Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre Desordem Urbana, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

SP: lei seca reduz o número de mortes por acidentes

Foi o terceiro final de semana de fiscalização por causa da lei seca. Desde que a lei entrou em vigor, o número de mortes por causa de acidentes de carros em São Paulo caiu 57%.

A venda de bebidas alcólicas nos bares caiu cerca de 60%.


http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM854913-7823-SP+LEI+SECA+REDUZ+O+NUMERO+DE+MORTES+POR+ACIDENTES,00.html
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A mudança de comportamento é evidente e benéfica. A pergunta que fica é se os acidentes diminuiu pela tolerância ZERO ou pela maior intensidade de fiscalização e maior número de bafômetros.
Será que os níveis de álcool, antes tolerados, eram excessivos? Será que precisamos ficar no ZERO mesmo? Ou só fiscalizar direito o que a Lei preconizava?

Jovem com sinais de embriaguez é baleado após agredir policiais

Um jovem de 21 anos acabou baleado, na madrugada desta quarta-feira (16), depois de sofrer um acidente e agredir policiais que tentaram socorrê-lo. O incidente aconteceu em frente à 9ª DP (Catete), na Zona Sul do Rio, que confirmou a ocorrência.

Policiais disseram que o rapaz apresentava sinais de embriaguez e estava bastante transtornado. No carro do jovem foram encontradas três garrafas de cerveja.

Segundo a polícia, ele dirigia em alta velocidade quando capotou com seu carro, um Fiat Palio preto, em frente à delegacia. O jovem ainda bateu em outro carro que estava estacionado na rua. Ao tentar ajudá-lo a sair do veículo, policiais disseram que foram agredidos com socos. Na tentativa de fugir, ele teria tentado tirar a arma de um policial e acabou baleado na perna. O inspetor de plantão da delegacia não soube informar se a arma disparou acidentalmente.

A vítima foi levada para o Hospital Souza Aguiar, no Centro. A Secretaria municipal de Saúde informou que o jovem foi baleado na coxa esquerda e no joelho direito e teve escoriações no braço esquerdo. Ele está estável e aguarda avaliação vascular para ser liberado. Mais cedo, a Secretaria havia informado que o jovem tinha levado um tiro em cada pé.

Na delegacia, a informação é que ele pode responder por lesão corporal, direção perigosa e agressão.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL648159-5606,00-JOVEM+COM+SINAIS+DE+EMBRIAGUEZ+E+BALEADO+APOS+AGREDIR+POLICIAIS.html

domingo, 13 de julho de 2008

Medo de violência aumenta obesidade em crianças

Crianças que vivem em áreas consideradas menos seguras pelos seus pais têm quatro vezes mais probabilidades de serem obesas do que aquelas que moram nos bairros vistos como mais seguros. Essa é a conclusão de um Estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, que analisou os dados de 768 crianças em dez regiões urbanas e rurais no país que tinham participado do Estudo de Desenvolvimento Humano do Instituto Nacional de Saúde da Criança.

De acordo com os estudiosos, essa relação não é afetada por outros fatores, como formação cultural, estado civil das mães, atividades extra-curriculares das crianças ou grupo étnico. "De fato, pode muito bem haver uma relação simples e direta entre viver em regiões perigosas e obesidade", afirmou Julie Lumeng, uma das cientistas envolvidas no estudo.

Grupos
Na pesquisa, os pesquisadores pediram para os pais responderem questionários que perguntavam quão segura eles consideravam a área em que moravam quando as crianças tinham seis anos. A partir dos questionários, o grupo foi dividido em quatro, indo dos que se sentiam mais seguros aos que mais sofriam com a insegurança.

Os cientistas descobriram que 17% das crianças do primeiro grupo (maior percepção de insegurança) estavam acima do peso. No segundo quarto, os obesos contavam 10% das crianças. No terceiro, eram 13% e no último, que morava em regiões consideradas mais seguras pelos pais, apenas 4%.

De acordo com Julie Lameng, essa relação pode passar pelas mudanças na educação dada pelos pais de acordo com a percepção de segurança. "Quer dizer, na tentativa de proteger crianças, os pais não só diminuem o tipo de atividades físicas que ocorrem ao se brincar na rua, como, indiretamente, aumentam a probabilidade de atividades sedentárias ligadas a ficar em casa."

Para David Haslam, diretor do Fórum Nacional de Obesidade da Grã-Bretanha, o resultado do estudo é válido, mas ele faz uma ressalva. "Isso é provavelmente um elemento, e não toda a explicação. Essas áreas (menos seguras) são possivelmente mais carentes, onde se tem menos provisão de bons alimentos e menos locais para brincar nas ruas", afirma Haslam.

O estudo da Universidade de Michigan foi publicado pela revista especializada Archives of Pediatrics and Adolescent Medicine.

