Rodrigo Bethlem
Fazendo uma rápida avaliação da desordem urbana no Rio de Janeiro, podemos ver claramente como o poder público foi leniente e tolerante com todo tipo de desmando na cidade, em especial na ocupação desordenada do solo.
Hoje, a população enfrenta uma verdadeira zona de guerra no Complexo do Alemão, na região da Leopoldina, que, há aproximadamente três décadas, era o pulmão industrial do Rio, gerando dezenas de milhares de empregos. Empresas como Coca-Cola, Castrol, Plus-Vita, entre outras, funcionavam na região. Hoje, a maioria delas fechou a porta ou mudou-se, tornando a região uma espécie de semi-árido econômico.
Qual a razão? Diante da oferta de empregos nestas empresas, as pessoas contratadas buscaram imediatamente moradia próximo ao local de trabalho. A ausência de políticas habitacionais sérias - ou pior, a presença de políticas permissivas e demagógicas que liberaram a construção de casas em encostas e até em beiras de rios - começou a criar um terreno fértil para que quadrilhas tomassem conta destes territórios, criando uma verdadeira Cidade Partida. Imperaram leis próprias - situação em que o estado de direito é deturpado pelas pseudo-leis e vale a vontade arbitrária e ditatorial de marginais. Tornou-se, então, impraticável a instalação daquelas empresas no local.
Por fatos assim é que precisamos transformar o combate à desordem urbana em prioridade para toda a sociedade. A barraca do camelô montada em um lugar proibido, crianças pedindo dinheiro nos sinais, pessoas dormindo embaixo de marquises e calçadas ocupadas por automóveis são exemplos de pequenas infrações. Aos poucos, isso tudo criou um clima de ausência da autoridade, no qual a desordem se auto-alimenta. Daí surge uma sucessão de pequenos delitos que, com o tempo, transformaram-se em um grave problema para a população. A boa notícia é que são delitos de fácil resolução.
O governador Sérgio Cabral resolveu não só enfrentar o estado paralelo imposto pelos marginais - como no caso do Complexo do Alemão - mas enfrentar a desordem urbana, através da criação de uma força-tarefa coordenada pela Secretaria de Estado de Governo. Eis uma missão nunca antes assumida pelo governo do Estado, que sempre relegou tal tarefa ao plano municipal. A Secretaria Estadual de Governo vem atuando na operação CopaBacana, que já obteve excelentes resultados para um dos nossos maiores cartões-postais, o bairro de Copacabana. O índice de furtos a turistas, por exemplo, caiu 59% depois do início da operação. Iniciamos também a Operação Maravilha, com a mesma finalidade, só que no Cosme Velho, no entorno da nova maravilha do mundo, o Cristo Redentor. As operações seguirão por outros bairros e serão mantidas em cada um deles até o fim deste governo.
Chegou o momento, portanto, em que a população deve se erguer e condenar irregularidades. A aposta da sociedade é essencial para que a política de enfrentamento empreendida pelo Estado tenha êxito. Será uma vitória da legalidade e, principalmente, do povo carioca.
Fonte: Jornal do Brasil - 26.08.07
Fazendo uma rápida avaliação da desordem urbana no Rio de Janeiro, podemos ver claramente como o poder público foi leniente e tolerante com todo tipo de desmando na cidade, em especial na ocupação desordenada do solo.
Hoje, a população enfrenta uma verdadeira zona de guerra no Complexo do Alemão, na região da Leopoldina, que, há aproximadamente três décadas, era o pulmão industrial do Rio, gerando dezenas de milhares de empregos. Empresas como Coca-Cola, Castrol, Plus-Vita, entre outras, funcionavam na região. Hoje, a maioria delas fechou a porta ou mudou-se, tornando a região uma espécie de semi-árido econômico.
Qual a razão? Diante da oferta de empregos nestas empresas, as pessoas contratadas buscaram imediatamente moradia próximo ao local de trabalho. A ausência de políticas habitacionais sérias - ou pior, a presença de políticas permissivas e demagógicas que liberaram a construção de casas em encostas e até em beiras de rios - começou a criar um terreno fértil para que quadrilhas tomassem conta destes territórios, criando uma verdadeira Cidade Partida. Imperaram leis próprias - situação em que o estado de direito é deturpado pelas pseudo-leis e vale a vontade arbitrária e ditatorial de marginais. Tornou-se, então, impraticável a instalação daquelas empresas no local.
Por fatos assim é que precisamos transformar o combate à desordem urbana em prioridade para toda a sociedade. A barraca do camelô montada em um lugar proibido, crianças pedindo dinheiro nos sinais, pessoas dormindo embaixo de marquises e calçadas ocupadas por automóveis são exemplos de pequenas infrações. Aos poucos, isso tudo criou um clima de ausência da autoridade, no qual a desordem se auto-alimenta. Daí surge uma sucessão de pequenos delitos que, com o tempo, transformaram-se em um grave problema para a população. A boa notícia é que são delitos de fácil resolução.
O governador Sérgio Cabral resolveu não só enfrentar o estado paralelo imposto pelos marginais - como no caso do Complexo do Alemão - mas enfrentar a desordem urbana, através da criação de uma força-tarefa coordenada pela Secretaria de Estado de Governo. Eis uma missão nunca antes assumida pelo governo do Estado, que sempre relegou tal tarefa ao plano municipal. A Secretaria Estadual de Governo vem atuando na operação CopaBacana, que já obteve excelentes resultados para um dos nossos maiores cartões-postais, o bairro de Copacabana. O índice de furtos a turistas, por exemplo, caiu 59% depois do início da operação. Iniciamos também a Operação Maravilha, com a mesma finalidade, só que no Cosme Velho, no entorno da nova maravilha do mundo, o Cristo Redentor. As operações seguirão por outros bairros e serão mantidas em cada um deles até o fim deste governo.
Chegou o momento, portanto, em que a população deve se erguer e condenar irregularidades. A aposta da sociedade é essencial para que a política de enfrentamento empreendida pelo Estado tenha êxito. Será uma vitória da legalidade e, principalmente, do povo carioca.
Fonte: Jornal do Brasil - 26.08.07
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