Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre Desordem Urbana, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

sábado, 30 de junho de 2007

Policial militar acusa procurador de racismo



Funcionário público nega ter chamado de crioulo PM que registrava acidente em Ipanema

Alessandro Soler e Marta Paes
O motorista do Fox placa KXV-0499 se envolveu num acidente na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, no fim da madrugada de ontem. Nem ele nem o ocupante do outro carro - o Palio placa LNL-6403 - se feriram gravemente. A história poderia terminar aqui, não fosse a intervenção do procurador assistente Claudio Roberto Pieruccetti Marques, da ProcuradoriaGeral do Estado, chamado pelo motorista do Fox. Durante uma discussão, Pieruccetti Marques teria chamado de "crioulo" o PM que registrava a ocorrência.
O procurador acabou sendo levado para a 14aDP (Leblon), junto com o amigo. O procurador se recusava a deixar o policial levar o amigo - ferido levemente e sangrando - para o Hospital Miguel Couto.
- Ele já chegou mostrando a carteira de procurador e dizendo que eu não levaria seu amigo para o Miguel Couto, como é praxe em acidentes naquela região. Queria que eu o liberasse para levá-lo a um hospital particular.
Insisti que isso não era possível, então, ele começou a levantar a voz, sempre repetindo que era procurador e querendo me dar ordens. Finalmente, ele me perguntou: "Quem você pensa que é, só porque usa essa farda de PM? Você, para mim, não passa de um crioulo" - contou o sargento Marcelo Silva, do 23oBPM (Leblon), que ainda não decidiu se irá processar civilmente o procurador.
Batida aconteceu na altura da Rua Maria Quitéria De acordo com testemunhas, no momento do acidente, o amigo do procurador, Elias Camilo Jorge Júnior, dirigia seu Fox em alta velocidade na pista sentido Copacabana da Avenida Vieira Souto. Na altura da Rua Maria Quitéria, ele se chocou contra o Palio, que rodou na pista e invadiu a ciclovia. Com o impacto, o Fox foi parar na areia da praia. Marques nega que tenha usado o termo "crioulo" ou agredido o policial.
- Seria incapaz de fazer isso, não sou racista. Queria apenas levar meu amigo a um hospital particular. Como ele e o policial se exaltaram, tentei acalmar os ânimos. O policial disse para irmos à delegacia, mas não fui preso, algemado nem paguei fiança. Fiquei surpreso ao saber da declaração do policial. Em meu depoimento, disse que não ofendi ninguém e que pedia desculpas se alguém, eventualmente, tivesse se ofendido - afirmou o procurador.

FONTE:www.globo.com - Segunda-Feira, 25 de Junho de 2007

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