Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre Desordem Urbana, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Barulho e fezes de pombas incomodam moradores de Belo Horizonte

Símbolo da paz, as pombas têm incomodado moradores de Belo Horizonte. Os animais invadem os telhados, fazem barulho e deixam sujeira que pode fazer mal à saúde.

“Por volta das 18h começa o barulho, que incomoda demais. Sempre à tardinha, quando eles começam a procurar abrigo”, afirma a aposentada Maria Bernadete Assunção.

Além do barulho, as aves causam sujeira no local. Maria Bernadete fechou as frestas do telhado para evitar a permanência de pombos no local, mas não adiantou. De acordo com a aposentada, os gastos com limpeza cresceram. “A conta de água dobra”, diz.

Segundo Daniel Vilela, veterinário do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), é recomendado que as pessoas usem máscara para se proteger durante a limpeza.

Ainda de acordo com Vilela, as doenças são provocadas por fungos, bactérias e parasitas. “Normalmente, elas são transmitidas pelo contato com as fezes do animal”, afirma.

A dona de casa Enedina Maria Costa mantém as janelas de sua casa fechadas para evitar a entrada dos pombos. A sujeira avança pela parede e pelo chão. O problema incomoda a família há três anos. “Estou esperando por uma solução”, diz Enedita.

Os moradores da cidade que estiverem se sentindo incomodados ou quiserem pedir orientações ou uma vistoria pode ligar para prefeitura de Belo Horizonte, no telefone 156.

http://g1.globo.com/Noticias/Brasil/0,,MUL729529-5598,00-BARULHO+E+FEZES+DE+POMBAS+INCOMODAM+MORADORES+DE+MG.html

domingo, 28 de setembro de 2008

Postes que caíram na Gávea e deixaram ruas às escuras já foram retirados

RIO - Os dois postes de iluminação que caíram neste sábado na Rua João Borges, em frente à Clínica São Vicente, na Gávea, por volta das 20h por causa da forte chuva, foram retirados na manhã deste domingo, segundo informou a Light. O acesso de carros à Clínica São Vicente foi liberado. No sábado, o acidente deixou pelo menos duas ruas sem luz e impediu que carros entrassem ou saíssem da clínica. Segundo a Light, a queda aconteceu porque, com a chuva, o terreno cedeu.

Segundo a assessoria de imprensa da Light, 90% das residências tiveram o fornecimento de energia elétrica restabelecido ainda na noite de sábado. A previsão era de que até as 9h30m o fornecimento em toda a rua tenha sido normalizado, e de que até as 14h, toda a região volte a ter luz.

Funcionários da Light trabalham no local e instalaram um gerador para atender à região. Segundo a assessoria de imprensa da clínica, o abastecimento de água, que também havia sido afetado pela falta de energia elétrica neste domingo pela manhã, já foi normalizado. Um dos postes atingiu a cerca de uma residência da rua. O trânsito no local já está normalizado.

Fonte:http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/09/28/postes_que_cairam_na_gavea_deixaram_ruas_as_escuras_ja_foram_retirados-548440686.asp


sábado, 20 de setembro de 2008

Árvore representa perigo para quem passa em rua do Centro

RJTV e O Globo Online

RIO - A gerente de recursos humanos Fátima Cristina de Lima enviou um vídeo para o telejornal "RJTV", da TV Globo, com imagens que mostram os transtornos causados por uma árvore no Centro. Ela cresceu na parede do prédio. Os moradores têm medo de que a árvore ou até mesmo a estrutura da construção não agüente.

- As pessoas acham que pode cair uma parte dela ou do reboco. O problema também é cair algum pedaço de ferro de uma janela - diz Fátima.

O edifício fica na Rua Ramalho Ortigão, em frente ao Largo São Francisco, no Centro. Uma farmácia funciona no térreo. Os outros andares estão abandonados.

- A gente fica vigiando o crescimento da árvore. No caso de uma queda, vamos tentar avisar pessoas e sair - planeja o vendedor ambulante João Batista.

