Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre Desordem Urbana, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

sábado, 29 de setembro de 2007

Imagens do Trânsito


Carro trafega na contramão, na avenida Faria Lima, zona sul de São Paulo, na tarde deste sábado

Fonte: UOL Fotos

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Acidente trágico no último dia da semana do trânsito

No último dia da Semana Nacional de Trânsito, uma criança de 7 anos foi atropelada em frente a uma escola em Jacarepaguá, na Zona Oeste. A semana do trânsito tem como principal objetivo alertar os motoristas sobre os perigos ao volante.

Os riscos da imprudência e do excesso de velocidade - segundo o Detran, sete pessoas morrem por dia, vítimas de acidentes, nas ruas do Rio. No atropelamento desta manhã, o motorista sequer prestou socorro ao menino.

O atropelamento foi antes das 7h. O portão da Escola Municipal Frederico Eyer ainda estava fechado. Testemunhas contam que um caminhão e um ônibus seguiam no mesmo sentido, quando houve o acidente.

O motorista do caminhão teria visto o estudante, que estava em uma bicicleta e conseguiu desviar. Mas o motorista do ônibus que, segundo moradores, dirigia em alta velocidade, atropelou o menino e fugiu sem prestar socorro. Tiago Luis da Costa, de 7 anos, morreu na hora.

O irmão mais velho estava na calçada e viu tudo. A mãe não se conforma com a imprudência dos motoristas. “Falta segurança, falta um quebra-molas. Dizem que já pediram, mas não colocaram até hoje”, reclama.

Moradores e estudantes revoltados invadiram a escola. Houve confusão e a direção não quis gravar entrevista. Com pedras e pedaços de madeira, a comunidade fechou a rua para impedir a passagem dos carros. A sensação de pais e mães de alunos é só uma. “Estou muito preocupada, sem saber o que fazer. Hoje foi ele. Amanhã pode ser um dos nossos”, aponta uma mãe.

A prefeitura informou que a Rua Monte Sião é uma via residencial, sem volume de tráfego. Segundo a prefeitura, em função do acidente de hoje, a CET-Rio vai estudar o local para melhorar a sinalização de área escolar.

A Guarda Municipal informou que a escola fica numa área considerada de risco e por isso os agentes não atuam na região. A polícia ainda não tem informações sobre o motorista que atropelou o menino.

Flagrantes de imprudência





Já está provado que a imprudência dos motoristas é uma das principais causas de acidentes. O desrespeito à lei se vê nos carros de passeio e nos veículos de carga. Como fez um caminhão, na Rodovia Washington Luiz.

As imagens foram feitas ontem à noite na BR-040, que liga o Rio de Janeiro a Juiz de Fora, em Minas Gerais. A carga amarrada é coberta por uma lona, e está tombada para o lado direito. O eixo do caminhão fica completamente torto, com risco de provocar um acidente.

Já na Linha Vermelha, os motoristas que trafegavam, ontem à noite, encontraram um longo trecho às escuras. Grande parte da via estava completamente sem iluminação.

Segundo a coordenadoria de vias especiais, responsável pela Linha Vermelha, o problema da falta de energia foi causado por um defeito na chave da Light. A empresa foi comunicada e vai resolver hoje.

Sobre o caminhão, a Polícia Rodoviária Federal informou que esse tipo de veículo deveria ter sido parado pela polícia, mas naquele trecho, os agentes ficam mais concentrados na questão da segurança.

O motorista deveria receber uma multa por infração grave e ficaria retido até regularizar o acondicionamento da carga.


Fonte: RJTV - 25/09/07

A necessidade da educação no trânsito

O pátio da escola é um local de recreação. Mas também é o lugar faz parte de uma estratégia para tratar de um assunto muito importante: a segurança no trânsito. Os alunos deixaram a sala para simular no pátio o trânsito de uma cidade e todas as situações que podem acontecer. No pátio, os alunos são divididos em motoristas, pedestres, guardas de trânsito.

“Nós trabalhamos de forma lúdica uma coisa extremamente importante, que é a segurança no trânsito. Nós incentivamos as crianças a, desde cedo, respeitar as regras e leis de trânsito”, ressalta a professora Marilene da Silva.

Na minicidade montada no pátio do colégio, quase todos os quarteirões têm sinais que organizam o tráfego. Placas alertam os pequenos motoristas e pedestres. “Temos a placa de ‘pare’, ‘vá em frente’, ‘não ultrapasse a velocidade de 80 quilômetros por hora’ e ‘é proibido virar à direita’”, enumera o pequeno Luca Silveira Santos, de apenas 6 anos. Quem comete infração é punido com multa. Exatamente como no trânsito de uma cidade de verdade.

Os alunos têm entre 5 e 6 anos de idade. Com os exercícios aprenderam as regras da boa convivência no trânsito, o que muitos adultos, já experientes, muitas vezes parecem ter esquecido.

O esforço destes pequenos cidadãos é para mudar uma estatística que assusta muito. O trânsito no Brasil mata mais do que muitas guerras. Só no estado do Rio de Janeiro, segundo o Detran-RJ, morrem, por dia, sete pessoas. Em 2007, mais de 37 mil motoristas, passageiros e pedestres foram vítimas de acidentes. Muitos deles são jovens. Pelos números do Detran-RJ, em 2006, duas pessoas em média com idade entre 20 e 24 anos morreram em acidentes a cada dia. Outras 24, na mesma faixa etária, ficaram feridas.

As estatísticas motivaram a escolha do tema da campanha da Semana Nacional de Trânsito de 2007, que pede aos jovens paz e amor no trânsito. “O jovem tem uma certa característica de querer impressionar, seja uma garota ou os amigos, e acaba cometendo o excesso de velocidade. O jovem tem uma sensação de poder sobre a máquina, e acaba abusando. Além disso, ainda tem o problema do uso de drogas e bebidas alcoólicas”, explica Alda Araújo, diretora do Detran-RJ.

O perigo no trânsito sempre foi tema constante nas conversas entre Sérgio e André, muito antes de o filho ter idade para dirigir. “Eu sempre falo com meu filho sobre o aspecto da cidadania no trânsito. É extremamente importante dirigir preocupado em não atrapalhar, em não atropelar”, ressalta o administrador Sérgio Bispo.

O assunto, agora, é ainda mais freqüente. Há dois meses, o estudante André Bispo tirou a primeira carteira de habilitação. Ele ganhou um carro, assumiu mais responsabilidades, mas continua com o acompanhamento do pai. “Ele vai me dando as dicas, vai passando as coisas e eu vou executando”, conta André. “Uma preocupação muito grande é em relação a álcool e direção. A gente cansa de ver acidentes por causa dessa combinação perigosa”, alerta Sérgio.

Além da preocupação com a bebida, a velocidade também faz parte da discussão em família. Sérgio escolheu um carro menos potente para presentear o filho. “Não é necessário ter mais do que um carro 1.0 para andar na cidade, ou até para viajar. Se você considerar os limites de velocidade praticados no país, o carro 1.0 cumpre isso perfeitamente”, observa Sérgio.


Anjos da Night: conscientizando que bebida e direção é uma mistura perigosa

O início da noite é o horário que este grupo de jovens começa a se preparar para entrar em ação. O figurino é sugestivo: eles se transformam em anjos da noite, no projeto Anjos da Night. A missão: percorrer bares e boates do Rio para conversar com os freqüentadores, todos na mesma faixa etária deles. E convencer que a mistura bebida e direção pode ser muito perigosa.