Fonte: BBC Brasil em http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI817369-EI298,00.html

Falta de exercício físico e espaço para brincar


Todo adulto compara a infância do filho com o tempo em que ele próprio era criança. É comum fazer-se comparações do tipo: "No meu tempo de criança corríamos atrás da bola e dos balões, jogávamos bola na rua, andávamos de bicicleta pelo bairro, vivíamos praticando esportes". Hoje os jogos eletrônicos prendem a criança em casa. Elas ficam horas e horas jogando o hipnótico "game", comendo salgadinhos, batatas fritas e pipoca. Todos sabemos que o fato de passar horas na frente de uma televisão está diretamente relacionado com excesso de peso infantil.

Mas essa não é opção da criança. É uma característica da vida atual. O fato de parte substancial da população viver em espaços residenciais restritos, sem acesso a parques, sem praticar esportes nos clubes, sem andar pelas ruas, faz com que a criança se acostume com a inatividade.


Leia na Íntegra:
http://www.obesidademorbidanuncamais.com.br/news.asp?codigo=116&grupo=62

sábado, 12 de julho de 2008

Médicos alertam sobre a geração de gordinhos

Crianças fazendo dieta para não engordar? Acabou aquele conceito de bebê fofinho? Doenças como obesidade e colesterol alto têm de ser combatidas bem cedo. Difícil é controlar o apetite dos pequenos.

Em muitos casos, a obesidade infantil é uma conseqüência do comportamento dos pais frente ao prato de comida. A obesidade infantil é cada vez mais preocupante. Segundo o IBGE, o número de crianças e adolescentes acima do peso cresceu quase três vezes nos últimos anos.

Um sofá, um jogo de cartas e a companhia de July, a cadelinha de estimação – isso é tudo o que Matheus desejou nas férias na casa da avó, a não ser por um mero detalhe.

“Eu queria um macarrão com molho e carne moída”, comentou o menino.

Não será dessa vez. Matheus é um ex-gordinho. Aos 7 anos, ele chegou a pesar 60 quilos – quase o mesmo peso que tem hoje, aos 11 anos. Como o pai é hipertenso e a mãe tem colesterol alto, a saúde do garoto inspira preocupação.

“Eu comecei a fazer o prato dele e controlar o tempo que ele está em casa e a quantidade que ele vai comer, porque se deixar ele repete”, diz a mãe de Matheus, Fabiana Branco.

Alguns países já tratam a obesidade como epidemia. Há seis milhões de jovens com excesso de peso, segundo pesquisa do IBGE. Pesquisas mostram que a doença não poupa nem os pequenos. Segundo o Ministério da Saúde, 6,6% dos meninos e meninas de 0 a 5 anos de idade são considerados obesos.

Em muitas crianças, a obesidade começa a dar sinais antes das primeiras papinhas e colheradas. Os médicos chamam a atenção para bebês de até 1 ano que estão sendo superalimentados. Um dos maiores riscos está na gestação. Mães que engordam muito na gravidez podem ter bebês acima do peso.

Pesquisadora do Hospital das Clínicas de São Paulo, a endocrinologista Sandra Vilares acompanha centenas de adolescentes com dificuldades para emagrecer e alerta: a criança fofinha de hoje pode ser o gordinho de amanhã.

“Criança por volta dos 7 anos tem 50% de ser um adulto obeso, e o adolescente obeso tem 80% de chances de ser um adulto obeso”, afirma a médica endocrinologista Sandra Vilares.

Mais um benefício que a amamentação traz: segundo os médicos, crianças que são amamentadas no peito por mais tempo têm menos chance de se tornarem obesas.

FONTE: http://bomdiabrasil.globo.com/Jornalismo/BDBR/0,,AA1684814-3682-852699,00.html – 09/07/2008


A relevância dessa notícia aqui? Lembra daquele tempo, quando as crianças brincavam nas ruas..... Passou.

Policiais militares do Rio de Janeiro admitem que falta preparo

E a polícia que mata um inocente? O caso do menino João, no Rio de Janeiro, expôs a falta de preparo de quem deveria sair às ruas para proteger a população. A repórter Beatriz Thielmann conversou com dois PMs. Eles admitem que não recebem treinamento adequado.

“Quantas vezes você treinou para usar uma arma?”, pergunta a repórter a um policial militar. “Uma, com cinco tiros”, responde ele.“Não dei muitos tiros, não. Teve armas que só dei apenas um tiro. Calibre 12 eu dei um tiro. Com uma submetralhadora, eu dei um tiro só”, lembra outro PM.

Trata-se de dois policiais militares que têm medo de serem identificados. Eles temem os superiores e as ruas. Para o trabalho do dia-a-dia, dizem que não foram preparados.