A árvore, que tem cerca de seis metros, cresce de dentro do segundo andar do prédio. Sem poda, os galhos e as folhas já cobrem parte da fachada do prédio vizinho que também está abandonado. Foto: Stéfano

- A quem cabe a pode dessa árvore? Vão esperar acontecer um acidente - pergunta a gerente de recursos humanos.

A responsabilidade pela retirada da árvore, nesse caso, é dos bombeiros. O "RJTV" entrou em contato com eles e a resposta foi: algum morador tem que ligar para o 193 para pedir o corte. A defesa civil informou que vai mandar uma equipe para verificar as condições dos prédios.


http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/09/19/arvore_representa_perigo_para_quem_passa_em_rua_do_centro-548298000.asp

domingo, 14 de setembro de 2008

Placa de mármore cai de prédio no Centro - Por sorte, ninguém ferido.

Uma placa de mármore caiu do 10º andar de um prédio na Rua da Assembléia, no Centro do Rio, na tarde desta quarta-feira (3). O acidente ocorreu por volta das 16h30. Ninguém ficou ferido.

A placa fazia parte do revestimento da fachada de um dos prédios. A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros isolaram a área atingida.

Segundo a Guarda Municipal, que deslocou 15 guardas para aquele trecho do Centro do Rio, a Defesa Civil fez a retirada do material e realizou inspeção no local. Uma empresa de engenharia será acionada para instalar uma tela de proteção no prédio.

Por volta das 18h50, o trânsito continuava parcialmente interditado na esquina das ruas da Assembléia e Uruguaiana. Ainda segundo a Guarda Municipal, o trânsito será totalmente liberado quando a Defesa Civil terminar os trabalhos no trecho atingido.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Rio/0,,MUL747185-5606,00.html

Três explosões seguidas em tubulações de gás da CEG em bueiros da esquina das ruas Raul Pompéia e Souza Lima, em Copacabana


As explosões deixaram dois policiais militares feridos e assustaram os moradores da região, na manhã de ontem. As chamas atingiram uma altura de 12 metros, e os bombeiros tiveram dificuldades de apagá-las.

O incêndio teria sido provocado pelo rompimento de dois cabos subterrâneos da Light.

O primeiro estrondo ocorreu por volta de 8
h30. Dois policiais militares do 19.º Batalhão (Copacabana), que foram verificar o incêndio, se feriram com a segunda explosão, que aconteceu dez minutos depois. Um dos soldados chegou a ser arremessado contra a grade de um prédio.


Uma cratera se abriu na Rua Souza Lima. O trânsito foi interrompido na região, o que provocou enorme engarrafamento. "Acordei com o barulho das explosões. Estou sem luz e sem gás", disse uma moradora de um prédio em frente ao local do incêndio. "As chamas atingiram a altura do quarto andar do edifício", comentou.

Fonte Fotos: Galeria de Imagens de O Globo
Fonte Texto: http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2008/09/13/explosao_em_bueiro_em_copacabana_fere_dois_policiais_1807912.html

Estudante Júlia Aquino, atropelada há dois meses, deixa o hospital

RIO - Atropelada no Leblon no dia 12 de julho, Júlia de Aquino Vidal Borges, de 14 anos, finalmente teve alta na manhã deste domingo no hospital Copa D'Or, em Copacabana, depois de meses de internação e duas neurocirurgias. O motorista José Setton é acusado de ter atropelado Julia . O rapaz dirigia o Peugeot 307 da mãe no momento do atropelamento, na Avenida Afrânio de Melo Franco, no Leblon, e admitiu para a polícia ter consumido bebida alcoólica.

Recepcionada na portaria do hospital por amigos e parentes, a menina contou o que mais quer fazer: além de ver o mar, Júlia quer voltar à escola.

- Quero melhorar, ir à praia e voltar para a escola. Também quero viajar para o Caribe no ano que vem com a minha família, no meu aniversário de 15 anos - contou.

Agora, Júlia passará por uma rotina de cuidados. Em casa, será acompanhada por três fisioterapeutas, além de ser monitorada por um clínico-geral e um neurologista. A única seqüela, até o momento, é a visão embaçada em um dos olhos.