A tarefa nem sempre é fácil. Eles competem com o barulho das músicas, da conversa alta e a sedução da bebida, que está ao alcance dos olhos e das mãos dos clientes do bar. “Tem que ter jogo de cintura, até porque, às vezes, a pessoa está em uma conversa particular, ou já está meio calibrada. Você tem que chegar com calma e saber até que ponto você pode ir e tentar conscientizar a pessoa da melhor forma possível, sem ser chato”, explica Luiz Carlos Figueiredo Júnior, um dos anjos da night.

O projeto começou há dois meses. Nos fim de semana, a equipe, vestida de anjo, circula em vários pontos da cidade do Rio com a mensagem da prevenção. A iniciativa foi do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes do Município do Rio do Rio de Janeiro, que percebeu entre os clientes a falta de conscientização.

“Nossa função, assim como a dos órgãos públicos, é chamar a atenção para esse fato. Não se deve exagerar na bebida para pegar o carro depois. Essa combinação é, realmente, muito perigosa. Se você exagerar no álcool, pegue um táxi ou passe o carro para um amigo. Além de botar a sua vida em risco, você também pode tirar a vida de outras pessoas”, alerta Leonardo Feijó, diretor do sindicato.


Fonte: RJTV - 23/09/07

Motoristas Bêbados

A imprudência de motoristas voltou a provocar acidentes, no fim de semana. O dono de um carro que causou a morte de um motociclista ontem de manhã na Barra da Tijuca está sendo procurado pela polícia.

Outros três motoristas foram detidos por dirigir embriagados e causar vários estragos nas ruas de Ipanema e Copacabana.

O barulho acordou moradores. Na Rua Santa Clara, em Copacabana, 12 carros estacionados foram danificados. Os prejuízos foram causados pela médica Clayre Maria Bonfim Lopes, de 60 anos, que perdeu o controle da direção. Ninguém ficou ferido. Quem testemunhou o caso, preferiu não se identificar.

“Bateu em um carro que estava parado, bateu na frente, subiu a calçada. Só ouvimos o barulho. Parecia boliche”, conta uma testemunha.

Perto dali, na Avenida Atlântica, o segundo acidente. O consultor Renato da Silva Netto, de 35 anos, bateu com o carro em outro veículo.

Em Ipanema, mais destruição. A cabine da PM foi parar, destruída, no meio da Avenida Vieira Souto. Por sorte, ela estava vazia. O motorista que dirigia o carro, o publicitário Rafael Santos Pereira, de 24 anos, escapou sem ferimentos.

Os três acidentes tiveram uma característica em comum, que revela imprudência ao volante. O Instituto Médico Legal confirmou que os três motoristas dirigiam embriagados. Eles foram presos, mas liberados depois do pagamento de fiança. A médica Clayre Maria Bonfim Lopes e Rafael Santos Pereira tiveram que desembolsar R$ 7 mil. Renato da Silva Netto, R$ 5 mil.

Na manhã de domingo, na Barra da Tijuca, a imprudência de um motorista não provocou apenas danos materiais.

Testemunhas contaram na delegacia que um carro de cor escura deu fechadas em vários outros que circulavam pela Avenida Lúcio Costa, a antiga Sernambetiba. Um motociclista teria acelerado para tomar satisfação do motorista.

Ainda segundo testemunhas, o motorista se irritou e acabou jogando o carro contra a moto, que bateu violentamente em outro veículo. O comerciante Maurício Guimarães de Souza, de 47 anos, morreu na hora.

“Quando eu fiz o contorno, senti o impacto da moto a 180 km/h. Atravessou, cortou meu carro, voou. Provavelmente ele quebrou o pescoço e faleceu”, aponta Anderson de Souza.

Dirigir sob efeito de álcool é crime pelo Código Nacional de Trânsito. Se condenado, o réu pode pegar de seis meses a três anos de prisão, além de pagar multa, ter a carteira suspensa ou ser impedido de tirar nova habilitação. A pena pode aumentar no caso de haver lesão corporal, homicídio culposo (quando não há a intenção de matar), ou dano patrimonial.

Apesar de o Código de Trânsito ter tornado as multas e punições mais pesadas,
os acidentes continuam acontecendo. Será que os motoristas que se envolvem em acidentes estão perdendo as carteiras? Os três motoristas que foram presos ontem, por exemplo, não perderam a habilitação. O presidente do Detran, Antônio Francisco Neto, explica.

RJTV – O que aconteceu?

Antônio Francisco Neto – A carteira não foi apreendida porque a lei dá amplo direito de defesa. Se, por ventura, for comprovado que havia consumo de bebida alcoólica no acidente, eles podem ter a carteira suspensa por até um ano. Em caso de reincidência, por mais um ano.

É importante o motorista ter consciência.

Sim. No Rio de Janeiro, há sete mortes por dia. É um índice muito alto. Só vamos mudar essa realidade mudando atitudes. Só com a educação vamos mudar esse quadro. Só no ano passado, foram mais de 2,5 mil mortos no trânsito no estado, mais de 35 mil pessoas envolvidas em acidentes de trânsito.

O advogado da médica Clayre Maria Bonfim Lopes disse que ela foi submetida ao teste do bafômetro, que deu negativo. Ele contesta o laudo que confirmou a embriaguez.

Hoje de manhã, um acidente provocou congestionamentos no Engenho de Dentro, no Subúrbio do Rio. Um ônibus bateu em um táxi próximo à estação de trem do bairro.

O carro acabou batendo no muro da estação ferroviária. O taxista ficou ferido e foi levado para o Hospital Salgado Filho, no Méier.


Fonte: RJTV - 24/09/07

Imprudência no fim de semana

A polícia ainda não tem pistas do motorista que provocou a morte de um motociclista, ontem de manhã, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio. Na madrugada de domingo, outros três motoristas foram detidos por imprudência. Todos dirigiam embriagados, segundo o Instituto Médico Legal, e provocaram estragos em ruas de Ipanema e Copacabana, na Zona Sul.

Três acidentes e uma característica em comum. O IML confirmou que os motoristas dirigiam embriagados. Na Rua Santa Clara, em Copacabana, a médica Clayre Maria Bonfim Lopes, de 60 anos, perdeu o controle da direção e bateu em 12 carros. Ninguém ficou ferido.

Quem testemunhou o caso, preferiu não se identificar. “Bateu no carro que estava parado, bateu na frente, subiu a calçada, voltou para a pista, bateu adiante... e aí, fomos só ouvindo os barulhos. Parecia boliche”, contou o homem que assistiu à batida.

Na Avenida Atlântica, o segundo acidente: o consultor Renato da Silva Netto, de 35 anos, bateu com o carro em outro veículo.

Na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, a cabine da PM foi parar, destruída, no meio da pista.


Por sorte, ela estava vazia. O motorista que dirigia o carro, o publicitário Rafael Santos Pereira, de 24 anos, escapou sem ferimentos.

A imprudência ao volante levou os três motoristas para a cadeia. Eles foram soltos depois do pagamento de fiança.

A médica Clayre Maria Bonfim Lopes e Rafael Santos Pereira tiveram que desembolsar R$ 7 mil. Renato da Silva Netto, R$ 5 mil.

