Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre Desordem Urbana, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

domingo, 31 de agosto de 2008

Quatro ônibus engavetam na avenida Rebouças, em SP






Da Redação
Em São Paulo

O engavetamento de quatro ônibus no corredor da avenida Rebouças, sentido bairro, em São Paulo, atrapalhou o trânsito da região na manhã desta sexta-feira (29).

Os veículos foram deslocados para a avenida Brigadeiro Faria Lima, enquanto aguardavam a perícia e o boletim de ocorrência. Segundo informações da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o motorista do ônibus que vinha por último perdeu o controle e atingiu os veículos que estavam na frente.

O motorista do último ônibus José Aparecido disse que vinha devagar, mas quando pisou no freio, "ele não acionou por vácuo".

Passageiros contaram que o impacto da batida foi grande e, de acordo com a CET, uma mulher foi levada para o Hospital das Clínicas com dores no pescoço.

O trânsito no local já foi normalizado.



Fonte: http://noticias.bol.uol.com.br/brasil/2008/08/29/ult5772u725.jhtm

Bueiro entupido em Laranjeiras...


E muito engarrafamento, muitas buzinas, muitos atrasos...

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Ranking das 10 Principais Causas de Óbitos no Brasil, 2002 - OMS

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, para o Brasil, em 2002.
(http://www.who.int/countries/bra/en/ - Mortality Profile)




As 10 Principais Causas de Óbitos:

1 - Isquemia Cardíaca
2 - Doença Vascular Cerebral
3 - Condições Perinatais
4 - Violência
5 - Diabetes mellitus
6 - Infecções do Trato Respiratório Inferior
7 - Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
8 - Hipertensão Arterial
9 - Acidentes em vias automobilísticas
10 - Doenças Inflamatórias do Coração



Consequências do urbanismo nos moldes atuais (olhe pela janela, respire e ouça, que você entenderá):

1 - Sedentarismo
2 - Acidentes (carros nas calçadas, atropelamentos, batidas...)
3 - Violência Urbana
4 - Poluição (ar, som...)
5 - Depressão


Todas essas 10 doenças têm como causa ou fator agravante, entre outros motivos, no mínimo um dos 5 citados como consequência de uma rua não-saudável.


Parou pra pensar nisso?

domingo, 24 de agosto de 2008

Kombi atropela quatro pessoas e mata menina de 7 anos na Penha


RIO - O motorista da Kombi que matou uma criança depois de atropelar quatro pessoas, na manhã desta quinta-feira, na Penha, se apresentou à polícia. Gilberto Ramos, de 27 anos, alegou para os policiais da 38ª DP (Brás de Pina) que fugiu do local do acidente sem prestar socorro porque ficou com medo de ser linchado por populares. Gilberto não tem carteira de habilitação. Ele disse aos inspetores que comprou recentemente a Kombi, mas que não teve tempo de passar o veículo para o seu nome. Ao verificar o passado de Gilberto, a polícia descobriu que ele era considerado foragido da Justiça desde 2006, quando foi condenado a cinco anos de prisão por roubo . O atropelamento ocorreu na Rua Irapuá. Ana Beatriz Santos Alves, de 7 anos, morreu no local. As outras três vítimas estão hospitalizadas.

A Kombi seria roubada. Entre os feridos, está um menino de cinco anos, irmão da criança morta. De acordo com policiais do 16º BPM (Olaria), o motorista perdeu a direção do veículo, subiu na calçada e atropelou quatro pessoas.

Ana Beatriz Santos Alves, de 7 anos, ia para a escola quando foi atingida pelo carro e morreu. Ela estava junto com o irmão Ângelo André da Silva Alves, e o avô José Erinaldo Carvalho. Os dois foram levados para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha. O menino de 5 anos sofreu uma contusão leve na cabeça. O avô teve escoriações no joelho e suspeita de infarto. Eles ainda estão internados e não correm risco de morrer.

Débora Cristina de Matos, de 31 anos, também ficou ferida no acidente. Ela chegou a ser levada para o Hospital Getúlio Vargas, mas foi transferida para o Hospital de Saracuruna, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O motivo seria a falta de ortopedistas no Getúlio Vargas.

O pai da menina, Hamilton de Oliveira Alves, de 38 anos, esteve no local, onde acompanhou a operação para recolher o corpo dela. A Kombi também foi retirada do local.

O pai da menina grita de dor depois de saber da morte da filha.
Foto: Guilherme Pinto


Publicada em 22/08/2008 às 19h07m
Sérgio Meirelles - Extra e O Globo Online

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

Motorista alcoolizado atropela cinco e mata adolescente em Guarulhos

Uma adolescente de treze anos morreu e cinco pessoas ficaram feridas num atropelamento em Guarulhos, na Grande São Paulo, no domingo (10). Segundo a polícia, o motorista estava alcoolizado e fugiu sem prestar socorro.

