso com participação de especialistas e outros representantes da sociedade civil, diferentemente do veto inspirado na percepção de algum burocrata que frequentava o Palácio do Planalto na época.

A viabilidade de fiscalizar o cumprimento da medida ganhou grande destaque no debate, mas é um aspecto de certa forma secundário. Digo isso porque, antes de ser um código penal, o CTB é um código de conduta (o artigo 56 está no capítulo 3º -Das normas gerais de circulação e conduta), cujo respeito depende mais da promoção da cidadania e de valores éticos que da penalização dos infratores.

Portanto, precisamos investir muito em programas de educação no trânsito para promover um adequado ambiente de convivência social. Afinal, a condição de implementação do artigo 56 está uma década pior.

PAULO CESAR MARQUES DA SILVA, 47, doutor em transportes pela Universidade de Londres (Inglaterra), é professor do Departamento de Engenharia Civil e Ambiental e do Programa de Pós-Graduação em Transportes da UnB (Universidade de Brasília).



NÃO

LUCAS PIMENTEL

NÃO OBSTANTE o fato de o Brasil ser o quarto produtor mundial de motocicletas, com cerca de 12 milhões de veículos de duas rodas licenciados, o projeto de lei nº 2.650/03, aprovado na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, propõe, em nome da segurança, acabar com a agilidade da motocicleta. Pergunto: que índice de ocorrência de trânsito envolvendo motocicletas no "corredor" foi usado para justificar essa proposta?

Sou motociclista há 22 anos e nunca me envolvi ou presenciei um acidente de moto no "corredor", por isso faço um alerta: se esse projeto entrar em vigor, haverá ainda mais ocorrências de trânsito envolvendo motociclistas. (...) e quem irá pagar a conta? Somos contrários à aprovação desse projeto justamente por questões de segurança: é extremamente perigoso para o motociclista trafegar atrás dos automóveis.

Primeiro, em razão da falta de visão, que é fundamental para a segurança do motociclista no trânsito. A motocicleta tem equilíbrio dinâmico e, por isso, está vulnerável aos buracos e sujeiras na pista. Assim, é indispensável antever qualquer situação de perigo, mas, atrás dos automóveis, o campo de visão não é suficiente.

Há também outra questão: uma motocicleta circulando a 60 km/h gasta cerca de 30 metros para efetuar a frenagem total. Transitando atrás dos automóveis, o motociclista não terá um tempo de frenagem adequado. Caso o veículo à frente pare inesperadamente, certamente haverá colisão -e um terceiro veículo que estiver vindo atrás pode piorar a situação.

Outro ponto relevante é que, em razão de a motocicleta poluir mais que o automóvel, com os constantes congestionamentos das grandes cidades, teríamos um aumento substancial do volume de poluentes indesejados na atmosfera com as motocicletas transitando atrás dos automóveis.

Tampouco podemos, de maneira nenhuma, ignorar que cerca de 3 milhões de pessoas usam a motocicleta como ferramenta de trabalho -e, diferentemente do que pensam, em relação aos acidentes fatais, o motociclista profissional (motoboy) não é o grande vilão do trânsito. De acordo com dados da Secretaria dos Transportes de São Paulo, em 2006, dos 380 acidentes fatais envolvendo motociclistas na cidade, somente 23% envolviam motoboys. Em 2008 esse número ainda caiu para 14%.

E mais, o que farão os cerca de 5 milhões de brasileiros que adotaram a motocicleta como veículo de transporte, substituindo carro e ônibus? As ocorrências ou acidentes envolvendo motociclistas não ocorrem porque eles trafegam no "corredor" -e desafio alguém a provar o contrário. Existem, sim, vários fatores. O inegável é que 90% das ocorrências de trânsito são precedidas por uma ou mais infrações do CTB.

Ou seja, infelizmente há um desrespeito generalizado da legislação de trânsito. Destacamos dois desses desrespeitos que colocam em risco a vida dos motociclistas: motorista que não sinaliza com antecedência a mudança de faixa de rolagem ou conversões (infração do artigo 196 do CTB, pouquíssimo aplicada); motorista distraído falando ao celular (infração do artigo 252 do CTB, pouco aplicado).

Somos defensores da criação das faixas exclusivas para motocicletas. Mas, onde não for possível a criação da faixa para motos, propomos a criação de um divisor de faixa diferenciado entre as faixas um e dois, a fim de regulamentar a passagem de motocicleta por onde o motociclista passa hoje e que se proíba a passagem de motocicletas entre as demais faixas.

Para os que pensam que queremos tão-somente privilegiar a passagem das motocicletas, informamos que, quando fomos procurados pela assessoria da Câmara Municipal de São Paulo, fomos, por questão de segurança, contrários à liberação da faixa de ônibus para a passagem de motocicleta, sobretudo por causa do derramamento de óleo combustível e de motor dos ônibus, que certamente causariam derrapagens.