Na manhã desse domingo, trânsito confuso na Avenida Lúcio Costa, a antiga Sernambetiba. Resultado de um grave acidente que não provocou apenas danos materiais. Testemunhas contaram na Delegacia da Barra da Tijuca que um carro de cor escura deu fechadas em vários outros que circulavam pela avenida.

Um motociclista teria acelerado para tomar satisfação do motorista. Ainda segundo testemunhas, o motorista se irritou e acabou jogando o carro contra a moto, que se chocou com outro veículo.

O comerciante Maurício Guimarães de Souza, de 47 anos, morreu na hora. “Quando fiz o contorno, senti o impacto da moto, que vinha a aproximadamente 180km/h. Atravessou, cortou meu carro ao meio e voou cerca de 8, 9 metros, e, provavelmente, quebrou o pescoço e veio a falecer”, disse Anderson de Souza, que dirigia o carro com o qual a moto se chocou.

O motorista que provocou o acidente na Barra fugiu. A polícia ainda não sabe a placa do carro, um Toyota Corola, mas pede a quem souber que ligue para o telefone do Disque-Denúncia: (21) 2253-1177.

Sobre os outros três acidentes: dirigir sob efeito de álcool é crime previsto pelo Código Nacional de Trânsito. Se condenado, o réu pode pegar de seis meses a três anos de prisão, além de pagar multa, ter a carteira suspensa e perder o direito de tirar nova habilitação. A pena pode aumentar, caso haja vítimas ou dano patrimonial.

O artigo 277 do código classifica a condução de um veículo por pessoa alcoolizada como infração gravíssima. As punições administrativas vão da apreensão do veículo à perda de sete pontos na carteira, o recolhimento da habilitação e o pagamento de multa no valor de R$ 957,50.


Fonte: RJTV - 24/09/07

Quatro pessoas morrem em acidentes nas estradas do Rio


Quatro pessoas morreram em dois acidentes nas estradas do Rio, no fim da noite de ontem. Na Rodovia Rio-Santos, um microônibus e um carro bateram, próximo a Angra dos Reis. Um casal e a filha, que viajavam no carro, morreram na hora. Sete passageiros do microônibus ficaram levemente feridos.

Na Rodovia Rio-Petrópolis, o motorista de um caminhão que seguia em direção à serra perdeu o controle na altura de Jardim Primavera, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. A carreta atravessou a pista e bateu em três carros que seguiam para o Rio. Um motorista morreu.

Fonte: RJTV - 22/09/07

Vítimas do trânsito



Os jovens são as maiores vítimas do trânsito no estado do Rio. Segundo uma pesquisa do Detran, 47% dos acidentes envolvem pessoas de até 29 anos.

As estatísticas do Detran mostram que os jovens são os motoristas mais imprudentes do estado. São eles, os que mais cometem infrações. Na lista de irregularidades, estão: o avanço de sinal; a falta do cinto de segurança; e o uso de celular (foto).

O excesso de velocidade lidera o ranking. De janeiro a abril deste ano, já foram aplicadas 221.522 multas no estado. O filho de Ana Mateus morreu atropelado no ano passado. O carro estava acima do limite permitido.

“Se o carro estivesse em uma velocidade adequada, teria conseguido evitar a colisão”, diz a mãe de uma vítima, Ana Mateus. Ela agora faz parte de um grupo de apoio a famílias de vítimas do trânsito. “Eu resolvi começar a trabalhar para evitar que outros casos acontecessem. Ele me dizia: ‘Mãe, saí do sofá, vai fazer alguma coisa’. Hoje eu digo para ele: ‘Filho, você conseguiu me tirar do sofá”, lembra Ana Mateus.


Quase metade das pessoas que morrem em acidentes tem menos de 29 anos. As estatísticas alertam para o número de mortes de jovens no trânsito do Rio de Janeiro. Em um ano, o número de vítimas subiu 8,1%. Por isso, o Detran começou uma campanha para conscientizar esses motoristas.

“O objetivo é falar uma linguagem que possa dizer: ter segurança no trânsito é bom, é moda”, explica a coordenadora de estatísticas do Detran, Alda Araújo, que viu a estatística se confirmar na história da própria família.

“Esse número tem um nome: Lucas, o nome do meu filho. Na verdade, a gente pensa sempre que isso não vai acontecer com a gente, mas acontece. Pessoas morrem, pessoas ficam mutiladas, pessoas têm seus sonhos interropidos, e o que vai dizer? ‘Foi mal, desculpa’”, finaliza a coordenadora do Detran, Alda Araújo.

Fonte: RJTV - 22/09/07

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Convivência arranhada nas calçadas do Rio

Duilo Victor

Fundamental na vida de qualquer bairro, a convivência entre supermercados e a vizinhança nunca esteve tão arranhada na cidade. Em associações de moradores, como as de Copacabana e Leblon, chovem reclamações de supermercados que extrapolam os horários de carga e descarga de mercadorias, o que deixa o trânsito ainda pior nos horários de rush. O clima é de litígio: ainda que dentro dos horários permitidos, o JB flagrou supermercados que usam a calçada para empilhar suas caixas de mercadorias e fazer o caminho dos pedestres como estacionamento de carrinhos de compras - todos sempre vazios, diga-se de passagem.

Em Copacabana, bairro que já sofre com a má-conservação de calçadas e o abuso dos fradinhos - conforme noticiou ontem o JB na primeira reportagem da série - moradores elegeram o supermercado da rede Mundial, na Rua Barata Ribeiro, como um dos campeões da desordem. Na segunda-feira, apesar de as operações de carga e descarga dos produtos estarem no horário devido - entre 10h e 16h - a calçada ficava com tamanho tão restrito que só permitia a passagem de um pedestre por vez. Ontem, no mesmo intervalo, no fim da manhã, o panorama era igual.

O presidente da Associação Comercial de Copacabana, Fernando Polônia, confirma o problema mas estende a culpa aos outros supermercados do bairro. Segundo ele, o fim da crise de relacionamento só ocorrerá quando as cargas e descargas de mercadorias ficarem restritas à noite - horário considerado perigoso por causa da insegurança:

- A falta de espaço para pedestres é um problema que já se espalhou para todo o bairro e tornou-se uma questão de meio-ambiente no caso dos supermercados. Claro que, nos estabelecimentos que já existem, não há como retirá-los só por conta do transtorno nas calçadas, mas novos supermercados não devem ser mais autorizados sem estudo de impacto sobre a vizinhança.

A sugestão de Polônia é a mesma do aposentado Eduardo Freitas, 74 anos, morador do Leblon. Ele reclama especificamente do supermercado Zona Sul, na Rua Dias Ferreira, onde diz ver freqüentemente caminhões de entregas parados dos dois lados da calçada, o que torna impraticável o trânsito no trecho.

- Como há impunidade na desordem que os supermercados criam, só acredito em uma posição mais radical: só permitir o tráfego de caminhões pelo Leblon durante a noite.

Supermercados das rede Zona Sul e Hortifruti, no Leblon, a ocupação do espaço público segue o mesmo ritmo. Na Zona Norte, outro trecho conturbado. No Largo da Segunda-Feira, na Tijuca, mais uma loja da rede Mundial tinha funcionários que permitiam carrinhos de compra na calçada. Sem contar as pilhas nada elegantes de papel higiênico flagradas ontem por volta das 13h, mesmo que caminhões de fornecedores tivessem um recuo na rua para aguardar espaço no depósito do supermercado e a ocupação da calçada fosse desnecessária.

