Informes e Debates sobre Riscos, Acidentes e Ameaças aos transeuntes das calçadas do Rio de Janeiro e seus agravos à Saúde Pública, incluindo atropelamentos, mas também a causalidade de patologias como obesidade infantil e a depressão de idosos.
Apresentação
Gerar, disseminar e debater informações sobre Desordem Urbana, sob enfoque de Saúde Pública, é o objetivo principal deste Blog produzido no Laboratório de Vida Urbana, Consumo & Saúde - LabConsS da FF/UFRJ, com apoio e monitoramento técnico dos bolsistas e egressos do Grupo PET-Programa de Educação Tutorial da SESu/MEC.
RIO - Quem disse que calçada é para pedestre? É quase impossível andar pela Rua Primeiro de Março, no Centro do Rio. Postes atrapalham a passagem dos pedestres, levando-os a caminhar pelo meio da rua e colocando vidas em risco. Será que alguma coisa pode ser feita antes que aconteça uma tragédia ou vão esperar que aconteçam para depois agirem?
Desta vez a quantidade chamou a atenção de quem passava pela região. A calçada e os carros ficaram encobertos pelo pó branco que sai frequentemente de um moinho do bairro.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente vai mandar uma equipe à Gamboa, até amanhã, para verificar a causa do vazamento de farinha de um moinho do bairro.
Parece até neve, mas é farinha mesmo e a origem está em um moinho de trigo, Moradores contam que não é a primeira vez que farinha sai pelo prédio e se espalha pelo bairro, mas a quantidade é que chamou atenção.
“Desta vez está muito pior”, afirma uma mulher.
“É farinha pura e todo mundo está ingerindo esta farinha”, reclama um homem.
O Moinho Fluminense, empresa dona da farinha mandou funcionários varreram a calçada, mas não atendeu a equipe de reportagem do Bom Dia Rio.
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente disse que já havia feito uma fiscalização no local e que a empresa tinha se adaptado às exigências.
O motorista da van que sofreu um acidente no início da tarde desta quarta-feira (1º), na Linha Vermelha, foi preso à noite após deixar o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio do Rio. Segundo a delegada Leila Goulart, da 37ª DP (Ilha do Governador), Carlos Alberto Rodrigues de Souza, 57 anos, foi autuado por quatro homicídios culposos e seis lesões corporais.
A van escolar bateu num reboque que estava parado na faixa da direita, na pista sentido Baixada Fluminense. Com a colisão, o veículo capotou e ficou destruído. Passageiros ficaram presos nas ferragens. Quatro crianças morreram e outras seis ficaram feridas.
De acordo com a delegada, em depoimento, Carlos Alberto alegou que dirigia a 40km/h, quando foi fechado por um ônibus. Em seguida, ele afirmou que viu o reboque muito rapidamente e não conseguiu frear, provocando o acidente.
Carlos Alberto foi preso em flagrante e levado para a 37ª DP, onde o caso foi registrado. Ainda segundo a delegada, a fiança foi estipulada em R$ 6 mil.
Contratada pelos pais, a van fazia transporte de estudantes do Colégio Pedro II, unidade de São Cristóvão, na Zona Norte. As informações são do Corpo de Bombeiros e da direção do colégio.
A direção do Colégio Pedro II informou que foi decretado luto de três dias. Ainda segundo a direção da unidade, foram os próprios pais dos alunos que contrataram o serviço de transporte escolar.
Mães choram perda de filhas únicas
Duas meninas - Rayanne, de 14 anos, e Esther, de 8 - que morreram no acidente envolvendo com a van escolar, eram filhas únicas. Os parentes das vítimas fizeram o reconhecimento dos corpos na noite desta quarta no Instituto Médico Legal (IML), no Centro.
As duas outras vítimas que morreram no acidente são Vinícius Lopes da Silva, de 11 anos, e André Teles, de 7. Os pais de Vinícius chegaram por volta das 21h no IML ainda sem saber que o menino tinha morrido.
A jornalista Rosana da Silva Souza, de 46 anos, mãe da estudante Rayanne, de 14, disse que botou a sua filha única na van por medidas de segurança. Muito abalada, a moradora do bairro Jardim América, no subúrbio, disse que conhecia as outras vítimas.
“Eu coloquei na van por segurança e perdi minha única filha. Eu já conhecia o motorista há bastante tempo e também conhecia as outras crianças. Estou chocada e incrédula com tudo isso”, contou.
Moradora de Irajá, a também jornalista Renata Fernandes, de 30 anos, perdeu a filha única Esther, de 8, no acidente. Ela disse que sentiu falta da menina e ligou para a escola. Segundo ela, nenhum parente ainda foi chamado na noite desta quarta para fazer o reconhecimento dos corpos.
Feridos em três hospitais
Segundo a Secretaria estadual de Saúde, três crianças foram levadas para o Hospital de Saracuruna, na Baixada Fluminense. Uma delas está em estado gravíssimo e foi internada no CTI da unidade. As outras duas estão em observação, segundo a secretaria.
Outras duas crianças foram encaminhadas para o Hospital Getúlio Vargas, na Penha, no subúrbio. A secretaria informou que elas passaram por exames.
A outra vítima - um menino, ainda não identificado - foi levada de helicóptero para o Hospital Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul. De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, o estado da criança é grave.