O comércio em torno da Lagoa Rodrigo de Freitas até o dia 7 de janeiro - quando a grande árvore começa a ser desmontada - promete turbinar o Natal de muitos vendedores de churros, pipocas e afins. Alguns deles deixaram até seus pontos habituais em outros locais da cidade para aproveitar a concentração sazonal de público.
- Meu ponto é no Castelo, perto do prédio do Ministério da Fazenda - conta o pipoqueiro Pedro Souza, 52. - Mas, aqui, chego a ganhar R$ 300 num fim de semana.
Durante a semana, o faturamento cai a um terço. O público diminui sensivelmente, mas a concentração de carrocinhas continua alta - anteontem, numa faixa de 30 metros, a reportagem do JB contou nada menos que 5 carrocinhas de pipoca, 2 de milho, 2 de churros e 4 ambulantes com isopor de refrigerante e cerveja.
- Tem mais ambulante do que gente - diz o vendedor Antônio Saraiva, que deixou seu ponto, perto de uma faculdade no Catumbi, e alugou vaga num depósito no Humaitá, por R$ 75 mensais, para guardar sua carroça.
De longe mesmo, veio Elivelton Pereira da Silva, 15 anos, para vender espadinhas coloridas a R$ 5 a unidade. Em cada uma, ele leva R$ 1,50. No domingo, garante, vendeu mais de 50. Valeu a pena a viagem de Barra de Guaratiba até a Zona Sul carioca.
- Os fiscais não estão implicando porque trabalhamos circulando. Só não podemos é parar - conta.
Vendedor de seguros no horário comercial, Ricardo Santos, 25, sai do trabalho, enche seu isopor de refrigerantes e cervejas e vai para a Lagoa engordar seu faturamento mensal de R$ 1.000.
- Venho com mais cinco colegas lá de Botafogo. No domingo, tirei R$ 94 limpos - abre seu balanço.
Mas nem todos estavam em clima de Natal.
- Se me fotografar, vou processar - ameaça um ambulante.
Autorização negada, reportagem encerrada.
Fonte: http://jbonline.terra.com.br 12.12.07
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