A 14ª DP (Leblon) investiga o caso. De acordo com o delegado titular José Alberto Pires Lage, o rapaz omitiu socorro e deu mais atenção à embriaguez do que ao atropelamento, já que tentou fugir e se recusou a fazer exames de alcoolemia.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/transito/mat/2008/09/14/estudante_julia_aquino_atropelada_ha_dois_meses_deixa_hospital-548217458.asp

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Cento e vinte anos de desigualdade urbana

Projeto busca entender relações entre a história das favelas e a da cidade do Rio de Janeiro

Em 1887, os soldados que voltavam da Guerra de Canudos começaram a se fixar no atual Morro da Providência, considerado por especialistas a primeira favela do Rio de Janeiro. Na época, a população da então capital federal acreditou que esse seria um fenômeno efêmero. Porém, o desenvolvimento da cidade fez com que as favelas crescessem e se tornassem parte da paisagem. Hoje, são mais de 600 espalhadas por toda a cidade, com uma população de um milhão de pessoas e intensa atividade econômica.

Cento e vinte anos depois, a história dessa transformação urbana é objeto de interesse acadêmico. Um grupo de arquitetos coordenados por Cristóvão Duarte, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), acaba de iniciar um projeto que pretende investigar como a história das favelas se relaciona com a da cidade do Rio. “Nosso objetivo é observar como a favela é subproduto do desenvolvimento da paisagem urbana carioca”, explica Duarte.

A favela da Rocinha é um exemplo dessa relação inseparável entre o processo de construção da cidade e das comunidades dos morros. Na década de 1930, ela se resumia a poucas casas. A especulação imobiliária no bairro de São Conrado fez com que a Rocinha crescesse vertiginosamente, pois nesse bairro havia oferta de emprego garantido na construção civil e nos novos prédios de luxo. Isso atraiu novos moradores, como famílias vindas do Nordeste. Hoje, a favela abriga 150 mil pessoas, de acordo com estimativas dos próprios moradores. O censo feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2000 mostrou um total de 56 mil habitantes.

Favela do Vidigal, situada entre os bairros Leblon e São Conrado, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Atrás dos prédios de luxo, vêem-se os barracos no alto do morro. Clique na imagem para ampliá-la (foto: Claudia Brack/Arquivo Prourb).


A pesquisa da UFRJ pretende traçar um panorama das favelas do Rio em cada uma das doze décadas de sua existência. Os pesquisadores pretendem analisar, à luz dos acontecimentos que marcaram a cidade nesses diferentes momentos históricos, quais eram e como eram caracterizadas as favelas da cidade. Os dados obtidos na pesquisa serão sintetizados em mapas temáticos a serem disponibilizados em um portal. Os mapas devem incluir indicadores como a localização dos investimentos públicos e privados em cada década, a cobertura vegetal dos morros ou as favelas que foram removidas.




Documentos e imagens estão sendo analisados pela equipe, que também já deu início a uma série de visitas a favelas e entrevistas com moradores. Ao final, o grupo pretende produzir um banco de dados sobre as favelas cariocas que pode servir de base para novas pesquisas e para a elaboração de políticas públicas voltadas para a melhoria das condições de vida dessas populações.


Por uma cidade mais sustentável

Vista aérea do Complexo de Manguinhos, que reúne mais de dez comunidades carentes e cerca de 50 mil habitantes na Zona Norte do Rio de Janeiro. Clique na imagem para ampliá-la (foto: Claudia Brack/Arquivo Prourb).

Duarte afirma que a cidade tem muito a aprender com as favelas, tão estigmatizadas como redutos de violência. “Precisamos olhar para as favelas com mais imaginação e criatividade e tentar ver não somente seus problemas, mas como elas podem apontar soluções”, ressalta o arquiteto.

Na avaliação do pesquisador, a favela constitui, do ponto de vista humano e ecológico, uma cidade mais sustentável do que o chamado “asfalto”. “Essa cidade do ‘asfalto’ é desumana, projetada para o automóvel e não para pessoas”, afirma Duarte. “Não se podem descartar os ensinamentos que a favela nos traz. Ali as pessoas se conhecem e se ajudam, existem redes de solidariedade que amparam essa população. Isso é vida urbana. É essa vida que tem que vir para a cidade.”

