Apresentação

Gerar, disseminar e debater informações sobre Desordem Urbana, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.

terça-feira, 8 de maio de 2007

Do direito do pedestre

Respeitar a faixa de pedestres não é um luxo, é cumprir a lei. No Código Nacional de Trânsito, é possível encontrar pelo menos três artigos que frisam a necessidade do pedestre atravessar sempre na faixa e os motoristas, de não atravessar os semáforos quando a luz estiver vermelha. O artigo 208 do Código é bem específico: avançar o sinal vermelho do semáforo é infração gravíssima.
A falta de um policiamento mais presente no trânsito de Cuiabá está mostrando que o estabelecido no Código de Trânsito não faz muita diferença. Nas ruas em que os semáforos foram instalados apenas para beneficiar os pedestres, fora de cruzamentos, é fato que mesmo com a luz vermelha indicando "Pare" muitos motoristas preferem ignorar a lei.
Como os amarelinhos estão presentes na maioria das vezes apenas nos cruzamentos mais movimentos da Capital, e a Polícia Militar está sumida nas fiscalizações de trânsito, cabe o pedestre pensar duas vezes antes de colocar o pé na faixa. O pedestre já sabe que se entrar na faixa somente porque o sinal está vermelho corre sérios riscos de ser atropelado em Cuiabá. É interessante pensar que todos os motoristas são pedestres também. E seus familiares. E seus amigos. Mas, na pressa do dia-a-dia e no egoísmo de achar que apenas ele precisa chegar mais rápido ao destino, o motorista se esquece de que está colocando em risco a vida de familiares e amigos de outros motoristas. E o princípio da cidadania mais uma vez é ferido.
O engraçado é que há pelo menos quatro artigos falando sobre os direitos e deveres dos pedestres também no Código de Trânsito. Chama atenção o artigo 70, que prevê a preferência do pedestre que esteja na faixa caso o semáforo mude de cor e libere a passagem de veículos. Motoristas, respeitosamente, esperando o pedestre terminar com calma a sua travessia soa como utopia para aqueles que precisam atravessar vias públicas em Cuiabá. Comum na capital de Mato Grosso é se ver pedestres atravessando correndo sob o barulho impaciente dos motores impacientes.
Um exemplo clássico é a Avenida da Prainha. Mesmo com o semáforo indicando pare, atravessar a faixa nessa avenida em pontos onde não existem cruzamentos é uma aventura. É preciso analisar, rapidamente, qual o risco dos carros não pararem quando o semáforo fechar. Na dúvida, quase todos esperam. E acertam. É comum ver pelo menos quatro motoristas furando o sinal fechado porque não há o risco de colisão com outro veículo. O pedestre, bem, ele que se vire e continue pensando.
Fonte: Diário de Cuiabá

Um comentário:

Anônimo disse...

brr tudo mentiraaaaaaaaaaaaaa