Morador da Tijuca, o advogado aposentado Elias Calille, 69 anos, costuma passar pelo Largo da Segunda Feira - um dos trechos mais movimentados do bairro - informou que já tentou reclamar com a prefeitura sobre a desordem urbana na vizinhança, mas decepcionou-se:

- A falta de respeito não se restringe às calçadas, mas também ao trânsito, que fica ruim por causa dos caminhões que param em qualquer lugar. Já tentei reclamar com guardas municipais, mas não agem.

Em contato com o subprefeito da Zona Sul nas regiões que compreendem Copacabana e Leblon, Mário Filippo não pode responder às reclamações dos moradores, alegando estar em uma reunião durante a tarde de ontem. À noite, já não respondia mais aos telefonemas do JB.

FONTE: http://jbonline.terra.com.br/ - 19/09/07

Prefeitura de Curitiba quer perfil de acidentados no trânsito

Fabiano Klostermann [19/09/2007]

Como parte das atividades da Semana Nacional de Trânsito, a Prefeitura de Curitiba lançou ontem uma pesquisa comportamental para traçar o perfil dos motoristas do município. Além da ação, desenvolvida pela Diretoria de Trânsito (Diretran) em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), também foram lançados o 1.º Softran, um concurso para o desenvolvimento de softwares educativos de trânsito, e uma campanha de valorização do transporte coletivo feita em cartões telefônicos. As iniciativas foram anunciadas pelo presidente da Urbanização de Curitiba S.A., Paulo Schmidt.

Segundo a chefe da Unidade de Educação e Cidadania da Diretran, Maura Moro, a pesquisa será realizada até o final do ano em meio eletrônico, na internet, e impresso, em atividades organizadas pela Prefeitura. Ainda segundo ela, todos os condutores, até de bicicletas, estão aptos a participar. “A única diferenciação a ser feita é entre o motorista profissional e o que dirige apenas para deslocamentos”.

De acordo com a coordenadora de projetos de promoção da saúde da SMS, Márcia Krempel, o objetivo é traçar o perfil para conhecer melhor quem se envolve em acidentes de trânsito. “Hoje, a maioria das ocorrências acontece por conta de fatores comportamentais e não por problemas na infra-estrutura”, afirmou. De posse dos resultados da pesquisa, Márcia afirma que a Prefeitura poderá atingir de forma mais eficiente o público-alvo das campanhas educativas de trânsito. “Entendendo como esse motorista de alto risco pensa, fica mais fácil sensibilizá-lo para a questão”, concluiu.

Softran

Feito em parceria com a Positivo Informática, o concurso Softran é destinado para a elaboração de um software educativo de trânsito. Segundo Maura, a competição é dividida em três categorias: ensino fundamental, de 1.ª a 4.ª séries; ensino fundamental, de 5.ª a 8.ª séries, e ensino médio. “O edital para a disputa está sendo analisado pelo departamento jurídico da Prefeitura e deve ser lançado em breve”, explicou. A idéia é disponibilizar os programas elaborados para escolas públicas e particulares da cidade.

Cartões

Já em parceria com a Brasil Telecom, será lançada uma série de cartões telefônicos com mensagens de valorização do transporte coletivo. Segundo o gerente de planejamento comercial da empresa, Nilson Miguel Estevão, 227 mil unidades serão comercializadas na cidade a partir da próxima semana.

Ação pede respeito a faixa de pedestres

Rosângela Oliveira

A empresária Márcia Sorgenfrei se sentiu privilegiada ao cruzar a Rua 24 de Maio, no Centro de Curitiba, pisando em um tapete vermelho. “Privilegiada e com segurança, como afinal deveria ser sempre, para poder exercer minha cidadania de pedestre.” O tapete foi estendido para lembrar aos motoristas que a faixa de pedestre precisa ser respeitada.

A ação, que aconteceu ontem pela manhã no cruzamento das ruas 24 de Maio e Dr. Pedrosa, ao lado da Praça Rui Barbosa, marcou a abertura da Semana Nacional de Trânsito, promovida pela Prefeitura de Curitiba, cujo tema central será o respeito ao pedestre. Até a próxima terça-feira, uma série de atividades será desenvolvida junto aos motoristas, pedestres e escolares para conscientizar a população sobre a importância do respeito no trânsito.

De acordo com o prefeito Beto Richa, a Prefeitura tem feito sua parte quando investe na sinalização de trânsito, instalação de semáforos e lombadas, orientando e fiscalizando os motoristas. “Porém, cabe ao motorista entender seu papel ao volante, ser consciente para evitar acidentes e problemas no trânsito”, comentou. Mesmo com uma frota de um milhão de veículos, para uma população de cerca de 1,8 milhão de habitantes, Richa entende que o trânsito da capital possui uma situação diferenciada. “Temos avenidas largas, binários, e estamos investindo na reforma de terminais e na implantação do metrô. Mas o que falta é conscientização do motorista, que ao entrar no carro se transforma e esquece da gentileza, da tolerância e da calma.”

Para o cabeleireiro Alexandre Mendonça, também falta respeito ao pedestre no trânsito, que se soma a outros problemas, como a fiscalização. “As ruas são muito largas e o tempo de semáforo é curto. Geralmente temos que correr para não ser atropelado, já que motorista não respeita o sinal. E nessas horas não tem ninguém para fiscalizar.” Márcia Sorgenfrei diz que vê muitos motoristas curitibanos respeitando o pedestre em outras cidades. “Vou muito a Santa Catarina, e lá vemos carros com placas de Curitiba parando para o pedestre. Queremos o mesmo respeito na nossa cidade”, finalizou.

Fonte: Parana Online - 19/09/07

Cartas dos Leitores - Jornal da Tarde - 19/09/07

CENTRO

Zona Azul
Superfaturada


Não adianta a fiscalização da CET(se é que ela ocorre) e nem as placas instaladas nos postes pela companhia indicando aos motoristas os pontos de venda autorizados. Na região da Rua Santa Ifigênia (Centro) e nas ruas de Higienópolis (Zona Oeste), é só encostar o carro em qualquer vaga de Zona Azul que logo chega um “vendedor” oferecer o cartão para uma hora de estacionamento por R$ 3 (o preço normal é R$ 1,80). Em tempo: os fiscais da Zona Azul já andam com palmtops, iguais aos dos marronzinhos, mas ainda não multam pelo equipamento.

FRASES

Os governantes acabaram deturpando a lei. Algumas cidades instalaram radares para fiscalizar velocidade de 40 km/h”

ARY KARA JOSÉ, EX-DEPUTADO, RELATOR DO CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO, APROVADO HÁ 10 ANOS, HOJE, EM O ESTADO DE S.PAULO

Fonte: Jornal da Tarde - 19/09/07

Sinal verde para as multas

Aurea Rangel

São Paulo é uma cidade com 15 mil quilômetros de vias com um Programa de Orientação de Tráfego (POT) em dissonância com a realidade das ruas onde circulam diariamente cerca de 5 milhões de veículos. Vantagens de financiamento, entre outros motivos, têm contribuído para que as montadoras vendam carro como pão quente.