Ao longo da história, as favelas foram tratadas com indiferença pela sociedade, depois como um problema a ser extirpado, o que gerou mal sucedidas políticas de remoção. “Entender a remoção de uma favela para conjuntos habitacionais como solução é uma forma muito simplória de encarar o problema. Não basta dar uma casa. É o modelo econômico que produz a miséria e o excluído. Deve-se reverter estruturalmente esse processo.”

Para Duarte, a solução é mesmo a implantação de políticas sérias e contínuas de urbanização que assegurem que essas “outras cidades”, criadas à margem da oficial, tenham os mesmos direitos e infra-estrutura. “É uma grande omissão da sociedade e do poder público permitir que tantas pessoas fossem excluídas da cidade formal”, afirma Duarte. “É preciso acabar com a pobreza e promover a união das partes separadas da cidade, sem neutralizar essa vida que existe na favela. As diferenças que se somam geram um cotidiano mais agradável e mais rico.”


Tatiane Leal
Ciência Hoje On-line
04/09/2008
http://cienciahoje.uol.com.br/127613

sábado, 6 de setembro de 2008

Corridas e Assaltos = 23% dos entrevistados trocaram as ruas pelas academias.

O que você já fez para evitar assaltos durante corridas e caminhadas?

Duzentos e catorze pessoas responderam e o quadro é assustador.

Mudei meu horário de treino -13,55%
Troquei meu local de treino - 7,94%
Não levo mais MP3 - 6,07%
Só vou acompanhado - 6,07%
Tênis caro, nem pensar - 7,94%
Aderi à academia - 23,36%
Nada. Não mudaria minha rotina por isso - 10,75%
Nada. Não senti necessidade de mudar ainda - 24,30%

Os números são claros, somadas as alternativas de mudança, 65% dos que responderam mudaram sua rotina de treinos e atividade física por causa da ameaça de violência. É especialmente chocante ler que 23,36% aderiram à academia, preferindo exercitar-se indoor.

Ou seja: o Rio está jogando no ralo sua vocação explícita para a vida ao ar livre, e anulando seu maior incentivo ao combate do sedentarismo - o prazer que a beleza desse cenário dá.

Na reportagem do Globo, a PM diz estar fazendo o que deve fazer quanto à segurança dessas atividades. Imaginem se não estivesse... Pelos comentários e e-mails que o blog recebeu passou uma sugestão interessante para a Polícia Militar: pôr homens à paisana misturados a corredores, caminhantes e ciclistas nessas áreas. Por que não, coronel Marcus Jardim? Também estranha que o comandante da 1ª Companhia de Policiamento de Área diga que Aterro e Lagoa "são exemplos de áreas privilegiadas" pela polícia. Engraçado, justo as duas áreas de que mais os atletas amadores se queixam... Será um efeito Tostines sem graça nenhuma?

Enquanto a postura das autoridades for a de que nada está tão errado assim, histórias como a de Leandro Murga da Silva vão se repetir. É dele um dos 100 e-mails e comentários que o Pulso recebeu sobre a ameaça da violência que paira sobre os cariocas até nos momentos que deveriam ser de mais relaxamento e paz de espírito. É uma ameaça concreta, que está mudando - para pior - a vida das pessoas. Leandro, infelizmente, é uma prova.

"Cara Cilene,

Confesso que há pouco tempo tomei conhecimento do seu blog e de suas denúncias. Portanto, gostaria de compartilhar uma história ocorrida em outubro de 2007, que mudou minha vida até hoje.

Tenho 25 anos e até outubro de 2007, vinha mantendo uma saudável rotina de corridas diárias. Cerca de 1 ano depois, com 14 quilos a menos, eu estava muito feliz com minha forma física, meu hábito saudável e iniciando minha preparação para uma das várias maratonas dominicais promovidas no Aterro do Flamengo.