A paz no trânsito é uma via de mão dupla. Insisto: "Sobre duas rodas há uma vida". Esse é o tema da nossa maior campanha em defesa da vida. Você pode não gostar da motocicleta, mas respeite a vida do motociclista.

LUCAS PIMENTEL, 40, é presidente da Abram (Associação Brasileira de Motociclistas) e membro titular da Câmara Temática de Educação para o Trânsito e Cidadania do CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito).

Projeto de Lei de 2003 Quer Proibir o Tráfego de Motos Entre as Pistas

I - RELATÓRIO
O projeto de lei em análise, de autoria do ilustre Deputado Marcelo Guimarães Filho, restaura o conteúdo do art. 56 do Código de Trânsito Brasileiro -CTB, para proibir que o condutor de motocicleta, motoneta ou ciclomotor trafegue entre veículos de filas adjacentes ou entre a calçada e veículos de fila a ela adjacentes, introduzindo, ainda, o inciso IX, no art. 244 do CTB, para instituir como infração o descumprimento do art. 56 e seu parágrafo único e estabelecer a penalidade correspondente.
Na justificação, o Autor argumenta que o art. 56 constava do texto original do CTB, tendo sido vetado pelo Presidente da República, sob o argumento de que o tráfego de motos entre as faixas de trânsito é uma prática largamente utilizada em todo o mundo, como forma de garantir maior agilidade o deslocamento. Alega o autor que passados seis anos da publicação do novo CTB, o que se percebe é o aumento substancial dos acidentes de trânsito envolvendo motocicletas, causados, principalmente, pelas manobras arriscadas dos condutores desses veículos que transitam entre as faixas de rolagem das vias.
(...)

II - VOTO DO RELATOR
Sem dúvida, a proposição em análise trata de um assunto da mais alta relevância para a melhoria da segurança do nosso trânsito, pois introduz no Código de Trânsito Brasileiro uma regra que, em nosso entender, jamais deveria ter sido retirada do seu texto, a proibição aos condutores de motocicletas, motonetas e ciclomotores de trafegarem entre veículos de filas adjacentes ou entre a calçada e veículos de fila a ela adjacentes.
O argumento que levou ao veto presidencial do art. 56, no texto original aprovado pelo Congresso Nacional, é totalmente incoerente com os princípios norteadores do CTB, cujo artigo 1o estabelece que “o trânsito em condições seguras, é um direito de todos e dever dos órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito...”. Nesse sentido, ao restabelecer, no CTB, o conteúdo do art. 56, estaremos defendendo o preceito que norteou toda a formulação do Código, a segurança dos condutores.
Para se ter uma idéia da periculosidade de se conduzir motocicletas nas atuais condições do trânsito brasileiro, segundo dados do departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN e do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA, em 2001, esses veículos, com uma frota que representava, apenas, 10% do total nacional, se envolveram em 25% dos acidentes ocorridos no Brasil. Como se não bastasse o número assustador de acidentes envolvendo motociclistas, a severidade das colisões traduz esse risco de forma mais cruel: de cada 100 acidentes com motos, há vítimas em, pelo menos, 71 deles, enquanto nos automóveis essa proporção é de, apenas, 7 vítimas para cada 100 acidentes.
Esses números revelam a gravidade do problema, gerado, em grande parte, pelo tumulto causado no trânsito das grandes cidades, em razão do tráfego de motocicletas entre as faixas de rolagem, colocando os condutores desses veículos em situação potencialmente perigosa. Como o crescimento médio da frota foi superior a 10% ao ano, nos últimos cinco anos, o problema tende a agravar-se, vitimando milhares de cidadãos a cada ano, principalmente jovens, que utilizam a motocicleta como meio de transporte ou de sustento.
Portanto, soluções urgentes precisam ser adotadas, e a mais eficaz, além da implementação de ações educativas e do aumento da fiscalização é, em nosso entender, a proibição do tráfego de motocicletas entre as faixas de rolagem, como quer o nobre Autor da proposição, Dep. Marcelo Guimarães Filho. Nesse sentido, concordamos com a proposição em análise, por tratar-se de medida que privilegia a vida dos motociclistas, em detrimento da agilidade do deslocamento, apontada como razão para o veto ao art. 56 do CTB.
Não obstante concordarmos com o mérito da matéria, a Lei Complementar no 95/98, que dispõe entre outros aspectos sobre a alteração das
leis, em seu artigo 12, inciso III, alínea c, veda o aproveitamento do número de dispositivo revogado, como é o caso do art. 56 do CTB. Tendo em vista adequar o texto do PL às exigências dessa Lei, impõe-se a correção do número do dispositivo que se quer incluir, além de pequenos ajustes de redação.