Se por um lado este aspecto é positivo porque move a economia do País, por outro a verba arrecadada com impostos provenientes dessas vendas devem reverter em melhorias para o tráfego. Isso também vale para o montante angariado com multas. Nos últimos10 anos esse bolo cresceu 96%, totalizando R$ 3,2 bilhões.

São valores exorbitantes que não chegaram à Companhia de Engenharia de Tráfego de São Paulo (CET). E não é só isso: a previsão para 2007 é de que outros R$ 574 milhões em multas cheguem aos cofres municipais. Essa será a maior arrecadação da história. Tomando por base os R$ 3,2 bilhões da última década, caso as determinações do Código Brasileiro de Trânsito (CBT)tivessem sido seguidas à risca, desse total, R$ 3 bilhões teriam sido investidos “(...) exclusivamente em sinalização, engenharia de tráfego, de campo, policiamento, fiscalização e educação de trânsito”. A realidade das vias públicas de São Paulo, porém, deixa claro que a norma do CBT passou longe de ser cumprida. O dinheiro saiu do bolso do contribuinte sim, mas não cumpriu sua função de promover benefícios, ficando no meio do caminho.

Segundo a CET, faltam recursos para implantar soluções viárias compatíveis com o tráfego e as necessidades de segurança de São Paulo. Este é o argumento para que produtos para sinalizações horizontais, por exemplo, amarguem até oito anos em campos de prova da companhia. Apenas o setor de fiscalização do órgão opera com tecnologia de ponta para que a arrecadação de multas nunca trace um gráfico decrescente. Multar pode. Radares fixos, móveis e lombadas eletrônicas brotam do chão a todo momento. Mas as vias estão sucateadas. A falta de placas de orientação, de alertas, de semáforos modernos, faixas de solo e outros dispositivos reduzem a fluidez do tráfego e aumentam o índice de acidentes.

*QUÍMICA E ESPECIALISTA EM SINALIZAÇÃO HORIZONTAL E INFRA-ESTRUTURA VIÁRIA

Fonte: Jornal da Tarde - 19/09/07

Urbanista considera fradinhos ineficazes

O uso excessivo de fradinhos como única opção para coibir o estacionamento irregular em calçadas resolve um problema, mas cria uma cidade com problemas graves de acessibilidade também para deficientes físicos. O diagnóstico é do urbanista Canagé Vilhena, presidente da ong Centro de Defesa das Cidades, que considera ineficaz o uso dos cones de concreto para outros casos de desordem urbana, como a ocupação de camelôs:

- Os fradinhos podem até proteger a calçada contra os veículos, mas é pouco solidária com os pedestres. O problema maior é de respeito com o espaço público, um trabalho de conscientização e fiscalização da prefeitura. Apesar dos obstáculos de concreto, que atrapalham deficientes visuais e idosos, o avanço de cadeiras de bares e restaurantes sobre o espaço das calçadas não é evitado.

Outro exemplo de avanço sobre o espaço público são as dezenas de portarias de prédios que cercam a calçada metros depois das entradas, como foi registrado pelo JB na Rua Prudente de Morais, em Ipanema.

Na visão do arquiteto e urbanista Mauro Luiz Neves Nogueira, professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, o enclausuramento criado pelas grades, além de ineficazes, são ainda piores para o convívio urbano que os fradinhos:

- Não há uma padronização nem limites para esses cercados que, além de exagerados, não impedem que o ladrão renda o porteiro pelo lado de fora.

O subprefeito da Zona Sul 1 - responsável pelos bairros de Copacabana até São Conrado - não retornou aos telefonemas feitos pelo JB para responder sobre a conservação das calçadas e o uso de fradinhos como método para impedir o estacionamento irregular.

FONTE: http://jbonline.terra.com.br/ - 18/09/07

O difícil dia-a-dia de quem precisa usar as calçadas

Duilo Victor

No cotidiano do carioca, conviver com o medo da violência não é mais o único obstáculo ao sair de casa. Basta um breve passeio por bairros movimentados, como Copacabana, Ipanema e outros trechos da Zona Sul, e são milhares as armadilhas - principalmente para a população idosa que não pára de crescer na cidade - criadas em parte pela má-conservação das ruas, mas também pela falta de educação de cariocas. As calçadas foram invadidas por bicicletas, triciclos e viraram até improvisado depósito de mercadorias. Caçambas usadas como depósitos de entulho também entram na lista dos vilões.

Entre as pragas urbanísticas espalhadas pelo Rio, o uso indiscriminado de fradinhos - espécie de cones de concreto para impedir estacionamento irregular de veículos sobre a calçada - é sintoma de uma cidade que não é solidária com quem anda a pé.

A contabilista Luciana Bernardi, 27 anos, leva todos os dias o filho de 1 ano e 4 meses à creche na Rua Barata Ribeiro. Não fossem os enormes triciclos de entregadores e fradinhos bem no meio de rampas de acesso a deficientes, a corrida de obstáculos poderia ser um passeio mais prazeroso:

- Os entregadores de água, com caçambas enormes que ocupam quase toda a calçada, são os que mais incomodam. Para andar com carrinho de bebê, como tenho de fazer diariamente, a falta do revestimento nos trechos com pedras portuguesas atrapalham bastante. Esta semana, minha vizinha de 82 anos fraturou o braço ao cair em um destes buracos.

O arquiteto e urbanista Canagé Vilhena, diretor da ONG Centro de Defesa das Cidades e conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RJ), acredita que, para o fim dos problemas de conservação das calçadas, o melhor é acabar com as pedras portuguesas. É mais barato, segundo Vilhena, construir e conservar uma calçada de cimento ou concreto, mas propõe solução menos radical para trechos onde as pedras portuguesas são parte do tombamento histórico, como ocorre em Copacabana:

- O maior problema do calçamento em pedra portuguesa usado no Rio é a falta de revestimento com resinas que impedem a ação das chuvas e os desníveis que provocam tombos. Há trechos da Rua Garcia D'Ávila, em Ipanema, onde a iniciativa privada fez o revestimento, uma ótima solução para calçadas tombadas, como na Avenida Atlântica.

Moradora de Copacabana, a psicóloga Elena Waisenberg, 67 anos, pensou já ter vivido sua pior história quando foi agredida por assaltantes que levaram seu carro na esquina da Rua Barata Ribeiro com a Paula Freitas. Mas, há quatro meses, ficou ferida outra vez ao tropeçar em um obstáculo na calçada da mesma Barata Ribeiro, desta vez na esquina com a Figueiredo de Magalhães. Machucada mais uma vez, segundo a moradora por um comerciante que usou o chão da rua para empilhar caixas, revoltou-se com o que considera um descaso da fiscalização municipal.

- Se o Rio é a cidade dos idosos e Copacabana o bairro com o maior concentração nesta faixa de idade, a cidade está jogada às traças - reclama a psicóloga. - Se olho para o chão a fim de desviar das calçadas esburacadas com falhas nas pedras portuguesas, bato nas placas mal colocadas. Se dou atenção às placas tropeço.

A poucos metros da psicóloga, a aposentada Nelma Drummond, 68 anos, destacou, depois de contar sobre as várias vezes em que tropeça nas calçadas da Zona Sul, que a má-conservação se deve a legislação do município:

- A prefeitura obriga os condomínios a cuidarem dos trechos de calçada em frente aos prédios. A ver o estado das marquises da cidade, não é de se esperar que o calçamento fique melhor.