Em um dia de semana, por volta de 8h30, peguei meu celular com fone e música, coloquei os fios por baixo da roupa e fui fazer meu percurso diário pela orla de Botafogo até o Aterro do Flamengo. Aproximadamente 40 minutos depois, já chegando ao ponto de partida, notei três homens, com roupas velhas e rasgadas sentados, observando todos que passavam correndo. Como o local é muito movimentado, inclusive com grupos de corredores do exército, polícia e bombeiros se exercitando neste horário, passei por eles e olhei todos eles nos olhos, para mostrar que eu estava atento à presença dos mesmos. Nada adiantou. Eles correram em minha direção e, numa fração de segundo, ao ser abordado e olhar para trás, acabei acertando com minha canela direita um dos bancos de concreto da ciclovia. Voei por cima do banco e caí sentado do outro lado. Não senti nada na hora, apenas vi minha perna jorrando sangue e meu instinto foi segurar meu celular, que estava caído ao meu lado. Então um dos bandidos abaixou, me rendeu com uma faca no pescoço e pegou o celular. Quando cheguei ao hospital, descobri várias escoriações por todo o corpo, além de levar 7 pontos na perna.

Resultado final desta aventura, foi que eu hoje estou moderadamente paranóico com o Rio de Janeiro. Praticamente não ando de carro à noite, nunca mais consegui voltar a correr na praia e desconfio até da minha própria sombra ao andar na rua, além é claro, de ter ganho uma bela cicatriz na minha canela direita.

Um cordial abraço,

Leonardo."

Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/pulso/

Violência e Obesidade: Assaltos nas ruas inibem a prática de exercícios físicos

RIO - Obstáculos perigosos permeiam o caminho de quem troca esteiras e bicicletas ergométricas por corridas, pedaladas ou caminhadas por áreas de lazer ao ar livre. Diante de casos recorrentes de assaltos, cresce o número de praticantes de exercícios outdoor que começam a evitar os percursos solitários para correr em grupo. Na Lagoa Rodrigo de Freitas, por exemplo, pelo menos seis tendas são armadas, nas primeiras horas da manhã e nos fins de tarde, para servir de ponto de encontro de corredores amadores, onde, além de segurança particular, preparadores físicos ajudam no aquecimento e no alongamento dos grupos, formados, na maioria, por profissionais liberais e empresários.

As turmas de amigos de última hora são uma forma de tentar evitar a abordagem de pivetes, ladrões em bicicletas e até motos, que assustam quem escolhe áreas como o Aterro do Flamengo, a orla, a ciclovia do Maracanã e a Lagoa para se exercitar. Celulares, i-Pods, relógios e dinheiro são os alvos. Os freqüentadores reclamam da falta de policiamento.

A publicitária Patrícia Barizon conta que optou por se exercitar em grupo, na Lagoa, por causa do apoio técnico, mas admite que pensou na questão da segurança. Mesmo assim, recentemente correu de quatro menores de rua, que surgiram junto à pista, na altura da Rua Maria Quitéria:

- Eles correram atrás de mim, num trecho em que eu havia me distanciado mais do grupo. Nunca corri tanto na minha vida, mas escapei.

Blog Pulso vira espaço de relatos de vítimas

A preparadora física Luciana Toscano mantém uma tenda da Lagoa. O ponto de encontro de cerca de 80 pessoas é em frente à Rua Aníbal de Mendonça. A turma também corre no Aterro, mas, por segurança, só pela manhã. Ano passado, a tenda da Lagoa foi assaltada por um homem armado, que levou celulares e objetos dos corredores.

Desde então, o grupo conta com um segurança à noite.

- Os alunos se distribuem em grupos pequenos e em horários diferentes, o que dá entre cinco e dez pessoas correndo juntas. Na Lagoa, montamos a tenda de manhã e à noitinha. No Aterro, ficamos em frente ao Obelisco, onde tem sempre uma patrulha da PM, mas à noite não vamos porque é muito perigoso - afirma Luciana.

Os casos de ataques são tão freqüentes que o blog Pulso, do Globo Online, escrito por Cilene Guedes, recebeu mais de cem relatos de internautas sobre episódios de assaltos nas áreas de lazer. A secretária Daniela Sampaio Campino contou ter sido uma vítima. Ao pedalar de manhã na pista do Maracanã, perto do portão 18, foi abordada por um ladrão em outra bicicleta, que a ameaçou com um caco de vidro.