Valdir Lopes comemorava o dia dos pais com a família, quando ouviu um barulho alto: um carro desgovernado tinha subido na calçada. Ao correr para a rua, encontrou a filha Jeniffer, de 13 anos, debaixo do automóvel. “Reconheci a mão da minha filha”, afirmou. Outras cinco pessoas foram atropeladas, entre elas a mãe da menina.


O homem que dirigia o carro fugiu e se apresentou à polícia cinco horas depois. Ele dirigia sem habilitação. O teste do bafômetro indicou que ele havia bebido antes de dirigir. Foi constatado que ele possuía 0,47 miligrama de álcool por litro de ar expelido. A lei determina multa e prisão a partir de 0,3.

O carro pertencia a um cunhado, que disse estar passando mal. Uma das vítimas do atropelamento continua internada e passou por cirurgia esta madrugada. As outras quatro vítimas foram liberadas.

O motorista está preso. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, ele foi autuado em flagrante por homicídio culposo- sem intenção de matar -, lesão corporal culposa e por dirigir sem habilitação. O dono do carro também foi autuado, por permitir que alguém sem habilitação conduzisse o veículo.

Fonte: G1 - http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL719256-5605,00.html

quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Muito mais do que uma moto roubada...

Às 22h40 deste sábado tornei-me mais uma vítima da infame violência que assola esta maravilhosa cidade: Fui assaltado! Tive a minha moto roubada, após ser fechado por um automóvel, de onde saíram quatro marginais armados que me revistaram, forçaram-me a deitar no chão e discutiam se me davam um tiro ou apenas levavam o que me pertencia e que muito me custou para comprar.

Porém, o que mais caro eu perdi naquela rua do bairro de Botafogo foi a crença na possibilidade de dias melhores, na suposta fé que nossas autoridades estão mesmo preocupadas com a segurança de quem, com o sacrifício do seu trabalho honesto, paga os impostos que vemos tão mal administrados.
Após o assalto, fui ao encontro de uma patrulha estacionada na Av. Pasteur para relatar e pedir providências, considerando que o fato teria acabado de acontecer, todavia, os policiais militares rapidamente trataram de informar que as coisas são assim no Rio, que eu é que não deveria andar de moto à noite...fiquei de queixo caído.

Na 10ª DP, fui atendido por um investigador plantonista que, enquanto eu relatava o que me havia acontecido, lamentava-se por não mais poder usar fuzil, que o salário é de fome, que estava sozinho no plantão... enfim, fiquei desolado.

O mais grave, foi constatar que a presença de quatro marginais circulando pela noite da cidade, praticando assaltos e violências, não foi suficiente para sequer despertar o interesse que justificasse um alerta no rádio da corporação, algo que viabilizasse a captura deles, dando a chance à outro cidadão de não ter seus bens, quiça a própria vida, arrebatados num sábado à noite.

O pior não é a constatação do abandono, da inépcia criminosa, do descumprimento flagrante das missões institucionais que nós, cidadãos, outorgamos a uns poucos para serem nossos governantes, o pior mesmo é ter a certeza que nada de concreto existe ou está sendo gerido para dar um basta em tudo isso, algo que resulte no restabelecimento da ordem, algo que depois de planejado e executado garanta que o crime, por menor potencial que tenha, seja punido.

A mim, só me resta contabilizar meu prejuízo e, como me disse o tal investigador, "agradecer por estar vivo".