FONTE: http://jbonline.terra.com.br - 18/09/07

Liberado, mas somente para poucos

Renato Grandelle

O Calçadão da Avenida Atlântica está cada vez mais estreito. Um passeio pela orla de Copacabana, ao lado dos prédios, mostra que desordem urbana nem sempre é sinônimo de ambulantes e menores de rua. O Jornal do Brasil passou por toda a via e encontrou 87 carros sobre as pedras portuguesas, em espaços que deveriam ser exclusivos de pedestres. Quase todos (81) estavam parados em frente a hotéis, sem placas de trânsito que autorizassem a sua permanência. A Guarda Municipal garante que pune os infratores - desde o início do ano, mais de 4 mil multas foram aplicadas na Atlântica por estacionamento irregular - e a associação de hotéis condena a prática, mas, além do discurso, poucas mudanças chegam aos moradores.

A invasão automobilística patrocinada pelos hotéis mostra que as 624 vagas disponíveis em baias na orla há muito se tornaram insuficientes. No Sofitel, em frente ao Posto 6, 26 carros estavam estacionados em local proibido. Próximo ao Copacabana Palace, eram 13. A Guarda admite que rebocar todos os veículos em situação irregular seria trabalhoso demais para o efetivo disponível. São apenas 12 agentes por turno - um para cada 300 metros, em média.

A vigilância termina antes das 22h, bem na hora em que começam os grandes eventos patrocinados por hotéis. A partir daí, a Guarda só fica se solicitada - mas, na maioria das vezes, o ordenamento dos carros sobre os canteiros é entregue a manobristas de empresas particulares.

- Os moradores já perderam 180 vagas, que foram entregues pela Secretaria Municipal de Transportes aos táxis especiais - protesta Horácio Magalhães, presidente da Sociedade de Amigos de Copacabana. - Apesar disso, e com a tolerância do poder público, os hotéis continuam estacionando no Calçadão. Quem não é taxista ou ligado ao setor turístico, caso se atreva a fazer o mesmo, corre o sério risco de ser multado.

A competência da Guarda em coibir o loteamento do espaço dos pedestres é questionado por Marcus Monteiro, diretor-geral do Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac), órgão que tem o Calçadão como bem tombado.

- Além de dificultar a vida dos moradores e prejudicar as pedras, existe o dano à paisagem - lamenta. - A existência de 87 carros sobre o calçadão, a maioria em frente a hotéis, sugere um poder de fogo maior dos interesses particulares. É leviano dizer que existe uma contrapartida para a vista grossa da prefeitura, mas temos de nos perguntar por que esta situação é tolerada.

A Avenida Atlântica é a única via de Copacabana inteiramente controlada pela Guarda Municipal - as outras grandes ruas e avenidas do bairro ainda têm o trânsito ordenado pela Polícia Militar. Desde o início do ano, 5.752 multas foram aplicadas na orla de Copacabana - cerca de 70% por estacionamento irregular.

- Ainda atuamos freqüentemente com reboques da CET-Rio, além de mantermos um disque para atendimento de denúncias - ressalta o comandante do 1º Grupamento Especial de Trânsito, Itaharassi Bomfin Junior.

FONTE: http://jbonline.terra.com.br/ - 15/09/07

Carros abandonados atravancam as calçadas

Moradores de Leblon, Humaitá e Copacabana reclamam de veículos que acumulam lixo e atrapalham pedestres
Daniel Engelbrecht
Um Vectra branco parado sobre a calçada da Rua Igarapava, no Leblon, com marca de pedrada no vidro, vem intrigando os moradores das redondezas. O veículo foi deixado no local há cerca de 15 dias e ninguém apareceu para buscá-lo. Na vizinha Rua Aperana, são outros dois carros, com aparência de abandonados há bem mais tempo, que desagradam a quem passa.
O problema se repete no Humaitá, onde um Chevette e uma Paraty estão há mais de três anos esquecidos na Rua Maria Eugênia.
Em vários pontos do Rio, veículos esquecidos por seus proprietários acumulam lixo, atrapalham a passagem e pioram o aspecto das ruas. Apesar dos problemas causados, a remoção só é possível em determinados casos.
Segundo moradores, o Vectra placa LBH 0567 foi abandonado há duas semanas com dois pneus sobre a calçada da Rua Igarapava, na esquina com a Visconde de Albuquerque, um dos endereços mais nobres da cidade. De acordo com o Detran, o ano de fabricação do veículo é 1996 e o último licenciamento ocorreu ano passado. O primeiro nome do proprietário é Luiz. Uma marca de pedrada no pára-brisas é o que mais chama a atenção de quem passa, além do fato de o carro estar atrapalhando os pedestres.
— Um idoso ou uma pessoa com criança no carrinho tem dificuldade para passar pela calçada. Para mim, esse carro foi roubado e abandonado aqui — arrisca a dona-de-casa Ivone Pereira, de 48 anos.
Na Rua Maria Eugênia, são um Chevette e uma Paraty, parados um atrás do outro, que incomodam os moradores. Os carros, com pneus vazios, pontos de ferrugem e pintura desgastada, acumulam lixo e viraram ninho de ratos, segundo o engenheiro José Carlos Vieira.
— Esses carros estão parados na rua há pelo menos uns três anos. Os ratos fizeram ninho no motor — diz o engenheiro, que mora em frente.
Perto dali, na Rua Vitório da Costa, é um Fusca bege que está há mais de quatro anos abandonado. Em Copacabana, é um Tempra preto com os pneus vazios, parado na Rua Henrique Oswald há alguns meses, o motivo de queixas.
FONTE: Jornal O Globo - 15/09/07

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Justiça proíbe 'puxadinho' de restaurante do Leblon

Estabelecimento vai recorrer
Paula Autran
O juiz da 39aVara Cível do Rio, Luiz Antonio Valiera do Nascimento, deferiu liminar anteontem proibindo a obra de ampliação do Restaurante Diferente Leblon, mais conhecido como Manekineko, na Rua Dias Ferreira 410. Segundo o juiz, com o “puxadinho” para acomodar clientes, o estabelecimento invadiu a calçada, impedindo a circulação de pedestres. Na ação civil pública — proposta em agosto pelo promotor Carlos Frederico Saturnino, da 1aPromotoria de Tutela Coletiva do Meio Ambiente e Patrimônio Cultural da Capital do Ministério Público Estadual — constam como réus não apenas o restaurante, mas o proprietário do imóvel, Karl Heinz Muhs, e seu locatário, Carlos Roberto Camilo. O inquérito civil foi iniciado por um morador do Leblon em 2004, ocasião em que O GLOBO fez uma reportagem sobre o caso.
De acordo com a decisão, em caso de descumprimento da liminar, os réus pagarão multa diária no valor de R$ 5 mil e o restaurante poderá ser interditado. O licenciamento para a construção foi indeferido pela prefeitura, tendo sido a obra embargada, em 17 de setembro de 2004. Até outubro daquele ano, a Secretaria municipal de Urbanismo havia multado duas vezes (em R$ 5.511) o restaurante japonês. O Manekineko protocolou pedido de regularização da obra no dia 24 de setembro.
Em nota, o Manekineko afirma que ainda não foi intimado, mas que assim que isto acontecer vai ingressar com o recurso no Tribunal de Justiça. O restaurante alega ainda que, “da forma que o Judiciário determinou, tornase inviável ao estabelecimento cumprir a decisão imediatamente, bem como a multa fixada pode determinar a inviabilidade econômica do estabelecimento”.
Fonte: www.globo.com - Quinta-Feira - 13 de setembro de 2007