- Ele pegou a minha bicicleta e abandonou a dele, que era velha - conta Daniela, que desistiu de freqüentar a área de lazer, embora more em frente.

O técnico de plataforma Amaury Santos foi outra vítima que desabafou no blog. Ele e a mulher foram abordados, há um mês, por dois jovens assaltantes, em bicicletas, na ciclovia do Aterro, na altura da Rua Osvaldo Cruz. Um dos bandidos tentou puxar o cordão de Amaury. Ele conta que as duas filhas e uma sobrinha também já foram atacadas no Aterro:

- Um dos ladrões me deu um tapa no pescoço. Só entendi que era assalto quando me disse para dar o cordão. Ele segurava um volume por baixo da camisa que parecia ser uma arma. Mesmo assim, eu disse que não entregaria e eles acabaram desistindo. Me arrisquei.

No fim de tarde da quinta-feira, O GLOBO percorreu a orla da Lagoa e comprovou a presença da PM em quatro pontos: junto à Aníbal de Mendonça, Parque dos Patins, Baixo Bebê e Estádio de Remo. Mesmo assim, os relatos de assaltos são constantes.

Este ano, o engenheiro Amílcar Perlingeiro, que corre sozinho, viu um assalto a mão armada a um casal de turistas, ao meio-dia de um domingo, com pista lotada. O assaltante desceu da garupa de uma moto, na altura da Rua Joana Angélica, e foi direto às vítimas. Após roubar celulares, carteira e relógios, voltou à moto:

- Sem qualquer temor, em meio às tantas pessoas, o ladrão caminhou e apontou a arma para as vítimas.

Há poucas semanas, a jornalista Helena Teles presenciou, na altura Rua Maria Angélica, um menor de rua atacar um estudante na orla da Lagoa:

- A vítima não deixou que o ladrão pegasse a mochila. Ele fugiu sem nada levar.

Homem armado assalta na ciclovia do Leblon

Caminhar na orla da Zona Sul também pode ser perigoso. Na ciclovia do Leblon, no Posto Doze, uma economista, que prefere não se identificar, teve o i-Pod e o relógio roubados, há menos de dois meses, por um homem armado numa bicicleta.

- Era um fim de tarde de sábado. O bandido estava na ciclovia e, quando passei, ele me disse "passa tudo ou estouro a sua cara". Foi horrível.

Em Copacabana, na altura da Praça do Lido, freqüentadores reclamam da presença de menores de rua. Uma moradora do bairro contou que chegou a ser agredida por um ladrão, também numa bicicleta, e correu de um grupo de menores:

- Só não me assaltaram porque eu corri mais do que eles!

A queixa dos usuários das áreas de lazer é sobre o policiamento ineficiente. Apesar das reclamações, o coronel Marcus Jardim, comandante da 1ª Companhia de Policiamento de Área, afirma que essas áreas têm patrulhamento estático (pontos fixos) e dinâmico (em movimento) adequados. Segundo ele, a distribuição de homens e patrulhas fica a cargo do batalhão da área, com base num trabalho de inteligência.

- Toda a unidade operacional trabalha direcionando o policiamento estático e dinâmico de acordo com as estatísticas de ocorrências e priorizando a demanda de problemas. Os policiais de cabine, a pé, a cavalo, em patrulhas são orientados para perceber a movimentação atípica, inclusive, de motos.

Aterro e Lagoa são exemplos de áreas privilegiadas. A Guarda Municipal mantém efetivos nessas áreas de lazer, das 7h às 19h, com apoio de bicicletas e carrinhos. Os guardas, mesmo não usando armas, costumam afastar menores de rua e deter ladrões que não estão armados. Ano passado, um guarda perseguiu de pedalinho um ladrão que se jogara na Lagoa após um roubo. E, mês passado, outros dois prenderam um menor que acabara de assaltar um freqüentador do Aterro.

