Quem enfrentou a chuva da manhã e foi à praia de Copacabana ontem teve duas desagradáveis surpresas. A primeira foi a língua negra em frente à Galeria Alaska, na altura do Posto Seis, que insiste em dar as caras quando chove na cidade e impressiona pela cor escura e o cheiro forte. A segunda parecia menos desagradável: algas, provavelmente oriundas da Lagoa da Tijuca, na Barra.
Dezenas de garis se reuniram desde cedo para recolher a sujeira, que se concentrou em frente ao Hotel Othon, na Avenida Atlântica, e levaram cerca de duas horas e meia para limpar a areia. Os turistas passavam desavisados sem saber que a presença das algas pode representar riscos à saúde. A americana Norman Sil pulou por cima dos vegetais, acreditando que fosse um fenômeno natural. Ao ser informada de que seriam resultado do lançamento de esgoto no complexo lagunar da Barra, assustou-se.
- Não imaginava que isso acontecesse aqui - comentou.
A chuva, que chegou à cidade na noite de quinta-feira, fruto de uma frente fria que começa a se afastar do litoral, continua hoje de maneira esparsa, de acordo com o Instituto Climatempo.
Fonte: http://jbonline.terra.com.br/ - 08.12.07
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