Autor: Deputado Marcelo Guimarães Filho
Relator: Deputado Mário Negromonte

terça-feira, 21 de abril de 2009

Eatacionado Dentro do Canal no Leblon



Passou voando por cima da calçada. E preferiu estacionar lá dentro do Canal. Não será multado por excesso de velocidade. E nem isso está na lista de graves DESORDENS URBANAS do Secretário da Desordem. Nem isso, nem moto e bicicletas voadoras, nem cachorros soltos na areia da praia... Ou seja, o Projeto de Ordem, da Prefeitura, não é mais que uma desordem a mais.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Impondo Supermercados via Reserva de Estacionamento

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

1979 x 2009: Ipanema


As fotos mostram a esquina das ruas Farme de Amoedo e Barão da Torre, em Ipanema, em 1979 e atualmente.

Maravilhosa a comparação feita por O Globo.
Em 1979, carros estacionados nas calçadas da cidade inteira, a 45º.

Em 2009, nenhum carro em cima da calçada.

Agora imagine que você tem 85 anos.
Ou melhor, imagine que você tem uma filhinha de 3 anos.
E responda: em qual das duas fotos... você deixaria sua filhinha solta, caminhando... como se deve, leve, livre e solta?

Pois é.
A desordem não são kombis velhas e carros na calçada.

Olhe então as duas fotos e encontre os sete erros da Prefeitura sobre a Desordem Urbana.
Talvez mais de sete.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Leblon, Soho, Via dei Condotti: hipermercados



O supermercado ocupa uma quadra inteira na rua mais nobre do bairro mais nobre da cidade mais nobre... o Rio de Janeiro. O supermercado se viabiliza apenas porque a Prefeitura capturou as vagas dos moradores e privatizou gratuitamente para os caminhões e triciclos e caminhonetes. E´ a depredação da cidade. E´ a instauração da desordem. E o desordeiro é quem ? O desordeiro é aquele que ousa andar atras dos cidadãos... com um apito, um dedo indicador, uma caneta e um bloquinho de multas, nos acusando de DESORDEIROS. Desordeiro que, caras pálidas ? Desordeiro-Guia, o Maestro da Desordem... é o Prefeito.

Terça-Feira não tem Circo no Leblon: CET-Rio

No domingo eram muitos os guinchos e dezenas de Guardas Municipais. Se apenas multassem já seria uma intolerancia, mas a Prefeitura terrorista cometia a violencia de GUINCHAR. Nessa calçada não passa quase ninguem. E, se passar, é perfeitamente confortavel partilhar o espaço com os carros parados. Essa não é a prioridade. Essé, por ser no Leblon, por ser na esquina da praia, por ser domingo, era apenas uma oportunidade de fazer esse ESPETÁCULO CANASTRÃO que sempre foi esse Ipabacana. A cidade se dilui, destruída, apodrecida, corrompida... e o novo Prefeito vem e, diante do caos, produz ainda mais e mais caos urbano.

Dias Ferreira: será esta a desordem urbana?


Se o Prefeito Eduardo Paes entende que estacionamento irregular é o mais grave à saúde pública, o que mais incomoda e ameaça os cidadãos e os pedestres, então cabe ao Prefeito fazer o serviço direito, de segunda a segunda, em toda a cidade. E não isso que está sendo feito, essa desordem chamada Ipabacana, espetaculosa, hipócrita, demagógica, injusta e terrorista.

Desordem na Operação da Ordem Pública

Plena manhã de sol em Ipanema, prefeitura apreende veículos parados em local proibido. Reparem no carro reboque!!!

domingo, 11 de janeiro de 2009

Você sim, você não... Prefeitura Desordeira

Domingo, 14 horas, Av. Visconde de Albuquerque, Leblon. A Guarda Municipal e o Depto de Desordem Urbana, da NOVA PREFEITURA, escolhe quem multar. Não interessa, ao Prefeito, entender que a Ordem Pública é um pacto social. E que só vinga se todos aceitarem o pacto e se todos se sentirem respeitados. O pacto do Prefeito Eduardo Paes não é com a sociedade. A Lei que é feita sabe-se muito bem como... tambem na sua execução é uma fraude. Assim... não teremos Ordem... teremos apenas REPRESSÃO CONTRA OS MAIS FRACOS, o que reduzirá a desordem, ampliando o espaço e os privilégios para os DESORDEIROS AUTORIZADOS. Passou pelo PSDB, o prefeito que vai terminar no Partido Fascista.

Desordem Prefeitural: um Departamento para cada DESORDEM

Vida difícil a desse funcionário da Prefeitura, o Paulo, que é colocado na interface com o público vitimado, e é obrigado a defender a mãe de todas as desordens: a Prefeitura. Na entrevista, guinchando apenas os carros que bem entende, de gente que vem à praia mas não mora no Leblon (pois não ousa guinchar nas portas dos hotéis, dos restaurantes e em cima das calçadas da mesma Av. Visconde de Albuquerque, nos trechos explorados pelos Valets privados), ele tenta explicar que não age contra alta velocidade, nem contra motos trafegando na calçada, nem contra carros na contra-mão, pois é do Departamento de Estacionamentos e só reprime isso. Gestão desordeira...

Espetaculismo & Guincho Canastrão

Guinchos deixam de atuar em lugares de maior urgência para atuar em locais que permitam uma espetacularização das ações.