Fonte: http://oglobo.globo.com/rio/bairros/#118312

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

GPS Carioca

Eu sou o seu novo GPS, adaptado para o jeito particular de se dirigir na Cidade Maravilhosa, e vou levá-lo com todo conforto e sagacidade até o seu destino.
Não afivele o cinto. É incômodo, aperta o peito. Jogue-o por cima. Evita amassar a camisa e já basta para atender às exigências dos guardas. A propósito, tenha sempre R$ 50 caso algum se mostre mais preso às letras da lei — e fique à vontade para se entender com ele. Eu não ouço, só falo. A 212 metros vire à esquerda.
Antes diga comigo: “Seja o que deus quiser”, “Último lá é mulher do padre” e “Segura, peão”. Acaricie com fé o escapulário preso no espelho retrovisor, peça a proteção a São Cristóvão, e o resto eu agarantio. Nossa empresa tem tradição de 30 anos na Suíça, mas leva em consideração os hábitos de cada um no trânsito de seu país. Para cada povo, um GPS novo. Sem essa de manter distância do carro da frente se estamos no Brasil, entre os melhores pilotos de Fórmula 1 do mundo.
Acelere. A 424 metros o engarrafamento das 17h. Avance pelo acostamento. Os pardais daqui estão fora do ar desde a semana passada por falta de verba para o conserto. O GPS veio para acabar com os seus problemas e evitar que, ao tentar chegar na Rio-São Paulo, você dobre à esquerda quando deveria ir em frente e acabe sendo julgado pelo tribunal do tráfico da favela de Lucas. Na próxima esquina, parada para comprar amendoim com o ambulante de terno e gravata. Abra o vidro apenas o suficiente para passar o dinheiro, mas seja educado e aplique as regras da convivência carioca com um “valeu, brô”. Saia cantando o pneu que o gente fina gosta e vai responder com um grito de “oooiiiiii”. A 113 metros, entrada do Túnel Rebouças. Pé em Deus, fé na tábua. Guarda no esquema. As placas de limite de velocidade passam de 40km para 90km em poucos metros, não há santa alma que consiga medir o ponto certo. Esses caras são uns incompetentes. Use ao seu jeito. Qualquer problema, nossa empresa tem despachantes que quebram o galho no Detran. A 59 metros, Kombi lerda. Corte para a direita e depois para a esquerda que, mais adiante, a saída para a Jardim Botânico está sempre engarrafada.
Cuidado. Radar funcionando. Manere.
Dê meia dúzia de buzinadas, no ritmo daquele riff de circo que anunciava o Carequinha, para saudar, no Fiat vermelho passando ao lado, aquele amigão que você não vê desde o colégio.
Abaixe o vidro. Grite “fala maluco!”. Dê mais duas buzinadas como se dissesse “byebye”, e vá em frente. A velocidade é a da sua paciência no momento. Consulte-se. A 226 metros, Praia de Botafogo. Ignore as pessoas que atravessam. Mete bronca sobre esses pedestres para eles aprenderem a usar a passagem subterrânea. É tudo gente que não freqüenta escola, acha que pode tudo e desrespeita os motoristas que pagam impostos. Onde já se viu?! Na Avenida Brasil, faça o mesmo quando perceber um desses pedestres abusados atravessando embaixo da passarela. O governo gasta os tubos e eles não aproveitam.
Faça sua parte. Eduque-os. Acelere em cima para ver se eles aprendem. É seu direito. Estacione a 107 metros. Se estiver muito calor, uma lei estadual permite o livre estacionar em qualquer lugar, baseada na constatação científica da desorientação dos sentidos sob o sol dos trópicos. Empurre um pouco para frente e depois um pouco para trás os carros que escondem uma vaga ótima no estacionamento.
Não se importe em dar uma amassadinha neles.
O flanelinha atochou carro onde não havia espaço nem para uma sardinha e foi embora.
Problema dele. A 39 metros, subida do Dona Marta. Se ouvir um pipocar estranho, se jogue embaixo da poltrona. É tiro, AR-15, e nem a blindagem do carro segura. Bote a seta para a esquerda e caia para a direita, desorientando os bandidos. A 134 metros, um carro está trafegando com a porta mal fechada.
Acelere, buzine, pisque o farol, faça o impossível para avisá-lo do perigo e mostrar a sua generosidade com o próximo. É uma das manifestações mais radicais do gente boa carioca no trânsito. Em seguida, dê uma cortada pro cara deixar de ser vacilão. Ligue o iPod bem alto num pagode para não ouvir esses guardas apitando inutilidades. O GPS ajuda, mas trânsito é feeling. Você está na margem esquerda da Avenida Nossa Senhora de Copacabana e precisa pegar a primeira transversal à direita para seguir até a Atlântica rumo ao Centro. Aproveite o sinal fechado e cruze a pista sobre a faixa dos pedestres, como se fosse um deles. Devagarzinho para ficar dentro da lei. Não se impressione com as pessoas que te olham feio, devem ser turistas, e não conhecem os hábitos locais. Quando voltarem para seus países, vão contar do dia em que viram um carro atravessando a faixa dos pedestres e suspirarão saudosos com um sorrisinho de “esses cariocas têm um jeito todo próprio de existir”. Vibre o sucesso da operação.
Buzine duas vezes como dissesse “valeu, pessoal”. Desça a Siqueira Campos, entre a primeira à direita, na Domingos Ferreira. Você errou o caminho. Mantenha a calma. Suba a calçada e retorne. Trânsito é acordo de cavalheiros e eles sabem que isso é do jogo. Buzine como se dissesse “Foi mal”. A língua da buzina é internacional, todos entendem. Este Hino do Flamengo tocando é o celular. Atenda sem problema. Próximo guarda de trânsito só no Méier. Corte o ônibus escolar a 43 metros pela direita, ultrapasse sem vacilar o próximo sinal que é dos malabaristas-assaltantes noticiados ontem no jornal e que continuam agindo.
Você está respaldado pelo parágrafo aprovado ontem, em caráter de urgência urgentíssima, e que legisla sobre a prioridade de sobrevivência do motorista carioca. “Primeiro o meu”, diz a nova lei. Acelere o que a sua experiência julgar necessária para enfrentar a situação. Não pare. Se você for respeitar todos os sinais, aí mesmo é que ninguém anda nessa terra. A um quarteirão de casa, comece a buzinar para a patroa saber que você chegou e tratar de esquentar o bife. O GPS-amigo agradece se o doutor deixar o da cervejinha.

Fonte: Segundo Caderno de O Globo

Falta de Fiscalização no Rio

Três EXCELENTES matérias sobre flagrantes de leitores do Jornal O Globo Online:


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Uma vergonha.