“O que aconteceu quando você saiu para rua pela primeira vez?”, pergunta a repórter. “Fiquei muito nervoso, porque não sabia como me comportar”, responde o policial.

“Alguma vez falaram para você como deve se abordar um motorista ou um carro na rua?”, continua a repórter. “Só teoria, só teoria. Na teoria, falaram, mas na prática não”, afirma o policial.

Na teoria, a prática deveria ser assim: o motorista suspeito sai do carro com as mãos na cabeça e o policial deve atirar só se houver reação – se o suspeito atirar. As técnicas de abordagem são ensinadas aos futuros policiais no terceiro mês do curso de formação, que tem duração de oito meses, mas não foi isso que as câmeras de segurança de um prédio registraram na noite de domingo (6).

As imagens confirmam que não houve nenhum tiroteio com bandidos. A mãe de João Roberto encosta o carro para dar passagem à polícia, mas o cabo e o soldado se aproximam e disparam as armas. Falta de treinamento adequado; policiais que vão para as ruas sem saber sequer como lidar com as armas que carregam – alguns especialistas consideram esses os principais motivos que têm provocado tragédias. “Temos que treinar policiais para situações de enfrentamento e para situações de perseguição. Esse treinamento não se faz assim, em dez minutos. É um treinamento que exige repetição, muitas. Exige muitas horas. Qual o benefício? Uma redução nas mortes não-desejadas”, observa o sociólogo Gláucio Soares, do Centro de Estudos de Segurança da Universidade Cândido Mendes.

O secretário nacional de Direitos Humanos, Paulo Vanuchi, afirmou que é preciso repensar a polícia. “Não é possível tolerar a idéia de atirar primeiro e depois ir verificar se alguém morreu e quem morreu”, afirmou.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse que o governo vai investir mais nos treinamentos dos policias e que os dois envolvidos no crime serão expulsos da Polícia Militar.

“Expulsar, expulsar. São dois assassinos”, disse o governador.

Na tarde de terça-feira (8), 200 taxistas fizeram uma carreata para protestar. São colegas do pai do menino João Roberto, Paulo Roberto Soares. Na capela, durante o velório, ele fez mais um desabafo.
“Se a instituição está falida, vamos melhorar a instituição, mas não botar monstro na rua para matar a gente. Não é isso que a gente quer. A gente quer proteção, a gente não quer ser morto”, protestou o pai do menino, Paulo Roberto Soares.

FONTE: http://bomdiabrasil.globo.com/Jornalismo/BDBR/0,,AA1684810-3682-852686,00.html – 09/07/2008

segunda-feira, 7 de julho de 2008

RJ: criança de 4 anos é atingida no fogo cruzado entre policiais e bandidos

A noite de domingo (6) registrou mais um caso brutal de violência no Rio de Janeiro. Policiais perseguiram bandidos. No caminho, estava uma família: uma mãe e dois filhos. O carro em que eles viajavam ficou no meio do fogo cruzado.

Bandidos em fuga, de carro, foram perseguidos pela polícia no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro. Uma mãe e seus dois filhos estavam no caminho. Na noite de domingo (6), um fim de semana terminou em tragédia.

O carro com a mulher e as duas crianças parou em um ponto. Os bandidos seguiram em frente. Dois policiais se posicionaram a poucos metros, em outra direção. Segundo testemunhas, mais de 30 tiros foram disparados e 15 atingiram o automóvel.

Doze buracos de bala atingiram só na traseira do carro. O tiroteio aconteceu a poucos metros de uma delegacia. O menino João, de apenas 4 anos, foi baleado e levado para o hospital em estado grave. Os criminosos conseguiram fugir.

Segundo moradores da região, a quadrilha assaltou vários bares e mercados do bairro antes de a perseguição iniciar. Um homem diz que viu o momento em que a polícia começou a disparar. Ele acha que os policiais militares atiraram no carro errado.

“Praticamente, foram uns 30 tiros. Ela saiu do carro e ficou rodando apavorada, porque o filho estava baleado dentro do carro. A mulher estava desesperada. Disse: ‘Meu filho, ajudem-me, por favor’. As armas estavam apontadas para ela. Tanto é que tem vários tiros no carro. O carro está todo furado”, contou a testemunha.

A polícia requisitou a fita de uma câmera de segurança do prédio que fica em frente ao local do tiroteio. As imagens podem esclarecer por que um carro com inocentes virou alvo em um tiroteio entre polícia e bandidos.

O menino João Roberto passou por uma cirurgia e, segundo os médicos, o estado de saúde dele ainda é grave.

FONTE: http://bomdiabrasil.globo.com/Jornalismo/BDBR/0,,AA1684658-3682-851787,00.html – 07/07/2008