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Má sinalização coloca motoristas em risco

Placas pichadas ou ausência de indicações levam veículos para áreas dominadas pelo tráfico de drogas

Fernanda Pontes

Numa cidade cercada por favelas dominadas por tráfico de drogas, um erro no percurso pode ser fatal. A falta de sinalização e a quantidade de placas depredadas comprometem a segurança de motoristas, como foi o caso do grupo de paulistas assaltado quando ia para o Corcovado e da menina Gisele Marques Conceição, de 11 anos, baleada na cabeça ao entrar de carro com os pais por engano na Vila Vintém. Apesar dos riscos, a prefeitura afirma que a cidade está bem sinalizada e que o maior problema ainda é o vandalismo. Por ano, a CET-Rio gasta R$ 1 milhão para substituir as placas danificadas.

O desafio de não errar o caminho começa antes da chegada ao Rio, na Rodovia Washington Luiz. Nesse caso, não faltam placas, mas o excesso delas se transforma numa armadilha.

De uma só vez, o motorista precisa ler mais de quatro indicações contendo informações importantes sobre cada destino. Não são raros os motoristas que querem ir para o Centro utilizando a Linha Vermelha, mas entram por engano no primeiro acesso à direita e saem em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.Na visita ao cartão-postal mais famoso do Brasil, o Corcovado, as pichações confundem os motoristas em diversos trechos.

A mesma placa que induziu os paulistas ao erro próximo à Ladeira dos Gurarapes, por exemplo, já estava adulterada desde março deste ano. Ontem, a prefeitura providenciou os reparos. Em outras ocasiões, placas já tinham sido depredadas naquela região.

Descida para Laranjeiras pode acabar na Falet No bairro de Santa Teresa, também muito freqüentado por turistas, desviar das 20 favelas é uma tarefa para poucos. Um dos pontos cruciais é a descida para o Rio Comprido e Laranjeiras.
No Largo do França, uma placa indica que o motorista deve dobrar à esquerda. Logo depois, há uma bifurcação com uma tímida placa na lateral. Quase todos acabam descendo a ladeira, que fica praticamente na reta do motorista.
O comerciante Celso entrou por engano na ladeira às 21h30m quando saía de uma casamento com a mulher e a filha.

Ele seguia para sua casa na Tijuca e resolveu descer pelo Rio Comprido.

— Percebi que estava numa favela quando vi minha blusa pontilhada de lazer vermelho de armas dos traficantes.

Abaixei o vidro e disse que tinha errado o caminho — lembra Celso, que foi liberado pelos bandidos após sofrer ameaças.

Além dele, outros convidados ficaram sob a mira de fuzis dos traficantes do Morro do Falet.

Como a ladeira é íngreme, fica praticamente impossível retornar.

Por causa disso, todos tiveram que seguir pelas ruelas escuras até o Rio Comprido.

Já na Avenida Brasil, não há placas indicando os bairros mais próximos da via expressa.

Um simples retorno pode resultar em tragédia. Quem segue para a Zona Oeste e deseja voltar para o Centro, por exemplo, pode cair na entrada da Favela de Acari. Em outros trechos, a proximidade com as favelas é um risco. Na semana passada, a família de mineiros Glower Ervilha foi assaltada ao pedir uma informação num sinal em frente à Vigário Geral.

Apesar de todos os problemas, o presidente da CET-Rio, Marcos Paes diz que a cidade está bem sinalizada.

— A cidade está bem servida de sinalização, temos cem mil placas no Rio. O problema é o vandalismo como furto e pichações.

Apenas na reposição e na limpeza das placas, gastamos R$ 1 milhão por ano.

Sobre a possibilidade de as favelas do Rio serem sinalizadas — como já acontece no Morro da Formiga e no Jacarezinho —, Paes teme que os moradores não aceitem a idéia. Ele pretende sinalizar áreas onde o motorista pode se confundir: — Vamos colocar o mais rápido possível sinalização em áreas cruciais como a de Santa Teresa.

Fonte: Jornal O Globo - 11/09/07

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Camelôs irregulares enfrentam PM ao tentar reabrir feira no Brás

Ambulantes reivindicam licença e reabertura da "feirinha da madrugada"

DA REPORTAGEM LOCAL

Camelôs irregulares -sem o TPU (Termo de Permissão de Uso) da prefeitura para trabalhar- que tentavam reabrir a "feirinha da madrugada" entraram em confronto com a Polícia Militar às 4h de ontem no Brás, centro de São Paulo.
Há dez dias, a Suprefeitura da Mooca vetou a feira, que existe desde 2004, por entender que ela prejudica o sono dos vizinhos -começa às 3h e termina às 7h. Além disso, afirma que seus produtos são piratas.
Os ambulantes protestavam contra a decisão da prefeitura de suspender por um ano a emissão de novos TPUs para ambulantes e o fim da feira.
Atualmente, mais de 500 ambulantes com TPU trabalham no local das 8h às 18h. Outros 3.000 pleiteiam a autorização.
Armados com paus e pedras, 300 ambulantes irregulares, segundo cálculo da PM, ou 1.800, de acordo com o sindicato dos camelôs, enfrentaram 150 policiais, depredaram 14 lojas e incendiaram outros dois comércios na rua Oriente.
Os PMs revidaram com bombas de gás pimenta e balas de borracha. Ninguém se feriu. Sete pessoas presas foram liberadas. Por questão de segurança, foram suspensos por cinco dias a contar de amanhã todos os TPUs de ambulantes.

Fonte: www.folha.com.br/fsp - Sexta-feira, 31 de agosto de 2007.

domingo, 2 de setembro de 2007

Cidade do Rio de Janeiro já soma dois milhões de veículos

Frota carioca emitirá, só este ano, 3 milhões de toneladas de CO2
Daniel Engelbrecht

Com um crescimento médio da frota de cerca de 5.500 veículos por mês, a cidade do Rio atingiu este ano a marca de dois milhões de automóveis cadastrados no Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam). O número é a metade do total do estado e representa aproximadamente um veículo para cada três habitantes.

Apesar disso, o município não recebe obras viárias de grande porte desde 1997, quando ficou pronta a Linha Amarela, e carece de investimentos em transporte público. Para especialistas, o prognóstico para os próximos anos é de aumento progressivo dos congestionamentos, embora um cenário de caos como o de São Paulo ainda esteja distante.
Os dois milhões foram atingidos em março.Em julho, o município já contabilizava 2.025.928.

Para efeito de comparação, a cidade de São Paulo tem 5.804.291 veículos, mais que todo o Estado do Rio. A maior parte da frota do município é composta por carros de passeio: 1.640.600 (dados de julho). Em seguida, vêm as motos (142.570); as caminhonetas, que são carros destinados ao transporte de passageiros e carga no mesmo compartimento, como a Parati (118.429); e as caminhonetes (31.956). O bairro com mais veículos é a Barra, com 125.899, ou cerca de 6% do total. A estimativa do Detran-RJ é de que 80% do total de veículos da cidade estejam em condições de circular.

