Apresentação

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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Presos policiais acusados de ajudar a fortalecer grupos de traficantes no RJ



Em um intervalo de quatro dias, a polícia do Rio de Janeiro foi alvo de duas operações distintas para apurar má conduta de agentes responsáveis pela segurança no estado. Na sexta-feira (11), uma megaoperação foi deflagrada pela Polícia Federal em conjunto com a Secretaria de Segurança Pública do Rio e o Ministério Público Estadual para prender policiais civis e militares suspeitos de ter ligação com traficantes, milícias e a máfia dos caça-níqueis.

A chamada Operação Guilhotina prendeu 38 pessoas, das quais 30 são policiais militares ou civis, incluindo o delegado Carlos Oliveira, ex-subchefe operacional da Polícia Civil.


De acordo com as investigações, os presos na Operação Guilhotina ajudavam traficantes, milicianos e contraventores, com informações sobre as operações policiais, negociando material de apreensão e até dando proteção a criminosos.

O então chefe de Polícia Civil, Allan Turnowski, chegou a prestar esclarecimentos na PF na sexta. No mesmo dia, o secretário de Segurança Público do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, defendeu Turnowski, dizendo que ele tinha a sua confiança.

Já no sábado (12), Beltrame disse em entrevista ao RJTV que "nem o doutor Allan nem ninguém que trabalha comigo tem carta branca. O critério é lisura e resultado. Não adianta ter resultado sem lisura e lisura sem ter resultado."

No domingo (13), a Delegacia de Combate ao Crime Organizado (Draco) foi lacrada por ordem de Allan Turnowski. Na segunda-feira (14), ele comandou uma operação para apurar denúncias de que agentes da Draco estariam envolvidos num esquema de cobrança de propinas de empresários investigados em licitações com suspeita de fraude.

Segundo Turnowski, as denúncias de fraude em licitações comprometem o titular da especializada, delegado Cláudio Ferraz, e um inspetor. A delegacia especializada passou a ser investigada pela Corregedoria Interna de Polícia (Coinpol). Ferraz teria ajudado na Operação Guilhotina, que prendeu o ex-braço direito de Turnowski, delegado Carlos Oliveira.
No início da tarde de terça-feira (15), a Secretaria da Segurança informou que Turnowski deixou o cargo. No início da noite, foi divulgado que Martha Rocha será a nova chefe de polícia do Rio.


Fonte:G1-15-02-2011

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