Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre Desordem Urbana, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Ruas foram tomadas pelo cheiro de urina e cerveja

Os moradores e funcionários dos prédios da Avenida Atlântica não se
surpreendem mais com o mau cheiro nas ruas depois dos eventos
promovidos na praia. E depois do show da cantora Claudia Leite a
reclamação não poderia ser diferente, o odor de urina e cerveja nas
calçadas.

Desde que acabou o espetáculo, o efetivo de 182 garis começou a
trabalhar para fazer a limpeza da área. E no início da tarde, eles
ainda chegavam para reforçar a equipe. Cerca de 38 toneladas de lixo
foram retiradas das ruas. Mas a lavagem das calçadas ficou a cargo dos
funcionários dos prédios e lojas.

- Sempre que temos eventos aqui é a mesma coisa. Os garis limpam, mas
ninguém lava as calçadas. Mesmo com os banheiros químicos, a população
urina nas fachadas e entradas dos prédios. É um horror - comenta João
Vieira da Silva, segurança de uma loja na orla de Copacabana.

O porteiro Francisco Onorato, que trabalha há cinco anos em um prédio
na Avenida Atlântica, diz que a limpeza realizada pela prefeitura não
é suficiente.

- Os garis fazem a limpeza, mas nunca é suficiente. Não dá vazão pela
quantidade de gente. No dia seguinte, sempre temos que lavar as
calçadas. É muita sujeira.

Banheiros químicos

Com a retirada dos banheiros químicos, o mau cheiro piorou no canteiro
central da Avenida Atlântica.

A publicitária Eliane Castro, que mora no bairro há cinco anos,
aproveitou o dia de folga para curtir a praia. Mas ela não gostou do
que viu no bairro.

- Hoje, Copacabana está um horror. Todo lugar está sujo, até o metrô
está com cheiro de xixi - declara Eliane, que ainda reclama da falta
de agilidade dos funcionários da prefeitura para fazer a limpeza.

Até algumas pessoas que trabalham nas areias da praia de Copacabana se
sentiram prejudicadas com o evento. Foi o caso de Abraão Ponte, que
está há sete anos nas areis do bairro.

- Ainda está tudo sujo. A areia está imunda. Quem quer ficar na praia
nesse estado?

Fonte: Jornal do Brasil

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