Av. Brasil já recebe mais de 200 mil veículos/dia

Nos últimos seis anos, de julho de 2001 a julho de 2007, a expansão da frota do Rio foi da ordem de 23%, ou cerca de 5.500 novos veículos por mês. O crescimento ainda é considerado modesto.

Para o professor de engenharia de transportes da Uerj José Guerra, a tendência, no entanto, é de aumento, devido à ampliação do poder de compra dos salários e das vantagens de crédito oferecidas pelas concessionárias.

— Não há dúvidas de que a indústria automobilística nacional tem alcançado patamares de produção e venda que há alguns anos não se viam no Brasil. Hoje é possível comprar um automóvel em mais de 48 vezes, o que, há cinco anos, era impossível — diz.

Foi esse tipo de vantagem que permitiu ao jornalista Thiago Braga, de 25 anos, adquirir em junho seu primeiro carro, um Fiat zero quilômetro.

O pagamento será feito em cinco anos.

— Eu queria há bastante tempo ter um carro, mas não via como conseguir. Até que surgiu a oportunidade de comprar em 60 parcelas, sem entrada — diz ele.

Se, por um lado, os carros trazem comodidade para seus donos, por outro, o excesso deles está associado a diversos problemas. O principal é o aumento do fluxo de tráfego, com as conseqüentes redução da velocidade média nas vias e ampliação dos congestionamentos.

Principal corredor de tráfego da cidade, a Avenida Brasil já recebe, em boa parte de sua extensão, um volume superior a 200 mil veículos por dia. A Avenida Presidente Vargas, no Centro, vem logo atrás, com 191.816 veículos diariamente, na altura do prédio dos Correios. Na Barra, a Avenida Ayrton Senna é a campeã de tráfego, com 148.554 automóveis passando por suas pistas todos os dias, nas imediações da Avenida Abelardo Bueno. Na Zona Sul, é a Praia de Botafogo: 107.296 veículos por dia.

Vinte milhões de árvores para neutralizar efeito

Outra conseqüência do crescimento da frota é o aumento da poluição. Um estudo feito pela ONG Iniciativa Verde concluiu que a quantidade de CO2 (dióxido de carbono, oriundo da queima de combustíveis) lançado na atmosfera do Rio aumentou 16% de 2002 até 2007. Para neutralizar as 3.219.546,56 toneladas de CO2 que serão emitidas este ano, seria necessário plantar 20.333.978 árvores, o equivalente ao Parque Estadual da Pedra Branca, o maior do município, com 12.500 hectares.

— O aumento de 16% em cinco anos é grande, se formos pensar que o mundo faz um esforço contrário para reduzir as emissões — diz o biólogo Roberto Strumpf, diretor de Meio Ambiente da Iniciativa Verde.

Com 36 anos de profissão, o taxista Carli da Silva Gomes, de 60 anos, vem acompanhando a evolução do número de automóveis e diz que o trânsito está cada vez mais desorganizado.

— Há 30 anos, o trânsito era confuso, mas em poucas horas do dia. Hoje, é o dia todo. A Avenida Brasil e a Linha Vermelha são insuportáveis — afirma ele, apontando o uso do gás natural veicular (GNV) como um fator que estimula o aumento do número de carros. — Com R$ 10, a pessoa vai trabalhar a semana inteira de carro. O trânsito, com isso, fica péssimo.

Para o professor de engenharia de transportes da Coppe/UFRJ Paulo Cezar Ribeiro, os congestionamentos devem, aos poucos, ter a duração ampliada, até não haver mais horário sem engarrafamento.

— A previsão que se faz, em nível mundial, é de se ter um carro de passeio para cada dois habitantes. Em algumas partes do Rio, como a Zona Sul e a Barra, esse índice já foi atingido, mas, no geral, a cidade ainda está abaixo disso (a média é de um carro de passeio para cada 3,7 habitantes). Quando chegarmos ao patamar previsto, e isso inevitavelmente acontecerá, poderemos viver uma situação comparável com a de São Paulo — afirma.

Um dos motivos para isso, segundo o engenheiro da UFRJ Fernando Mac Dowell, é o fato de a malha viária do Rio não estar acompanhando o crescimento do número de veículos.

A última grande obra, a Linha Amarela, vai completar dez anos em novembro.

— A infra-estrutura do Rio, historicamente, é deficitária e vem a reboque. As linhas Amarela e Vermelha levaram mais de 20 anos para sair do papel. Nossa vantagem sobre São Paulo, por enquanto, é que só 55% da nossa frota estão na rua diariamente, pois o carioca anda mais de transporte coletivo que o paulistano. Com o aumento do poder aquisitivo da população, no entanto, e a falta de obras, corremos o risco de ver a situação se agravar — afirma ele.

Diante da situação, Guerra defende a priorização dos investimentos em transporte público, de modo a estimular as pessoas a deixarem os carros em casa: — Em vez de adaptar a cidade ao automóvel, temos que adaptar o automóvel à cidade.

Entendimento parecido tem o prefeito Cesar Maia, que também enxerga a possibilidade de o trânsito ficar cada vez mais complicado.

— Olhando para os últimos dez anos, e projetando para a frente, os problemas de estresse no trânsito, tipo São Paulo, chegarão progressivamente ao Rio em mais dez anos — estima.

Entre os projetos que considera essenciais, Cesar cita a ligação direta do metrô de São Cristóvão à Central; a implantação do corredor de ônibus T5 (Barra-Penha), atualmente em licitação; a melhoria da qualidade dos trens da SuperVia, de modo a atrair mais passageiros; a multiplicação das integrações de ônibus com trem e metrô; a redefinição das linhas de ônibus; e a autorização para a construção de uma terceira boca de túnel no Viaduto do Joá.

Fonte: Jornal O Globo - 02/09/07

Cartas dos Leitores - Jornal O Globo - 02/09/07

Nada ordeiros  Nosso lindo bairro da Glória e suas praças servem de abrigo para a vagabundagem mais perigosa do Rio. Achacam comerciantes e garantem alimentação diária. Achacam estudantes de escolas públicas e particulares e garantem sua cachaça ou cocaína. Defecam em qualquer lugar e horário. E roubam fios. Depois fazem fogueiras para queimar a cobertura de plástico e vendem o cobre na Rua da Lapa, ou em outros picaretas que compram qualquer tipo de metal, mesmo roubados ou de propriedade pública. Quando passarem em ruas e praças escuras, lembrem-se dos "moradores de rua" e ergam um brinde ao nosso prefeito!
GILVAN CHAVES (por e-mail, 29/8), Rio

Na chamada Cooperativa de Catadores de Papel, na esquina das ruas Sá Ferreira e Raul Pompéia, bem na saída do túnel, em Copacabana, agrupam-se mendigos, ladrões, ratos, desocupados de toda espécie e olheiros do tráfico de drogas do morro. Não se entende a razão pela qual isso possa existir no bairro mais famoso do Rio de Janeiro e que atrai, ainda, turistas de toda parte. Onde estão as autoridades ditas competentes para acabar com tal imundície? Muitos problemas do bairro terminariam se removessem tal "cooperativa".
NELSON DA SILVA SANTOS (por e-mail, 39/8), Rio

Fonte: Jornal O Globo - 02/09/07