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/mat/2008/09/06/amigos_de_corrida_uma_forma_de_evitar_assaltos-548116494.asp

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Ônibus com mais de 50 passageiros sofre acidente na capital de SP

Um ônibus que transportava alunos de um curso de alfabetização de adultos perdeu o controle e bateu em um poste na Zona Oeste de São Paulo na noite desta quarta-feira (3). O veículo levava mais de 50 pessoas para uma apresentação em Perus, na Zona Norte da capital. Uma professora ficou ferida.

O motorista perdeu o controle do veículo na Avenida Raimundo Pereira de Magalhães. “Um carro vermelho me fechou e me jogou em cima desse poste”, contou o motorista Daniel Marques.

A rede de alta tensão e o poste em que o ônibus bateu caíram sobre o veículo. Sem entender direito o que tinha acontecido, até os passageiros mais velhos saíram pela janela.

Uma professora que estava na frente do ônibus ficou presa nas ferragens. Após duas tentativas, ela foi retirada pelos bombeiros. A vítima teve fraturas múltiplas e foi encaminhada para o Hospital das Clínicas. Ela vai passar por exames para saber se vai precisar de uma cirurgia.

Os ferimentos poderiam ter sido evitados se várias regras de segurança não tivessem sido desrespeitadas. Algumas pessoas estavam em pé dentro do veículo.

O motorista, que foi levado para a delegacia, admitiu que estava conversando com a professora que ficou presa nas ferragens. “Ela estava sentada conversando comigo, ensinando o caminho. Estava encostada no painel”, afirmou.

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL747651-5605,00.html

quarta-feira, 3 de setembro de 2008

DF vai ganhar mais ciclovias

O ajudante de pedreiro Marcelo Ferreira não abre mão da ciclovia. Principalmente quando está na companhia da filha, Ketlen. “Eu acho melhor. Andar pela pista, que não tem acostamento, é muito mais arriscado. Pela ciclovia é muito melhor. Cada um segue pelo seu lugar”.

Pedestres, como a balconista Maria Conceição Silva, também aproveitam. “É ótimo para caminhar. Pra mim não tem coisa melhor. É maravilhoso”, elogia.

O Itapoã tem 4,5 km de ciclovia. Os moradores só não estão mais satisfeitos por causa da poeira e porque a pista poderia ser maior. O vigilante Adriano Borges, por exemplo, que usa o espaço para ir e voltar do trabalho, é obrigado a fazer parte do trajeto entre os carros. “Se fosse completa, eu agora poderia dizer que é uma boa”.

Nos últimos oito meses, o governo construiu 36,5 km de ciclovias, ao custo de R$ 4,4 milhões, em Itapoã, Samambaia, São Sebastião e no Varjão. Só que isso representa apenas 6% dos 600 km previstos no projeto Pedala DF.

“As pessoas correm o risco de atravessar a rua, sem ter a ciclovia, e acontecer um acidente”, diz o jardineiro Odemir Pereira da Paixão.
O secretário de Transportes diz que mais cinco ciclovias vão ser construídas a partir de outubro: três no Lago Sul, uma no Lago Norte e outra na Estrutural. Vão ser quase 100 km de pistas. Algumas no acostamento e outras no canteiro central. Ainda assim, vão faltar quase 80% das ciclovias do projeto.

“O projeto trata de 600 km. Agora, acredito que dá pra gente fazer até 200 km. Evidentemente que a continuação do projeto Pedala DF poderá chegar aos 600 km. O projeto é uma coisa, mas a execução é outra coisa”, enfatiza o secretário Alberto Fraga.

A Secretaria de Transportes promete que as ciclovias vão ficar prontas em oito meses.


Rita Yoshimine / Edgar de Andrade



Fonte: http://dftv.globo.com/Jornalismo/DFTV/0,,MUL745485-10039,00-DF+VAI+GANHAR+MAIS+CICLOVIAS.html

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Comentários no Blog

Caros Leitores,
Seus comentários são muito importantes!
Nós do Grupo PET Farmácia/Saúde Pública da UFRJ queremos fomentar a participação da população em questões de interesse da própria sociedade, a partir de comentários, discussões, reclamações, soluções, idéias e sugestões escritas na parte de Comentários deste e dos outros Blogs do Grupo.
Então.. Comentem!